sábado, 3 de setembro de 2011

NOTÍCIAS DESIMPORTANTES - 17ª EDIÇÃO



GRETCHEN ANUNCIA FINAL DE CARREIRA
Como assim? Sem fazer um mega-show de despedida?

Será que ela vai deixar uma sucessora?

Precisamos de uma continuadora para esse ícone da música intelecto-sensual!

Pelo menos, que ela nos avise quando se casar pela centésima vez

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O XADREZ CANELA-VERDE



Já escrevi sobre os principais postulantes à cadeira de Prefeito de Vila Velha ano que vem, e desde então, a única novidade é a filiação de Max Filho ao PSB. No mais, as possibilidades continuam as mesmas: Neucimar, Max, Hércules, Rodney, Favatto, Vasco Alves (insistente) e mais um do PT.


Só que de vez em quando, aparecem alguns nomes nanicos.

O PT do B, comandado por Tenório Merlo, ensaia lançar Dionísio Ruy Júnior, ex-vereador e candidato pelo PDT em 2008, com o apoio resignado de Max, que viu seu partido preterir seu candidato Roberto Beling. Mesmo com uma razoável estrutura de campanha, Dionísio não passou de um quarto lugar, beirando os 10 por cento dos votos.

O PSDB, ex-partido de Jorge Anders, especula “para ver se cola”, Henrique “Casamata”, recém-expulso do PT por se recusar a deixar a administração Neucimar. O detalhe é que “Casamata” sequer é filiado ao tucanato. Observemos que ele não teve sucesso nas duas campanhas para vereador.

Essas “movimentações” são normais nessa época pré-eleitoral. É compreensível que partidos e grupos políticos comecem as articulações internas e claro, os blefes, como é o caso óbvio das possíveis candidaturas de Dionísio e “Casamata”, que só servirão para preencher espaço no horário eleitoral e fazer emissoras arranjarem mais espaço nos debates.

Também estamos dentro do prazo para trocas de partido, lembremos, a filiação de Max Filho ao PSB ainda não está sacramentada. Até Outubro, movimentações ainda podem ocorrer, embora reconheçamos que em maior número entre os candidatos a vereador.

O PT é um caso a parte: desde que decidiu bater em retirada rumo à oposição, seria caminho natural que o partido lançasse candidato próprio. Mas quem? Insistir em Cláudio Vereza (que ficou longe do segundo turno em 2008), ou lançar Guilherme Lacerda (que também naufragou como candidato à Deputado Federal em 2010), ou arriscar de vez, lançando o vereador João Batista Babá, que perderia uma candidatura promissora à reeleição para tentar um voo kamikaze.

Neucimar já se articula e anuncia uma frente multipartidária contra Max, embora ele não divulgue. Mas não se impressionem: a lista é composta em sua maioria por partidecos inexpressivos, muito mais legendas de aluguel do que redutos ideológicos.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A CALCULADORA DOS SPURS



Para comentar o início de temporada do Tottenham, é preciso saber primeiro qual é o objetivo do time na temporada, o que não é difícil: chegar à Champions da temporada quem vem, e se possível, beliscar uma das Taças secundárias que disputa nessa temporada ( FA Cup, Carling Cup e Europa League). Essas competições secundárias dependem de regularidade , especialmente nos mata-mata, e claro, sorte nos emparceiramentos, muito mais ainda quando vierem os times eliminados na fase de grupos da Champions


Mas, e na Premier League? Vamos à minha teoria:

O futebol inglês tem direito à quatro vagas, e se considerarmos a média das últimas cinco temporadas, 72 pontos é a pontuação para se chegar em quarto lugar. Para um cálculo de metas, dividi os adversários em dois grupos: o primeiro, com Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City e Manchester Unidet. Os demais times vêm no segundo grupo.

Contra os “grandes”, a meta é atingir 15 pontos, dez em White Hart Lane e cinco fora. Em casa, três vitórias, um empate e uma derrota; fora dos domínios, uma vitória, dois empates em uma derrota. Como desconsolo, uma derrota em casa e outra fora já foram gastas.

Detalhe que mesmo entre os grandes, é nítido que Manchester Unidet, Chelsea e Manchester City estão á frente de Arsenal e Liverpool.

Contra os “menores”, é necessária uma campanha muito boa, de 57 pontos em 28 jogos. Dos 14 jogos em casa, a meta é chegar á 35 pontos (11 vitórias, 2 empates e 1 derrota). Longe dela, 23 pontos (6 vitórias, 5 empates e 3 derrotas).

Lógico que é só uma perspectiva estatística...

O clube não fez grandes contratações, perdeu Robbie Keane, que já não ia bem há algum tempo, e ainda enviou uma barca cheia, liderada por Peter Crouch. O ataque desinchou, mas não restaram muitas opções.

