sábado, 7 de agosto de 2010

O SENTIDO DA HISTÓRIA



Por Ricardo da Costa
www.ricardocosta.com

História é:

Uma ciência que busca conhecer os diversos aspectos do passado da humanidade e examinar as realizações do homem através dos tempos, para que através da reflexão histórica, aumentar nossa capacidade de entender o presente e criar bases para ampliarmos nossa visão sobre o futuro.

É interessante destacar que ao contrário do que muitos pensam ao refletir com rodeios ao se indagarem o que é história, que história não é arte sim uma CIÊNCIA. Não é concreta como a física que contém suas leis, mas ciência.

A História é um relato ou conjunto de relatos sobre fatos passados. Para ser crível (quer dizer par que você acredite que esses relatos são verdadeiros), a História se baseia em documentos sobre os fatos do passado.

Sobre os fatos passados pode-se dizer qualquer coisa, mas a História exige provas, o que obriga aos historiadores encontrarem provas e documentos cada vez mais autênticos.

Não é uma ciência propriamente dita, pois não tem leis nem pode haver experimentação.
É uma das disciplinas mais importantes. E uma profissão fascinante.

O simples fato de que cada geração posterior encontre forças produtivas adquiridas pela geração precedente, que lhe servem de matéria prima para a nova produção, cria na história dos homens uma conexão, cria uma história da humanidade, que é tanto mais a história da humanidade por quê a força produtiva dos homens e, por conseguinte, suas relações sociais adquiriram maior desenvolvimento.
Fonte(s):MARX. Carta a Annenkov, p. 470-471

A História é o estudo do homem no tempo, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado. Por metonímia, o conjunto destes processos e eventos. A palavra história tem sua origem nas «investigações» de Heródoto, cujo termo em grego antigo é Ἱστορίαι (História). Todavia, será Tucídides o primeiro a aplicar métodos críticos, como o cruzamento de dados e fontes diferentes.

O estudo histórico começa quando os homens encontram os elementos de sua existência nas realizações dos seus antepassados. Esse estudo, do ponto de vista europeu, divide-se em dois grandes períodos: Pré-História e História.

Os historiadores usam várias fontes de informação para construir a sucessão de processos históricos, como, por exemplo, escritos, gravações, entrevistas (História oral) e achados arqueológicos. Algumas abordagens são mais frequentes em certos períodos do que em outros e o estudo da História também acaba apresentando costumes e modismos (o historiador procura, no presente, respostas sobre o passado, ou seja, é influenciado pelo presente).

A História é o estudo do homem no tempo, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado. Por metonímia, o conjunto destes processos e eventos.

A palavra história tem sua origem nas «investigações» de Heródoto, cujo termo em grego antigo é Ἱστορίαι (História). Todavia, será Tucídides o primeiro a aplicar métodos críticos, como o cruzamento de dados e fontes diferentes.

O estudo histórico começa quando os homens encontram os elementos de sua existência nas realizações dos seus antepassados. Esse estudo, do ponto de vista europeu, divide-se em dois grandes períodos: Pré-História e História.

Os historiadores usam várias fontes de informação para construir a sucessão de processos históricos, como, por exemplo, escritos, gravações, entrevistas (História oral) e achados arqueológicos.

Algumas abordagens são mais frequentes em certos períodos do que em outros e o estudo da História também acaba apresentando costumes e modismos (o historiador procura, no presente, respostas sobre o passado, ou seja, é influenciado pelo presente). (veja historiografia e História da História).

Os eventos anteriores aos registos escritos pertencem à Pré-História e as sociedades que co-existem com sociedades que já conhecem a escrita (é o caso, por exemplo, dos povos celtas da cultura de La Tène) pertencem à Proto-História.


1) “A História serve para justificar visões de mundo” – Prof. Dr. André Ricardo Valle Vasco Pereira (Ufes)

2) “Com a História entende-se o passado, compreende-se o presente e faz-se projeções para o futuro” – Prof. Dr. Sebastião Pimentel Franco (Ufes)

3) “A História serve para se entender o presente” – Prof. Ms. Josemar Machado de Oliveira (Ufes)

4) “A História é uma das formas de reflexão da vida social, pois nossa sociedade é auto-reflexiva” – Prof. Dr. Estilaque Ferreira dos Santos (Ufes)

5) “A História serve para se entender o desenvolvimento das sociedades e dos valores da humanidade; com ela o historiador constrói e divulga conceitos e ideologias com o intuito de promover uma melhora na vida das pessoas” – Profa. Dra. Maria da Penha Smarzaro Siqueira (Ufes)

6) “A História serve para que nos divirtamos lendo uma novela que aconteceu na realidade” – Profa. Dra. Patricia Grau-Dieckmann (Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas da Argentina).

