sábado, 5 de fevereiro de 2011

BRIGA DE COMADRES

twitter ronaldo e neto (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)3

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Do Globoesporte.com


 Uma violenta manifestação de corintianos no CT Joaquim Grava, neste sábado, causou um bate-boca no Twitter entre dois ídolos do clube, com troca de acusações e ofensas. Tudo começou quando Neto criticou a afirmação de Ronaldo de que joga "por amor e somente por amor" e pediu para que ele abrisse mão de R$ 1,5 milhão por mês.
O atacante do Corinthians havia feito um desabafo em relação aos atos de vandalismo e revelou que cogitou antecipar a sua aposentadoria, como mais tarde repetiria em entrevista ao "Jornal Nacional" (confira no vídeo acima)
- Eu, que nunca fui 1% de você, assinava contrato em branco. Eu jogava por amor. Casagrande, Sócrates, Wladimir, Rivelino, Viola jogavam por amor. Para de conversa fiada, vai! - escreveu Neto, que teve uma passagem marcante pelo Corinthians entre 1989 e 1993, com um título brasileiro (1990), e voltou ao clube para atuar em 1996 e 1997.
Sem citar Neto, Ronaldo não deixou o ex-jogador sem resposta.
- Eu aceito qualquer crítica pacífica ao meu desempenho e do time. Mas não vou responder a ex-jogador aproveitador. Que vive até hoje com a imagem ligada ao clube, implorando para fazer evento em loja oficial. Muito menos para gente irresponsável que incentiva a violência e que cospe nos outros.
O Fenômeno se referiu a um episódio de 1991, em que Neto cuspiu no rosto do árbitro José Aparecido de Oliveira, após ser expulso por entrada violenta, durante a derrota por 2 a 1 do Corinthians para o Palmeiras.
Neto voltou a atacar Ronaldo, primeiro comparando a passagem dos dois pelo Corinthians:
- Eu sempre fui e vou morrer corintiano. A minha missão no Timão foi cumprida. Levei ao primeiro Brasileiro. E você?
E depois lembrou uma recente passagem conturbada do atacante:
- Do mesmo jeito que você não fala com quem cuspiu em juiz, eu também não falo mais com quem entrou no motel com três travecos e um morreu de Aids!

AULA COMPLICADA...






Extraído de http://giovanamanzoli.zip.net/

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem. Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens. Tomando a palavra, disse-lhes:

- "Em verdade, em verdade vos digo: Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque eles..."

Pedro o interrompeu: - Mestre, vamos ter que saber isso de cor?

André disse: - É pra copiar no caderno?

Filipe lamentou-se: - Esqueci meu papiro!

Bartolomeu quis saber: - Vai cair na prova?

João levantou a mão: - Posso ir ao banheiro?

Judas Iscariotes resmungou: - O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se: - Foi o outro Judas que perguntou!

Tomé questionou: - Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?

Tiago Maior indagou: - Vai valer nota?

Tiago Menor reclamou: - Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.

Simão Zelote gritou, nervoso: - Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?

Mateus queixou-se: - Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!

Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:

- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos? Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?

Caifás emendou: - Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?

Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:

- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto. E vê lá se não vai reprovar alguém! Lembre-se que você ainda não é professor titular/efetivo...

Jesus deu um suspiro profundo, pensou em ir à sinagoga e pedir aposentadoria proporcional aos trinta e três anos. Mas, tendo em vista o fator previdenciário e a regra dos 95, desistiu. Pensou em pegar um empréstimo consignado com Zaqueu, voltar pra Nazaré e montar uma padaria... Mas olhou de novo a multidão. Eram como ovelhas sem pastor... Seu coração de educador se enterneceu e Ele continuou:

-"Felizes vocês, se forem desrespeitados e perseguidos, se disserem mentiras contra vocês por causa da Educação. Fiquem alegres e contentes, porque será grande a recompensa no céu. Do mesmo modo perseguiram outros educadores que vieram antes de vocês".

