sábado, 2 de julho de 2011

DIVÓRCIO ESPERADO



Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Não estou entre os que se encantaram com a “novidade” representada por Marina Silva na eleição de 2010. Humildemente, acho que ela ajudou os tucanos a levar eleição ao segundo turno, e ainda colaborou para consolidar a agenda conservadora que tomou conta da campanha eleitoral.

Mas é preciso ficar atento aos movimentos de Marina. O papel que ela cumprirá daqui pra frente não precisa, necessariamente, ser o mesmo. Há um cansaço generalizado com a democracia representativa – não no Brasil, mas no mundo.

Um mal-estar, com a sensação de que os partidos não representam mais a vontade popular. As rebeliões (recuso-me a falar em “revolução”) no Egito, Argélia e Espanha foram feitas “por fora” dos partidos e das organizações tradicionais.

No Brasil, esse movimento aparece, de forma tímida, na rebelião dos bombeiros do Rio, no movimento ”antiMicarla” de Natal (RN), na revolta dos trabalhadores de Belo Monte. E, apesar do crescimento econômico, há um mal-estar entre o que restou da esquerda, por conta do início do governo Dilma.

Marina Silva pode surfar nessa onda. Com qual programa? O liberal-ecologismo de Gabeira? Ou algo mais consistente e renovador?

A conferir.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

LEU NA VEJA? AZAR O SEU!



Jornalismo de Esgoto da revista VEJA é condenado na Justiça

- por Altamiro Borges, em seu blog (Acesse o Link na minha lista de blogs)

Em abril último, a revista Veja – talvez seguindo as orientações do Departamento de Estado dos EUA – fez estardalhaço com uma reportagem sobre “A rede do terror no Brasil”. Deu capa e várias páginas sobre a presença de “grupos terroristas islâmicos no território nacional”, mas não apresentou provas concretas para justificar as suas graves acusações. A “reporcagem” informava apenas que teve acesso a documentos sigilosos da CIA, a central terrorista dos EUA, e de outros órgãos policiais.

Agora, na quinta-feira (30), a juíza Cláudia Maria Pereira Ravacci, da 35ª Vara Cível de São Paulo, condenou o panfleto colonizado da famiglia Civita por estimular o ódio e o preconceito religioso, tentando associar o islamismo ao terrorismo. Segundo informa a repórter Mariana Ghirello, do sítio Última Instância, a revista será obrigada a dar o mesmo espaço e destaque para uma reportagem sobre a cultura islâmica. Cabe recurso, mas a revista Veja saiu novamente com a sua imagem danificada.

“Reporcagem” ofensiva e tendenciosa

A ação judicial exigindo direito de resposta foi movida pela União Nacional das Entidades Islâmicas, que congrega 16 entidades. Segundo o advogado da entidade, Adib Abdouni, a matéria da Veja é “ofensiva e tendenciosa” e “fere o sentimento religioso islâmico”, que tem mais de 1 bilhão de seguidores no mundo. A partir de denúncias sem consistência, ela generaliza a crítica, insinuando que todo islâmico é terrorista e que o território brasileiro serve de base de operação para grupos anti-estadunidenses.

O objetivo do direito de resposta é “desvincular a idéia de terrorismo junto à fé professada pelos mulçumanos... As ofensas contidas no texto impugnado causam lesão aos direitos da coletividade mulçumana, dando ensejo ao direito de resposta reivindicado”, comemora o advogado.

“De acordo com a petição, houve uma audiência reservada na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, na Câmara dos Deputados, na qual o ministro da Justiça afirmou que as informações publicadas eram falsas. A União alega que no Brasil a Constituição Federal assegura a liberdade de crença e religiosa”, informa repórter.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

SE ESCONDENDO ATRÁS DE UM COMPUTADOR



A Internet, e especialmente as chamadas redes sociais são um livro aberto.
Lá é comum que as pessoas se conheçam, se reconheçam, se conheçam de verdade, se desconheçam, briguem, façam as pazes, desabafem, se derramem em declarações e elogios, vociferem impropérios...

E é sobre isso o assunto desse post: hoje foi ao ar uma reportagem do Jornal Hoje sobre alunos que usam a internet para agredir seus professores. Finalmente, parece que surgem algumas atitudes para coibir tais práticas.

