quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

MINHA VIDA DE PROFESSOR - ANO 5



Não é exagero dizer que minha vida profissional de 2007 começou ainda em 2006. Tinha decidido ir para Viana em busca de tranqüilidade na hora de escolher vaga. E assim foi.


10 horas de aula na Escola Anília Knaak Buss, local que marcaria minha vida profissional para sempre. Eram 10, que se tornariam 21 mais adiante.

O início foi difícil, duro de me adaptar, tão ou mais distante que Terra Vermelha. Pensei em desistir, coisa que só faria adiante, mas por bons motivos.

Na terceira semana de aula, ainda esperava a vaga na Superintendência de Vila Velha, coisa que não vinha. Um telefonema da SRE oferecendo aula de manhã no Ormanda (olha eu lá de novo) bastou que eu estivesse em sala de aula mais ou menos 40 minutos depois de estar a toa em casa. O mais legal foi reencontrar meus monstrinhos de quatro anos antes do Pedro Herkenhoff, e mais alguns alunos.

No meio do ano, vagaram as aulas da noite no Ormanda, e me chamaram para elas. Tomei a difícil decisão de sair do Anília, coisa que me arrependi, não pelo Ormanda, mas pelo fato de já ter me acostumado à escola do Canaã.

Enquanto seguia minhas aulas sem maiores percalços pela manhã, pela noite a coisa foi meio complicada, até com atitudes claras de desrespeito. Mas, como diria Júlio César: vim, vi e venci. No Ormanda reforcei meus conceitos de esforço e recompensa. Valeu a pena aprova.

Em Outubro, outra surpresa: a oportunidade de trabalhar em uma escola particular, o Gauss. As escolas particulares eram uma espécie de El’Dorado do magistério alguns anos antes, mas à essa altura, já estavam em declínio, para depois se tornarem uma espécie em extinção, salvo algumas que quase por uma explicação darwinista, sobreviviam.

No Gauss, em quatro turmas, tinha uns trinta e poucos alunos, coisa que no Ormanda, tinha em uma sala só. Não sofri o mal do aluno-cliente que tanto temia, mas comprovei que o mês poderia ter muito mais que trinta dias, se é que me entende.

Um ano antes, tinha iniciado minha Especialização. Queria alguma na área de História, mas me especializei em Orientação Educacional. 2007 foi uma ano de avanços e retrocessos na pós: esperava terminá-la naquele ano para usar o certificado no processo de 2008, mas como não daria tempo, acabei relaxando. E não gozando.

Em 2007 completei 29 anos, e se tinha dúvidas sobre que caminho seguir, elas foram eliminadas.

Eu seria professor!

E era hora de arregaçar as mangas e enfiar a cara nos estudos, até porque em Janeiro haveria concurso do estado.