Tomé, sempre resmungão, reclamou:

- Mas só no céu, Senhor?

- Tem razão, Tomé - disse Jesus - há quem queira transformar minhas palavras em conformismo e alienação. Eu lhes digo, NÃO! Não se acomodem. Não fiquem esperando, de braços cruzados, uma recompensa do além. É preciso construir o paraíso aqui e agora, para merecer o que vem depois...

E Jesus concluiu:

- Vocês, meus queridos educadores, são o sal da terra e a luz do mundo...

Texto de abertura do Programa Rádio Vivo — Rádio
Itatiaia, Belo Horizonte — de 15/10/2009, texto do professor Eduardo Machado.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

FUTEBOL ACADÊMICO

















Estudando o futebol como parte do meio social em que está inserido, é possível fazer uma analogia entre sua regulamentação e a regulamentação do convívio social mais amplo. Há um conjunto de regras escritas e um código de condutas não-escrito que que estabelecem as relações entre participantes e entre quem assiste. Como diz Johan Huizinga:




"(...) esta sistematização e regulamentação cada vez maior do esporte implica a perda de uma parte das características lúdicas mais puras. Isto se manifesta nitidamente na distinção oficial entre amadores e profissionais (que implica na separação entre aqueles para quem o jogo não é o jogo dos outros, por sua vez, são considerados superiores, apesar da sua competência inferior. O espírito do profissional não é mais o espírito lúdico, pois lhe falta espontaneidade, a despreocupação."

Os conceitos de liberalismo e de liberdade política, a partir dos ideais iluministas do século XVIII, foi reinterpretado segundo cada realidade: para cada caso específico, um arcabouço legal é criado ou modificado, quer seja para proteger, quer seja para punir, ou mesmo os dois. Diversas vezes, a liberdade foi justificativa da repressão, como é comum nos regimes autoritários, por mais contraditório que isso possa parecer. Cada grupo, ou mesmo cada pessoa vê a liberdade segundo seu próprio ponto de vista, de acordo com suas próprias experiências. E mesmo se pondo no lugar do outro, não é fácil justificar suas opiniões.

As transformações nas regras e na prática do jogo percorreram caminhos semelhantes à regulamentação social, especialmente no mundo capitalista, em especial se for considerada a intervenção estatal. Sempre que se burla ou se age pelas brechas das regras, se faz necessária alguma atitude que proteja a dignidade e o mínimo de de concorrência saudável, e mesmo quando não há desvio de conduta, novas regulamentações surgem para fazer da disputa mais dinâmica e leal.

Para ilustrar o exposto, basta lembrar recentes mudanças nas regras do futebol (limitação do recuo para o goleiro, ampliação do número de substituições, simplificação do impedimento, entre outras), comparando-as com regras econômicas (intervenção ou retirada do Estado da economia, limitação de monopólios e carteis, alterações na legislação trabalhista), todas para adaptar a conduta de quem joga com a lisura do jogo.O jogo é atemporal e universal, mas como a sociedade, não escapa das regulamentações específicas de cada período. A lei de um período pode até alcançar todas as pessoas de um dado período, mas dificilmente ela perpassa incólume por vários períodos, e mesmo quando elas são necessárias para o benefício coletivo, há sempre quem se sinta atingido e a rejeite. As mudanças citadas demonstram isso.

E tal como um reflexo social, a disputa incorpora novos rituais e visões de mundo de cada um praticante ou espectador assim que o tempo avança. O futebol se expandiu consideravelmente pelos cinco continentes, mas não de forma simultânea e homogênea: a frase "se joga como se vive", muito comum na Argentina, cai bem, com o cuidado de não se cair em estereótipos: a proletarização do jogo na Inglaterra ocorreu em um período de obtenção de avanços na legislação social; a popularização no Brasil e na Argentina se deu em um momento de discussão sobre a formação de uma identidade nacional, um conjunto de símbolos e valores que representasse o país perante o chamado mundo civilizado, abraçando ou não grupos historicamente excluídos (índios e negros) ou recém-chegados imigrantes; a expansão futebolística na China é contemporânea à abertura de sua economia ao mercado mundial, contraditoriamente ao mesmo tempo em que o regime fechado politicamente permanecia quase imutável.