Primeiro, por parte dos próprios professores que abandonaram a tática do “deixa para lá”. Recorrendo à Justiça, conseguem atingir seus detratores em um ponto para lá de sensível: o bolso dos pais. O Judiciário tem concedido aos ofendidos indenizações considerando que a os pais têm sim, responsabilidade pelo que fazem seus rebentos revoltados no mundo virtual.

Segundo, por parte das escolas. Algumas escolas particulares têm criado mecanismos para controlar o que seus alunos andam dizendo por aí, inclusive contratando ex-alunos para tal. Não é espionagem, é reação. Além do mais, é preciso manter o bom nome da instituição e harmonizar o ambiente interno. Para isso, controlar os mais exaltados é necessário.

Terceiro, por parte dos pais, pelos mesmos motivos expostos no parágrafo retrasado: os pais, afora a possibilidade de serem responsabilizados judicialmente pelos atos dos seus filhos, têm (em sua maioria) uma certa vergonha em serem chamados à atenção na escola. Quando o fazem, é mais ou menos como se recebessem uma reprovação pública de como conduzem a educação de sua prole.

E quarto, por parte dos alunos, por mais incrível que isso possa parecer. Não é nada bom ser flagrado em um erro, e ainda mais ser ridicularizado pelo mesmo ser descoberto quando se julgava secreto. A possibilidade de ter os pais chamados, de ver o caso encaminhado à instâncias superiores de certa forma intimida.

Acreditem, um valente virtual normalmente é um covarde na vida real.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

VAI OU FICA?



Amanhã tem Palmeiras e Atlético Goianiense, pelo Campeonato Brasileiro.
Pode ser a despedida de Kléber, sem que ele entre em campo. Talvez, uma despedida moral, ou dependendo do caso, sem moral nenhuma.

O atleta já completou seis jogos pelo clube nesse campeonato, e se entrar em campo de novo, estouraria o limite que lhe permite atuar por outra camisa na competição. Sendo assim, a contusão seria “conveniente” para que as negociações com o Flamengo andassem, já que não há rodada nesse final de semana.

Mas, por outro lado, se ele quisesse chutar o balde, poderia ter cavado o terceiro cartão amarelo contra o Ceará, e ficaria de fora do jogo de hoje. E verdade seja dita, ele se esforçou bastante nas seis partidas que disputou.

O fato é o seguinte: não é preciso ser gênio para deduzir que se um clube demonstra interesse público na contratação de um jogador, é porque o jogador tem interesse no clube, nem que seja para usá-lo para conseguir vantagens no clube onde atua.

As coisas podem ser resolvidas de uma forma bem simples: se ele quer sair, que o anuncie publicamente, ou que deixe claro que quer sair, mas sem avacalhar o ambiente. Mire-se no exemplo de Fabregas, do Arsenal, que quer voltar ao Barcelona, mas não tumultua o ambiente por isso.

Ou chute o balde de vez, deixando claro que quer sair. Não seria novidade em sua carreira se rebelar contra seus superiores.

Ou finalmente, que dê provas que realmente quer ficar e encerre qualquer negociação com o Flamengo.

Seja como for, se sair após a sua contusão, entrará para a lista de malditos da torcida, em um lugar de desonra.

PS: ele realmente não jogou, e assistiu o jogo do camarote. Uma suposta cena flagrada pela TV mostra as pessoas ao seu redor comemorando o que seria um lance de gol, enquanto Kléber nem se mexia, ou melhor, nemolhava para o campo

terça-feira, 28 de junho de 2011

CORRIDA PREVISÍVEL

 . Foto: Getty Images

Esse ano nos acostumamos a ver á Fórmula 1 repleta de ultrapassagens, corridas em suspense até o fim, pelo menos a partir da segunda posição, e tudo em aberto.

Não foi isso que aconteceu em Valencia.

Vettel largou na pole, e seguiu em primeiro até o fim, sem grandes ameaças.

Alonso largou em terceiro, perdeu posição para Massa na largada, mas ultrapassou Hamilton, e retomou a posição do brasileiro adiante. Perdeu e ganhou o segundo lugar de Webber e assim foi até o fim.

Hamilton largou com discrição, e depois de duas corridas malucas, se contentou com um quarto lugar.

Massa chegou a estar em segundo na largada, foi caindo e (mais um) erro de pit da Ferrari o jogou para quinto.

