sábado, 7 de janeiro de 2012

QUE VERGONHA, DESPORTIVA!

Corinthians e Desportiva

Pesquisando nos meus alfarrábios, constato que o último jogo da Desportiva exibido em TV para rede nacional foi na Taça São Paulo de 2008, quando a ainda Desportiva Ferroviária foi honrosamente eliminada pelo Internacional.

Na partida anterior, eliminou o forte Corínthians, diga-se de passagem.Nesse tempo, toda a sorte de desgraças se abateram nos tempos de Desportiva Capixaba.

E nesse tempo de reconstrução, ainda sob o escudo da Capixaba, os grenás voltaram à telinha em rede nacional para enfrentar o Corínthians, na mesma competição. Ninguém esperava em são consciência o repeteco da façanha de quatorze anos atrás, mas o vexame foi demais.

Não pelo placar (2 a 0, construído nos primeiros quinze minutos), mas como tudo aconteceu.

A Taça São Paulo há muito tempo se tornou um camelódromo de jogadores, que tentam se destacar no meio de uma infinidade de aspirantes à fama, e o pior, onde atravessadores tentam vender suas peças nem sempre de qualidade como de fossem um futuro Bola de Ouro da FIFA.

E a Desportiva não foge à regra: apesar de ter um time de base fixo, que conquistou em campo o direito de participar da competição, "acolheu" jogadores na última hora, sabe lá com que propósito. Mas isso ainda não é pior.

Em campo, se via o Corínthians brincando de jogar bola, abusando do preciosismo, fazendo uma partida apenas protocolar contra um adversário inofensivo, que só chegava ao ataque com a colaboração de uma defesa desleixada do time do Parque São Jorge.

Superioridade garantida pela absurda diferença física entre as equipes, naturalmente explicada pelas condições estruturais de cada uma. Parecia um jogo de profissionais contra amadores, mesmo se levando em conta o teto de 18 anos da competição.

Mas, ainda tem o pior:

Como pode uma equipe ir para um torneio desses sem goleiro de ofício?

No início da partida, Vítor, a quem Cosme Eduardo (o técnico grená) definiu como "lateral e goleiro" fazia o possível, até se machucar e ser substituído pelo meia Gabriel (isso mesmo!) que fez milagres no gol, mesmo jogando com a luva emprestada do companheiro substituído.

A transmissão ainda pegou leve com essa zona: o comentarista Denílson fez questão de elogiar Gabriel e lhe incentivar, apesar das dificuldades. Mas, com razão não poupou a desorganização da Desportiva, que sequer tinha material médico para socorrer Vítor.

Assim não dá.

Se for para passar um vexame desse tamanho, era melhor ter ficado no Espírito Santo se estruturando para tentar algo melhor no futuro.

A menos que outros interesses empurraram os garotos para esse papelão.

Em tempo: na partida anterior, a Desportiva foi goleada pelo Juventus por 6 a 0, com quatro gols nos últimos dez minutos. Traduzindo: faltou perna.