E uma análise coerente não poderia mesmo supor que a expansão fosse homogênea, tamanha a distância de lugares e de tempo. Mesmo essa simplificação não é válida, pois dentro desses períodos houve resistência.

E também nessa linha de pensamento, a prática do jogo se adapta à realidade de onde ele penetra. Tal como um currículo escolar, que tem um conteúdo comum geral, mas que reserva espaço para especificidades de cada realidade, e por mais que se tente, uma interpretação homogênea é improvável. As idéias de cada sociedade acerca de violência, religião, identidade coletiva e hierarquia social, entre outros se manifestam em quem joga e quem assiste.

Códigos de conduta informais nem sempre são alcançados por regulamentações de entidades formalmente estabelecidas, até porque, salvo em alguns regimes de exceção, a sociedade molda o Estado, e não o contrário. Como afirmado anteriormente, as leis são elaboradas segundo o pensamento de cada época daqueles que legislam, mas são interpretados ou burlados conforme as necessidade.

Franklin Foer, jornalista estadunidense que reuniu seus relatos de viagem no livro "Como o futebol explica o mundo: um olhar inesperado sobre a globalização" escreve, ora perplexo, ora admirado sobre a relação entre futebol, política, imigração e fé na rivalidade entre o Glasgow Rangers e o Glasgow Celtic, na Escócia; sobre a visão político-social de um torcedor ao estilo hooligan na Inglaterra; sobre a estrutura política quase feudal do futebol brasileiro, e do uso do futebol como bastião nacionalista na antiga Iugoslávia, entre outros.

Mais intrigante ainda, quando se trata do relato de um indivíduo proveniente de um país onde o futebol que o mundo conhece se chama soccer, e é tido como jogo de mulheres (por sua pouca virilidade, segundo os padrões locais), ou quando muito, de imigrantes. Foer é praticante do esporte desde criança, e por vezes deixa transparecer que está ilhado em sua própria casa. Seus escritos se assemelham a um diário de um desbravador que tenta conciliar a sua opinião com a visão das pessoas com quem se encontra na viagem. Apesar de jornalista, lida com um dilema típico do pesquisador: até que ponto não se deixar influenciar pelas fontes, ainda mais com um contato tão direto e impactante.

Está aí um relação interessante: por serem relativamente conhecidos do grande público, o que sem dúvida ajuda na divulgação, jornalistas se arriscam em escrever sobre as mais diversas áreas de conhecimento, o que gera protestos em setores acadêmicos, por um lado enciumados por serem relegados à um plano inferior quando deveriam protagonizar; e por outro, por verem suas áreas serem ocupadas por quem não tem o instrumental teórico e a metodologia de trabalho necessária para desenvolve o tema.

Sobre isso, não se deve tomar opiniões extremadas, é preciso conhecer os reais objetivos de quem escreve. Se um jurista escreve uma obra sobre o passado, não significa exatamente que ele invada o campo de atuação de um historiador, a menos que ele se proponha a fazer isso. Dentro da imprensa esportiva, há o caso oposto de ex-jogadores ocupando o posto de comentaristas, antes quase reservados à jornalistas de carreira.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

TELEFONE SEM FIO...


DE: Diretor-Presidente.






















PARA: Gerente.

Na próxima sexta-feira, aproximadamente às 17:00 horas, o cometa Halley estará nesta área.

Trata-se de um evento que ocorre a cada 78 anos. Assim, por favor, reúnam os funcionários no pátio da fábrica, todos usando capacete de segurança, quando explicarei o fenômeno a eles. Se estiver chovendo, não poderemos ver o raro espetáculo a olho nu. Sendo assim, todos deverão se dirigir ao refeitório, onde será exibido um documentário sobre o cometa Halley.