Parece claro que de forma alguma existe consenso. E se você, caro leitor, fizer uma pesquisa semelhante com os professores que conhece, verá que dificilmente encontrará uma opinião majoritária. E isso é o normal. Na maior parte dos casos, perceberá que o que existe é uma grande e profunda divergência, divergência essa que impossibilita tornar nosso ofício uma “ciência”. Duvida? Junte cinco historiadores numa mesa...
Portanto, deixo logo claro que não acredito mais nessa história de “história-ciência” – talvez a noção de “ciência inexata” de Gadamer (1900–2002) seja mais propícia para a História (GADAMER, 1998: 24). Talvez.

Por sua vez, o Prof. Josemar Machado (Ufes) defende que a História serve para se entender o presente. Ok, mas se a limitarmos a essa função, teremos uma boa parte do passado jogada no lixo. Explico: o que as pirâmides do Egito e sua monarquia explicam da sociedade capixaba? E os samurais? E os bárbaros germânicos do século V? Nada. Caso fosse assim, deveríamos nos interessar (e pesquisar) somente nossa história local, regional. No entanto, percebo que o interesse humano em relação ao passado é vasto e infinito (não citei a adoração das crianças pelos dinossauros?).

O próprio Professor Josemar é um bom exemplo disso: em seu doutorado (na USP) ele estuda a Revolução Francesa! Mas o que essa revolução explica a respeito de sua cidade, de sua cultura capixaba, do Espírito Santo, ou mesmo do Brasil? Nada, literalmente nada. Sequer tivemos revolução liberal em nosso país... Portanto, estudar a Revolução Francesa no Espírito Santo não “serve” para nada... Ele estuda a Revolução Francesa porque gosta do tema (provavelmente).

Ao contrário da definição do Prof. Estilaque Ferreira dos Santos (Ufes), acredito que nossa sociedade cada vez mais é menos reflexiva, cada vez possui menos capacidade de refletir, de entender e de discutir a realidade. Isso acontece por se tratar de uma sociedade de consumo, de massa, de gente que cai no apelo fácil da leitura superficial, quando não da força da televisão, passatempos fúteis alçados à categoria de cultura. A crise pela qual passam as ciências sociais e o questionamento acerca da função da História em um curso de História são provas contundentes disso.

As pessoas cada vez mais desejam saber “para que serve” aquele conhecimento adquirido, cada vez mais elas querem ter uma explicação pragmática e funcional, talvez para se sentirem tranqüilas e inseridas nesse contexto cultural de consumo imediato e poderem explicar aos seus o motivo de sua escolha. Cada vez mais há menos espaço para os que, intelectualmente falando, estão fora do sistema.

Através da História entendemos o desenvolvimento das sociedades e dos valores da humanidade sim, como afirma a Profa. Maria da Penha Smarzaro Siqueira (Ufes), mas não para divulgar “ideologias” e promover uma melhora na vida das pessoas (parece que seria melhor trocar a palavra “ideologias” por “marxismo”, ou “marxismos”). E se por “melhora” entendo “melhora da vida material”, aí então a coisa fica ainda mais contraditória, pois o passado humano não é mais desenvolvido tecnologicamente que o presente, pelo contrário.

Por exemplo, não estudamos a presença portuguesa no Brasil do século XVII para promover uma melhora na vida das pessoas hoje. É um contra-senso! Para promovermos uma melhora social hoje não precisamos estudar História, devemos é estar atentos à utilização dos gastos públicos por parte das autoridades eleitas, aos desvios e roubos cometidos por pessoas que deveriam se preocupar com a coisa pública, à morosidade da Justiça, às obras de saneamento em nosso país, e por aí vai.

Além disso, se estudamos o passado para divulgar uma ideologia, como infelizmente defende a professora Maria da Penha, esse passado fica à mercê de nosso programa político (no caso, do programa político dela, comunista). E aprendemos que muitos, como os comunistas, já usaram a História para seus fins propagandísticos, omitindo e distorcendo informações sobre o passado para que ele se encaixasse em seu modelo explicativo.

No caso da História, as omissões de Eric Hobsbawm acerca dos horrores do marxismo-leninismo soviético são o melhor exemplo de história-propaganda que se pode ter. O passado não tem relação (nem culpa) com nossas propostas utópicas de futuro. Para termos uma proposta de futuro, não é preciso conhecer o passado. Basta sonhar.