Button recuperou nas primeiras voltas o sexto lugar que havia perdido para Rosberg.

Lá atrás, digno de nota, somente o nono lugar de Alguersuari, com uma estratégia maluca de poupar pneus, e o fato de ninguém ter abandonado: todos os 24 que largaram terminaram a corrida.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

APOCALIPSE NEWS- 12ª EDIÇÃO




Do kibe Loco

Mulher acorda no próprio velório, passa mal com o susto e morre minutos depois

Uma mulher morreu de infarto, em Kazan, naRússia, causado pelo choque de acordar no meio do próprio velório. Fagilyu Mukhametzyanov, de 49 anos, foi declarada morta por engano e estava sendo velada por amigos e parentes quando se levantou do caixão e começou a gritar desesperadamente.

Logo em seguida, Fagilyu começou a sentir fortes dores no peito, desmaiou quando chegou em casa e “voltou a morrer” no hospital. “Estou com muita raiva e exijo respostas. Ela não estava morta da primeira vez e, por isso, os médicos podiam ter salvado sua vida”, disse Fagili Mukhametzyanov, o viúvo.

O porta-voz do hospital de Kazan, Minsalih Sahapov, disse que está investigando o caso.

Confirmado: a esperança é a penúltima que morre.

domingo, 26 de junho de 2011

A QUEDA DE UM GIGANTE



O maior campeão argentino disputará a segunda divisão no ano que vem.
Mesmo tendo coisas interessantes para ver, não foi possível deixar de assistir o drama do Monumental de Nuñez. 

Não dá para fazer comparações tomando o futebol brasileiro como parâmetro, fazendo coisas do tipo "o River é mais ou menos como o xxxx daqui"Na sua casa lotada, o River Plate apenas empatou 1 a 1 com o Belgrano, de Córdoba, quando precisava vencê-lo por dois gols.


Até porque o regulamento de lá prevê dois campeonatos em um só ano (Apertura e Clausura) com apenas turno e  rebaixamento segundo a média das últimas três competições, dando a oportunidade de repescagem, conforme o caso.

O River fez 1 a o logo de cara, teve dois pênaltis não marcados a seu favor pelo frouxo árbitro Sergio Pezzotta, o mesmo que apitou a final da Libertadores no Pacaembu, tomou o gol de empate no segundo tempo, teve, enfim, um pênalti assinalado e o desperdiçou.
No fim, o Monumental de Nuñes virou um meio cemitério meia praça de guerra, com a polícia jogando água na massa (numa temperatura de 6 graus em Buenos Aires) e a torcida do River jogando pedras nos jogadores do Córdoba.
Um drama, uma lástima, uma vergonha, um tango.
Só para registro: o River é presidido pelo lendário Daniel Passarella e patrocinado pelas brasileiras Petrobras e Tramontina.

FHC, O ENGANADO




Uma mácula pessoal assombrou durante muitos anos a vida particular do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Quando senador, num romance secreto com uma então reporter da TV Globo, Mirian Dutra, FHC teria engravidado a amante. Para apagar o incêndio, a emissora transformou a jornalista em correspondente na Espanha.

Pronto, a aposentadoria e as regalias estavam na barriga da moça.

Durante o periodo em que gestou e cuidou do menino, Fernando Henrique nunca faltou como pai, seja para visitá-lo eventualmente, seja para dar apoio financeiro. Houve uma ocasião em que o correspondente de Londres num encontro íntimo teria perguntado à queima-roupa: "O que está faltando para o senhor assumir esse menino?"

Em dois mil e nove Fernando Henrique não só o reconheceu num cartório espanhol, como incluiu o filho em seu testamento. Só que Tomás não é filho dele, como revelaram dois exames de DNA, um deles feito no começo deste ano. A notícia foi divulgada pelo jornalista Lauro Jardim, em sua coluna desta semana na revista Veja.

Fernando Henrique se apaixonou por uma jovem que talvez não tivesse tanto compromisso assim com o senador. Para Tomás, a notícia pode ter efeito danoso para a formação da personalidade do rapaz, que deverá seguir perguntando: quem é meu pai? Para o ex-presidente nada muda. FHC mandou avisar que ele continua a considerar o menino um filho.

Só resta saber se a jornalista - até hoje na emissora - agora não será despedida por justa causa. Que drama, não?