DE: Gerente.

PARA: Supervisor.

Por ordem do diretor-presidente, na sexta-feira, às 17:00 horas, o cometa Halley vai aparecer sobre a fábrica. Se chover, por favor,reúna os funcionários, todos com capacete de segurança, e os encaminhem ao refeitório, onde raro fenômeno terá lugar, o que acontece a cada 78 anos a olho nú.

DE: Supervisor.

PARA: Chefe de Produção.

A convite do nosso querido diretor, na sexta-feira às 17:00 horas, o cientista Halley, 78 anos, vai aparecer nú no refeitório da fábrica usando capacete, pois vai ser apresentado um filme sobre o problema da chuva na segurança. O diretor levará a demonstração para o pátio da fábrica.

DE: Chefe de Produção.

PARA: Mestre.

Na sexta-feira, às 17:00 horas, o diretor, pela primeira vez em 78 anos, vai aparecer no refeitório da fábrica para filmar o Halley nú, o cientista famoso e sua equipe. Todo mundo deve estar lá de capacete, pois vai ser apresentado um show sobre segurança na chuva. O diretor levará a banda para o pátio da fábrica.

DE: Mestre.

PARA: Funcionário.

Todo mundo nú, sem exceção, deve estar com os seguranças no pátio na próxima sexta-feira, às 17:00 horas, pois o manda-chuva (o diretor) e o senhor Halley, guitarrista famoso, estarão lá para mostrar o raro filme "Dançando na Chuva". Caso comece a chover mesmo, é para ir para o refeitório de capacete na mesma hora. O show será lá, o que ocorre a cada 78 anos.

E FINALMENTE NO QUADRO DE AVISOS.....

Na sexta-feira o presidente fará 78 anos, e liberou geral para a festa, às 17:00 horas no refeitório. Vão estar lá Bill Halley e Seus Cometas. Todo mundo deve estar nú e de capacete, porque a banda é muito louca e o rock vai rolar solto no pátio, mesmo com chuva.

DECLARANDO VOTO

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

TRAIÇÃO NO DEMO



Gilberto Kassab está de saída do DEM(o). Na legenda, ele não conseguiria lançar sua candidatura ao governo paulista em 2014, já que a aliança nacional entre tucanos e demos provavelente impediria isso.

Depois de flertar com o PSB e o PMDB, ele deve seguir para a segunda legenda, possivelmente sob as bênçãos de Michel Temer e dos herdeiros de Orestes Quércia. Possivelemente, levará consigo centenas de aliados, entre eles Deputados, Prefeitos e Vereadores.

Para tanto, precisa driblar a barreira da fidelidade partidária. Não se sabe como sua camarilha de seguidores fará, mas Kassab deve deixar o DEM(o) no limite do prazo de filiações, em Outubro, o que retardaria uma ação que o partido noveria contra ele por infidelidade. Caso ele venha a perder o cargo, a prefeitura cairia no colo de Alda Marcoantonio, justamente do PMDB.

Aí é que está a questão: seria Kassab um neoaliado do Governo Federal? Não se sabe.

Mas é fato que o DEM(o) já prepara o vice-governador Guilherme Afif Domingos (lembra do "juntos chegaremos lá, fé no Brasil", das eleições de 89?) para concorrer à Prefeitura da Capital, e o tucanato esperaria uma resposta de José Serra, que tentaria remar tudo de novo em seu novo sonho de chegar ao Planalto.

O que deve ocorrer é que ou Afif ou um tucano concorre em 2012, e aposto na primeira opção. Primeiro, porque a não-intervenção tucana garantiria a fidelidade dos demos, seus tradicionais aliados. Segundo, porque o governador Geraldo Alckmin quer José Serra o mais longe possível do poder, terceiro, porque um racha beneficiaria muito a possível candidatura de Aloízio Mercadante, que perdeu uma eleição certa ao Senado para tentar uma candidatura suicida ao governo em troca da candidatura à Prefeitura Paulistana em 2012.