MONEY



Do Blog do Téo José:

Bernie Ecclestonne, o dono do circo da Fórmula 1 desce a lenha no circuito de Interlagos, que considera o pior do calendário. E ainda ameaça o GP Brasil de exclusão.

Ele precisa excluir algumas pistas do circuito para dar lugar a novas provas que estão para chegar: Rússia, Nova York e Índia estão na fila de espera.

A pista de Interlagos é ótima, embora a infra-estrutura do autódromo deixe a desejar.

Na verdade, Ecclestonne está blefando. O chefão quer arrancar mais dinheiro da administração pública e dos promotores da prova.

Esse ano, já disse que Mônaco não faria falta, para depois renovar o contrato com o Principado até 2020.

Além do mais, a Globo é uma das principais parceiras da FOM, e a retirada da prova do Brasil não agradaria em nada a Vênus Platinada.

Outro autódromo não parece solução viável: Curitiba necessita de altos investimentos e Jacarepaguá está contando as horas para acabar.

Basta uma reunião, muitos dólares na mesa e tudo resolvido.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

BOM PRÁ CACHORRO



TV Colosso era um programa infantil que foi exibido, salvo engano, entre 1992 e 1996.

Foi uma ponte entre o fim da idiotização da Era Xuxa e a decadência dos programas infantis comprovada por Angélica.

O programa era, apesar do período, até que legal, inclusive com sua trilha sonora.
Eu tinha até uma música preferida:

Tá Ruim Prá Cachorro (Zeca Pagodinho)

(Refrão:)
A carrocinha levou
Três cachorros de uma vez
O Cantor, o Chico-Lata
E o Chuã Pequinês
Quando a carrocinha passa
Leva quem tá sem coleira
Leva cachorro de raça, cachorro vadio
E quem tá de bobeira

[refrão]

A carrocinha jogou na prisão
O cão Bernardo e o João Alemão
Quase que leva o Zé Perdigueiro
E o Terranova que é mafião
É o chefão
Deixando de ser lorde inglês
O galante malhado parou no xadrez
Por ter brigado com Juca Maltês
E xixado no pé de um buldogue francês
(Olha aí)

Tá ruim pra cachorro
Tá ruim pra cachorro
Quando a carrocinha passa
Não adianta latir por socorro
(e tá ruim)

[refrão]

No desfile de Miss Canil
Ganhou Vera Dengosa que é um colosso
E o primeiro prêmio um tremendo almoço
Na “ossascaria” Rodízio do Osso
A carrocinha que nunca vacila
Acabou com a festa que tava tranqüila
Por que René mordeu o Clorofila
Que andava de olho na Lady Camila
(olha aí)

Tá ruim pra cachorro
Tá ruim pra cachorro
Quando a carrocinha passa
Não adianta latir por socorro

[refrão]

No desfile de Miss Canil
Ganhou Vera Dengosa que é um colosso
E o primeiro prêmio um tremendo almoço
Na “ossascaria” Rodízio do Osso
A carroça que nunca vacila
Acabou com a festa que tava tranqüila
Por que René mordeu o Clorofila
Que andava de olho na Lady Camila
(olha aí)

Tá ruim pra cachorro
Tá ruim pra cachorro
Quando a carrocinha passa
Não adianta latir por socorro

SÓ PARA BAIXINHOS




Vôlei e basquete se tornaram esportes para gente sobrenatural. Quem tem 1,90 m já é baixinho para as modalidades.

No Vôlei Masculino, cuja rede é um centímetro menor que a traves de futebol, já vejo jogadores atacarem com o peito acima da rede.

Com isso, o esporte se tornou jogo de força.

Por isso, não é loucura propor que tanto para o vôlei como para o basquete a criação de categorias Sub-1,90m para o masculino e Sub-1,80m para o feminino.

O esporte estará mais próximo dos mortais...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

EMPATE ANIMADOR, MAS NÃO TANTO



Notícia ruim: o Palmeiras completou sua quarta partida sem vencer, e caiu para o 10º lugar no campeonato, a cinco pontos da zona de classificação para a Libertadores e a apenas três da zona de rebaixamento.

Notícia nem tão ruim: o time jogo bem, a ponto de ter três gols (bem) anulados por impedimento, e um pênalti óbvio e não marcado, sem contar as chances variadas, e o gol irregular do Corinthians.