Aguardemos cenas dos próximo capítulos

NOTÍCIAS DESIMPORTANTES - 13ª EDIÇÃO



"Pelo twitter, Geisy Arruda insinua que está grávida para depois anunciar que o exame deu negativo" (Portal R7)

Comentário: mais uma tentativa desesperada de aparecer. Ah, essas subcelebridades...

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

ENSINO, PESQUISAS E AFINS



Dia desses em um consultório médico, folheei uma Veja de algum tempo atrás, com o tema educação. Ricardo Ioschpe, o especialista da publicação sobre o tema discorria sobre a valorização salarial e a qualidade do Magistério.

Segundo ele, "pesquisas" indicam que NÃO HÁ RELAÇÃO DIRETA ENTRE VALORIZAÇÃO SALARIAL, QUANTIDADE DE  E QUALIDADE DE ENSINO, fato respaldado por "especialistas" consultados pela Veja.

Ioschpe não diz que instituição fez essa pesquisa, nem onde foi o campo de estudo, nem a metodologia, nem quais foram as demais conclusões tiradas do estudo. Apenas joga uma informação ao vento. Além do mais, "especialista" é um termo vago em educação. Se alguém cursou é Doutor em Legislação Educacional, isso não significa que seja especialista em Didática de Ensino, por exemplo. Faltou ao escriba descrever a "especialidade" dos consultados.

Está certo que um profissional bem-remunerado não é necessariamente um bom profissional, e isso nós vemos em várias atividades. E também está certo que um mau profissional não se tornará bom se tiver uma quantidade de alunos. Mas, o pobre escriba deveria saber (ou pelo menos, não omitir) que em qualquer profissão, a remuneração é um item de atração de profissionais.

Descrevo a rede estadual do Espírito Santo com exemplo: até 2007, os salários da rede eram inferiores às Prefeituras de Vitória, Cariacica, Vila Velha e Serra. Ate então, quanmdo surgia uma vaga na rede municipal,  era a regra que profissional fizesse a migração. Restava à rede estadual buscar alguém (normalmente com menor qualificação e experiência) para a vaga, o que poderia demandar tempo e quebra no ritmo de aprendizagem.

Com os aumentos desde 2008, o ritmo migratório se inverteu, e hoje, boa parte das Prefeituras sofrem com a ausência de professores.

Para quem afirma, como ele e seus "especialistas". que a quantidade de alunos não influencia o rendimento, sugiro encarar uma sala de aula com mais de 50 alunos, mesmo quando a LDB estipula o limite de 40. Como dar atendimento suficiente à um grupo tão grande, e provavelmente, tão heterogêneo? Com o parco tempo de planejamento, alguém consegue executar as tarefas necessárias ao ensino e ainda por cima, cumprir as exigências burocráticas inerentes ao serviço? Isso sem contar a massacrante carga horária de trabalho.

Nesse ponto, o pobre escriba dá um tiro no pé: afirma que o professor perde tempo demais com a parte burocrática, com a chamada e a escrituração de diários, sem contar a imensidão de questionários, projetos institucionais, e por aí vai.  Mas não diz que essa é uma exigência estabelecida pelos Sistemas de Ensino (ir)responsáveis pela Gestão.

Mais um bobagem descrita na matéria: A QUALIDADE RUIM DO MAGISTÉRIO ESTARIA LIGADA À QUALIDADE RUIM DAS LICENCIATURAS EM INSTITUIÇÕES FEDERAIS. Segundo o INEP (estou apontando a fonte), 80% dos professores graduados o fizeram em Instituições Particulares, em cursos se multiplicaram geometricamente a partir dos anos 90.

Qual seria o interesse da "impoluta" Veja em preservar tais instituições?

Sinceramente, a Veja já viveu dias melhores.

Jornalismo, embora eu não seja da área, não precisa ser imparcial, mas pelo menos precisa ser isento. Qualidade é uma coisa que vai da percepção de quem lê, ouve ou vê a notícia. E pela minha percepção, essa matéria deixa muito a desejar.

E que a publicação escolha um especialista sem aspas da próxima vez.

APOCALIPSE NEWS - 9ª EDIÇÃO



"Aos 54 anos, a atriz Solange Couto, confirma gravidez" (TV Record)

Comentário: não duvido nada que Hebe Camargo e Suzana Vieira tentem "quebrar a marca"

domingo, 30 de janeiro de 2011

10 RAPIDINHAS DA FÓRMULA 1



Alonso diz que Massa será o seu principal adversário esse ano. Fora da equipe, ele aponta Schumacher como seu principal rival. fazendo média com o companheiro? Debochando do Schumi? Cutucando Red Bull e Mclaren? Deixando no ar alguma informação confidencial sobre o desempenho da Mercedes? O tempo dirá.

Mais Alonso: a barbicha que ele apresenta na pré-temporada lembra ou não lembra o Dick Vigarista?





Schumacher e Massa apontam a adaptação aos pneus como grande dificuldade em 2010, mas que será superada em 2011. É bom para eles quie seja mesmo, já que o repertório de desculpas está acabando.

Mike Withmarsh diz que o desenho do carro da Mclaren será revolucionário. Só o desenho, ou o desempenho também?

Force India confirma Paul di Resta como piloto titular e Nico Hulkenberg como reserva para esse ano. Traduzindo: a grana falou mais alto que o desempenho. Uma pena Hulk ficar praticamente a pé esse ano.

Por falar em ficar a pé: só resta uma vaga para o grid esse ano, e na Hispania. Quem pagar, dirige, mas sem o direito de reclamar de desempenho.

Por falar em ficar a pé (2): A imprensa aponta Lucas di Grassi como piloto de testes da Pirelli para esse ano. Ja que ele não estará no gris, pelo menos se mantem na ativa, e em uma vaga nem tão ruim.

Por falar em ficar a pé (3): Bruno Senna deve mesmo ficar de fora esse ano. Fez a escolha certa na hora errada quando acertou com a Campos, que mais tarde, virou aquele trambolho chamado Hispania. E convenhamos, mesmo lá, se esperava que pelo menos, batesse os companheiros de equipe com mais frequência.

E a Hispania pode se preparar para nem largar em diversas corridas: a regra do 7% está de volta. Se o pole position fizer, por exemplo, o tempo de 1'20"0, quem fizer acima de 1'25'6 nem larga.

As Lotus e a Justiça ainda não chegaram a um acordo sobre quem usa o nome da marca em 2011. Ao que tudo indica, pelo menos no começo da temporada, teremos Lotus Renault (motor Renault)  e Lotus (motor Renault) essa temporada.

MINHA ASSEMBLEIA, MINHA CASAGRANDE



Bienalmente, ocorrem as eleições para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, e posterior formação das Comissões Permanentes. Embora a Constituição afirme que os poderes são independentes, não é isso na prática que ocorre.

A convivência entre Executivo e Legislativo determinada pela Carta Magna faz de ambos mútuos reféns. O Executivo precisa "negociar" com o Legislativo se quiser fazer passar projetos de seu interesse, e porventura, brecar aquelas investigações "indesejáveis".

Por outro lado, os Parlamentares precisam mostrar serviço para sua base, e para tanto, precisam de verbas do Executivo, dono da chave do cofre.

É a tal governabilidade, na verborragia política.

Na eleição da ALES, o neogovernador, Renato Casagrande, já mostrou que não vai ser acanhar em pôr o dedo no bolo alheio: no fim do ano passado, Sérgio Borges e Teodorico Ferraço se lançaram como candidatos á cadeira de presidente do Legislativo Capixaba, o que deixava o Palácio Anchieta ressabiado. Ferraço se lançaria com trampolim para sua provável candidatura à Prefeitura de Cachoeiro ano que vem, contra o desgastado Carlos Casteglione, aliadíssimo do governador.