Felipão parece ter aproveitado bem o tempo de treinamento, a chamada “Semana Cheia”.

Tudo seria melhor com reforços a mais. Valdívia continua nesse vem-não vem, e falar em Ronaldinho soa como heresia.

Um centroavante, coisa mais que necessária, nem se ouve falar.

Agora é hora de esperar a volta de Marcos, e esperar alguma coisa desse ano, o que é difícil.

É bom o Palmeiras primeiro pensar em não cair, para depois sonhar com algo mais alto.

TOURADA NÃO É CULTURA



Não sou um Ecochatão.

Mas não gosto de Touradas, um espetáculo, se é que posso chamar isso de espetáculo, deprimente.

Sempre torço para o touro, mesmo que isso custe a vida do toreiro.

Não vejo mal nenhum em matar um animal, desde que seja para defesa ou alimentação, coisa que não acontece nessa barbárie.

O fato de as touradas serem proibidas na Catalunha é uma bofetada merecida no resto do país.

Que o exemplo se espalhe.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

POR QUE AS COISAS FORAM ASSIM?



Inaugurando a série “Música Mensagem”, com “Se Eu Pudesse” do grupo SNZ:

Quando te encontrei foi amor, no primeiro olhar
Foi como voar sobre o mar, nas nuvens descansar
Toda eternidade que senti ao te abraçar
Mudou a minha vida como um breve despertar
Tanto tempo já se passou, eu nunca te esqueci
Quis até ligar e te ver, mas não consegui
Em todas as lembranças que restaram de você
Não perco a esperança de um dia te dizer

Se eu pudesse, se eu pudesse te encontrar
Se eu pudesse, se eu pudesse não me emocionar
Se eu pudesse, se eu pudesse estar errado
Em dizer que sou apaixonadao
Se eu pudesse ir sem medo
E pudesse contar meu segredo
E dizer que eu ainda amo você

Quando a noite vem me lembrar, o que ficou em mim
Eu não vou tentar te esquecer, eu não vou fugir
Desse sentimento tão profundo que vivi
De todos o momentos tão bonitos junto a ti

Tanto tempo já se passou, eu nunca te esqueci
Quis até ligar e te ver, mas não consegui
Em todas as lembranças que restaram de você
Não perco a esperança de um dia te dizer

Se eu pudesse, se eu pudesse te encontrar
Se eu pudesse, se eu pudesse não me emocionar
Se eu pudesse, se eu pudesse estar errado
Em dizer que sou apaixonado

Se eu pudesse ir sem medo
E pudesse contar meu segredo
E dizer que eu ainda amo você

Se eu pudesse, se eu pudesse te encontrar
Se eu pudesse, se eu pudesse não me emocionar
Se eu pudesse, se eu pudesse estar errado
Em dizer que sou apaixonado

Se eu pudesse ir sem medo
E pudesse contar meu segredo
E dizer que eu ainda amo você

E dizer que eu ainda amo você
E dizer que eu ainda amo você


Ps: tá certo que Sarashiva, Nanashara e Zabelê parecem mais com aqueles nomes usados na Copa do Mundo. Para formar o quinteto, poderiam incluir Jabulani e Zakumi. Mas a música é bem legal.

TODO PODEROSO É O CARAMBA



Futebol e mito são como queijo e goiabada: bons separados e melhor ainda quando unidos. Alguns são como um tempero de um prato muito bom, outros são bobagens desnecessárias que azedam qualquer prato, seja ele bom ou não.

Grandes torcidas são como grandes comunidades que carregam em seu seio histórias que justificam a devoção, e como tal, por vezes carregam exageros. Seguindo o pensamento de Goebbels, uma ou várias mentiras bem trabalhadas podem ser encaradas como verdades incontestáveis, e quanto maior o número de crentes nessa visão equivocada, mais a falsificação é aceita como verdade.

Esse é o caso de clubes com grande número de torcedores. Vou escrever sobre o Corínthians, mas com outros argumentos, poderia escrever sobre qualquer outro. O time do Parque São Jorge ganhou uma exposição de mídia impressionante ultimamente, e mais especialmente ainda após o retorno à Série A e a contratação de Ronaldo. Talvez por isso, se diga que o Corínthians é um clube diferente dos demais, ou melhor que todos, como os mais fanáticos gostam de afirmar.

Com isso, foram criados alguns mitos sobre o clube. Vamos descontruí-los:

1. “Todos os times têm torcida. A torcida do Corínthians tem um time”: ora essa, todo time vive em função de sua torcida. Pelo que eu saiba, o Corínthians foi fundado em 1910, quando o futebol ainda engatinhava no Brasil e ainda não tinha lá muitos simpatizantes.