Já Sérgio Borges, outro velhaco da política capixaba, não é exatamente algo que possa chamar de aliado descompromissado. No comando do Legislativo, não se pode esperar dele submissão (de Ferraço também não), ou aliança tranquila. Ele, como raposa que é, sabe muito bem negociar os acordos que lhe convém.

Já em Janeiro, surgiu o nome de Rodrigo Chamoun, correligionário do governador, e interessadísmo nas eleições municipais de Guarapari, ano que vem. No entanto, deve ser mais dócil ao Executivo.

Reunião aqui, reunião ali, concessão de cá, concessão de lá, e pronto. Ferraço e Borges saíram da disputa e Chamoun deve ser eleito sem concorrência, e não deve pôr barreiras para que o Executivo governe como bem quiser, assim como Hartung fez nos seus oito anos de comando.

E se a Constituição afirma que o Legislativo deve ser um fiscal do Executivo, as últimas legislaturas parecem ter se esquecido disso.

Vale o (desvirtuado) lema franciscano: é dando que se recebe.

GAROTOS-PROPAGANDA



Garotos-propaganda



30 de janeiro de 2011


Da “FOLHA”


Por TOSTÃO


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Os times e jogadores no Brasil marcam e correm cada vez mais. E jogam cada vez menos


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NA TERÇA-FEIRA será apresentada a nova camisa da seleção, com uma faixa verde na altura do peito. Segundo a Nike, a faixa simboliza um escudo de proteção aos guerreiros da seleção. Aí é demais.

Guerreiro era também o símbolo da propaganda de uma cerveja, antes e durante a Copa do Mundo de 2010. Dunga era um dos garotos-propaganda. Apareciam torcedores com armaduras, como se
fossem para a guerra. Dunga, com a cara amarrada, falava em raça. A maioria achava que a seleção, por ser comandada por um guerreiro, ganharia a Copa. Futebol não é guerra.

Garra não faltou ao Corinthians no empate contra o Tolima. Faltou talento. Os times brasileiros correm, marcam e lutam cada vez mais. E jogam cada vez menos. Faltou ao Corinthians mais dribles, troca de passes e triangulações. É disso que reclamou Loco Abreu, da maneira de jogar do Botafogo. Ele não quer apenas a bola pelo alto.

Atuar com vontade, garra, é tão óbvio e essencial, no futebol e em qualquer atividade, que nem deveria ser discutido. Seria como viver sem alimento, sem desejo e sem carinho.

Sai o garoto-propaganda Dunga, e entra Mano Menezes. A cerveja é outra. Muitos criticaram os dois técnicos por fazerem propaganda de cerveja. Outros acham que a crítica é moralista. Penso que o técnico da seleção brasileira não deveria fazer propaganda de cerveja nem de qualquer outro produto.

Há muitos conflitos de interesses. A CBF, pressionada por todos os lados, faz de tudo para agradar aos parceiros. O treinador teria de ficar acima de tudo isso.

Da mesma forma, treinador, de seleção ou não, não sei se é o caso de Mano Menezes, não deveria ter empresário que fosse o de jogadores que estão sob o comando do mesmo treinador. Talvez a única solução, nesse jogo de interesses, seria o técnico não ter empresário.

Os jovens adoram se reunir com os amigos para tomar cerveja. Antes dos 18 anos, quando já era profissional do Cruzeiro, gostava quando tinha folga no fim de semana. Encontrava com a turma do bairro para tomar cerveja, jogar conversa fora e falar sobre coisas fora do futebol.

Hoje, a propaganda é maciça.

Aumentou bastante o uso de bebidas alcoólicas. O álcool em excesso é causa de gravíssimos problemas de saúde, muitos sem solução, mesmo se a pessoa parar de beber, além de contribuir para aumentar a violência, os acidentes de trânsito e outras tragédias.

O treinador da seleção deveria pensar nisso.