2. “Corinthiano é fiel, não abandona o time nunca”: se fosse assim, o time sempre jogaria com estádios cheios, coisa que obviamente nem sempre acontece. Se isso fosse verdade, os jogadores sempre receberiam apoio das arquibancadas, e como todos sabem, não foram raros os casos em que a torcida execrou o time.

3. “Tudo o que acontece no Corínthians é potencializado”: aí está uma verdade, mas que tem explicação numérica, e não mítica. O Corínthians tem a maior torcida de um mercado rentável como é o mercado paulista, e imprensa quer vender jornal e/ou ter atenção. Então, por conseqüência, falar do Corínthians, seja bem ou mal é rentável. Se existir notícia, ela deve ser transformada em polêmica; e se não existir, inventa-se.

4. “O Corínthians é um time diferente de todos os outros”: mais uma verdade que é trabalhada para se tornar mito. Todos os clubes têm especificidades, seja ela em sua torcida e na sua política interna. A política corinthiana é tumultuada, mas a de maioria de todos os grandes clubes também são, a não ser que seja homogeneizada nas mãos de um ditador ou um grupinho restrito.

5. “O corinthiano é sofredor, graças a Deus”: mais uma bobagem. Não conheço ninguém que se orgulhe de sofrer. O Corínthians tem em sua história vitórias épicas, grandes craques, pernas-de-pau que foram alçados ao posto de ídolos, passou apor um longo jejum, e amargou um rebaixamento para a Série B, assim como outros grandes clubes. O rebaixamento não doeu mais no corinthiano do que o rebaixamento do Palmeiras doeu no palmeirense: tragédia é tragédia, independente da quantidade de vítimas. Não quantos “irmãos de fé” sofrerão ao seu lado, isso não alterará a proporção de seu sofrimento.

6. “Existem duas torcidas: uma corinthiana e outra anticorinthiana”: todo torcedor torce contra seus rivais, independente do tamanho de suas torcidas. Quando o São Paulo venceu o Mundial de Clubes de 2005, será que a torcida corinthiana assistiu a partida contra o Liverpool de maneira indiferente? Se são em maior número, é natural que os corinthianos sejam mais perseguidos pelas troças de rivais em caso de derrota.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

OS MANOS DO MANO


Hora de renovar?

Sí, pero no mucho.

Quem vê a lista de Mano Menezes tem a clara noção de que os Amigos do Dunga não voltarão à Seleção, o que não é de todo verdade.

Alguns jogadores têm condições de retornar ao time nacional, apesar de o único que chegará ao Brasil com menos de 30 anos ser Ramires. Ramires que está na lista de Mano, assim com Daniel Alves e Robinho.

O treinador procurou incluir jogadores com a chamada Idade Olímpica, como Jucilei, meia que (ainda) não se firmou no Corínthians, e Renan, goleiro iniciante no Avaí.

Novidades esperadas e confirmadas: Paulo Henrique Ganso, Neymar e André (todos dos Santos) e David Luiz, do Benfica.

Victor e Marcelo poderiam ter ido à Copa, mas ficaram de fora e retornam agora.
Rafael, do Manchester Unidet é outro que não pode ser considerado imensa surpresa.

De resto, é só lamentar o momento em que ocorre o amistoso contra os EUA: os jogadores que atuam na Europa estão em pré-temporada, e o treinador não teve tempo para observações.

SORTE, ALGO INDISPENSÁVEL



Nélson Fodri..., quer dizer, Nélson Rodrigues dizia que é preciso sorte até para chupar um picolé. Parece que Mark Webber pode chupar uma caixa inteira sem problemas então, a despeito de ser acertado por Vettel na Turquia e de abalroar Kovalainenn no Canadá.

Na Hungria, largou em segundo, caiu para terceiro na largada e o Safety-Car parecia que colocaria ainda mais tudo a perder, já que não parou nos boxes (Vettel estava à frente e teria prioridade). Até que...

Até que Webber acelerou, e acelerou tanto que conseguiu vantagem para parar e voltar à frente de Alonso. Antes disso, Hamilton parou com problemas mecânicos. Para completar, Button ralava para chegar ao oitavo lugar, apenas, e para fechar o ciclo sortudo, Vettel foi punido por desrespeitar o regulamento ao se afastar demais do Safety-Car. Resultado: vitória e liderança do campeonato.

Vettel, o patinho feio da Red Bull parece que vai mandando na lagoa.

Campeonato: Webber 161; Hamilton 157; Vettel 151; Button 147; Alonso 141

*************

Sabe aquele cara que te bateu a vida inteira? Sabe aquele sujeito que era da sua sala na escola, e era mais inteligente, era desejado pelas meninas e era o “cara” na Educação Física? Enquanto isso, você suava para escapar da Recuperação, não pegava nem resfriado e sentava no banco no time da escola. Alguns anos depois, eis que a vingança chegou.

É assim que se sente Rubens Barrichello depois de ultrapassar Schumacher. O décimo lugar valia mais que um ponto, valia a honra, ainda mais com Schumi jogando sujo, o que parece ter dado ainda mais gosto.

Depois, com direito a xingamento: Bastardo! O que em português, quer dizer outra coisa...

Também especial para Galvão Bueno, que teve um enfarto simultâneo a um orgasmo narrando a ultrapassagem.

*****************

Fato constatado por Reginaldo Leme: nos últimos anos, a Fórmula 1 viveu três maracutaias:

Espionagem da McLaren em 2007, que copiou parte do carro da Ferrari.

Armação da Renault em 2008, com Piquet e Briatore combinando uma batida.

Ordem de inversão de posições na Ferrari em 2010.

Qual o único nome em comum nas três tramoias?

Fernando Alonso.

Alonso sabia da espionagem e chantageava a equipe para obter melhor tratamento.

Alonso sabia do acordo e se beneficiou com ele, embora ninguém lhe atribuísse culpa.

Alonso reclamou pelo rádio o fato de Massa estar à frente na Alemanha

E eu que pensava que Schumacher era o Dick Vigarista...

domingo, 1 de agosto de 2010

BAIRRISMO BURRO



Estádio Serra Dourada, Goiânia, 17 de Julho último. Faixas em meio à torcida do Atlético Goianiense traziam dizeres do tipo “goiano tem que torcer para times de Goiás”, seguindo o papel ridículo de Hélio dos Anjos, que ofendeu quem torcia para times de outros estados.

Atitude burra mesmo, que indiretamente condenou os times locais a terem torcida apenas em Goiás. Somente os times cariocas, e mais recentemente, os paulistas têm torcida “nacionalizada”.

O que faz uma “torcida nacionalizada”?

Uma combinação entre estados populosos, títulos nacionais/internacionais e exposição de mídia. As transmissões radiofônicas a partir dos anos 30 e o fato de o Rio de Janeiro ser a Capital Federal até 1960, além da referência cultural que a cidade era para o restante do país ajudaram a espalhar a torcida dos quatro grandes cariocas.

A intensificação das transmissões televisivas e uma certa superioridade de títulos alavancaram a torcida dos quatro grandes de São Paulo.

Veja os números nos últimos 20 anos:

São Paulo: 12 Brasileiros, 4 Copas do Brasil e 5 Libertadores

Rio: 5 Brasileiros, 3 Copas do Brasil e 1 Libertadores

A óbvia preferência de Bandeirantes e de Record pela cobertura das equipes de São Paulo ajudaram no crescimento da torcida paulista. É a citada exposição misiática.

A estratégia bairrista só causa rejeição aos times locais, que perdem a condição de ser o “segundo time” de seus moradores.

E além do mais, se Hélio dos Anjos for treinador do Flamengo, por exemplo, vai chegar em Goiânia afirmando quês os flamenguistas locais são burros?

NO LIMITE DA PACIÊNCIA



Felipão foi saudado no Palmeiras como um Messias, mas esqueceram de incluir os Apóstolos no pacote, até porque com esse time não dá para converter ninguém.

Kléber veio antes da Copa, e a volta de Valdívia parece mais longa e difícil que gravidez de alto risco.

Uma derrota e dois empates são a prova de que o time é ruim, e nos posts anteriores já expliquei o motivo.

Resumindo: 2010 já pode ser considerado como perdido. O não rebaixamento já está de bom tamanho, e com muita, mas muita sorte mesmo, talvez uma vaguinha na Libertadores. Ou quem sabe, confiar no espírito copeiro do gaúcho para conquistar a Sul-Americana.

A menos que venham reforços, e muitos. Desde que com qualidade.

Só Valdívia e Kleber é muito pouco...

Em tempo: domingo tem jogo contra o Corinthians. O Pacaembu é o lugar cert?

Lá não era a casa do rival?

Para quê mandar jogos contra ele lá?