Luca Modric deixou claro que queria sair, mas a proposta do Chelsea não convenceu, e reconheçamos, as opções que restaram mesmo antes da barca sair não eram tantas assim.

Mas, de nada vão adiantar essas contas se o time for irregular.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O PÓS GP DA BÉLGICA



Não sei se proposital. Mas quem definiu que o fim das férias da F-1 deveria ser em Spa foi genial.
Porque o circuito belga é, sempre, cenário perfeito para corridaças. Não falha. Não falhou hoje.

Após quase um mês de abstinência, a categoria assistiu a um belíssimo GP.

Vitória de Vettel. A 17ª da carreira, a 7ª em 12 corridas até agora nesta temporada. Com o resultado, o alemão supera Hamilton e se firma como o terceiro piloto em atividade com mais vitórias. Está atrás apenas de Schumacher (91) e Alonso (27).

Nem 8 nem 80. Bruno não é o salvador da pátria que muitos tentaram criar após o sétimo lugar no grid, mas também não é um barbeiro-pagante, acusação postada por torcedores indignados após o GP. É um piloto rápido, que assimila questões técnicas com muita facilidade, mas que ainda é verde em muitas situações de corrida. Esse pró e esse contra ficaram bem claros no fim de semana.

Ele corre em Monza e, na minha opinião, fica até o fim do ano. O abraço que recebeu de Boulier no sábado, após a classificação, para mim vale mais do que um comunicado oficial;


Massa saiu em quarto, terminou em oitavo. Alonso saiu em oitavo, terminou em quarto. "O que acontece com Massa?", perguntam. Não sei. Não sei mesmo. Será que o verdadeiro Massa é aquele de 2008 ou será que é o de 2011? Será que aquele vice-campeonato não foi circunstancial, fruto de uma série de eventualidades?

Ou será que é agora que ele está sofrendo uma pane, resultado do acidente de 2009 ou da paternidade ou da ordem na Alemanha ou da força de Alonso ou de alguns desse pontos ou mesmo de tudo isso somado? São perguntas que fazem e que, desculpem, não sei responder.

Até porque o próprio Massa não dá pistas. Ontem, colocou a culpa nos pneus macios. “Com pneu médio, o carro se comportou muito melhor e eu consegui pilotar nas últimas 12 voltas do jeito que o carro podia." Ah, ok. Então ele e a equipe jogaram as primeiras 32 voltas no lixo. Assim fica difícil...

Schumacher classificou de "maravilhosa" sua corrida em Spa. Eu não usaria o mesmo termo, mas, sim, foi seu melhor GP desde a volta da aposentadoria. O progresso da Mercedes é evidente, e acho que é essa a maior motivação do heptacampeão para 2012.

Continha rápida. Em 12 GPs, Vettel abriu 92 pontos sobre o vice-líder, Webber. Uma média de 7,6 pontos por GP. Arredondemos para baixo, para 7. Mantendo esta média, o alemão será campeão daqui a três corridas, no Japão. Se a gente der um desconto, pensando que a McLaren não está morta, a consagração do bicampeonato na corrida seguinte, na Coreia do Sul, parece uma aposta bem razoável.

A Fota definiu que haverá um teste coletivo durante a próxima temporada, em Mugello. Será em maio, na volta das equipes da Ásia, antes do GP da Espanha. Ótima notícia;

No Mundial de Pilotos, Vettel abriu mais sete pontos de vantagem para o vice-líder, Webber. Tem 259 pontos, contra 167 do australiano: 92 de folga. Alonso tem 157. Button é o quarto, com 149. Hamilton tem 146. Massa é o sexto da tabela, com 72.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

AS INVENCIONICES



O Tottenham entrou em campo hoje com uma escalação que deixaria Adilson Batista e Paulo Cesar Carpegiani babando de inveja. Contra um dos dois melhores times do país, Harry Redknapp escalou seu time com quatro zagueiros, cinco meias-atacantes e um atacante. Isso mesmo, cinco meias aofensivos e nenhum volante. A explicação oficial é que não havia volantes disponíveis. Huddlestone, porém, entrou no intervalo. E Corluka estava em campo. Era perfeitamente possível colocar o croata como volante, Kaboul na lateral e Bassong na defesa.

Redknapp errou, como erra sempre. O ano passado inteiro tentou jogar com um só atacante, sendo que não tem atacantes com essa característica, para encaixar Modric e Van der Vaart no time. Como o holandês se machuca muito, faria muito mais sentido revezar os dois, colocar ambos em campo contra times mais fracos, e ter dois atacantes. E um volante, claro.

Mesmo assim, o inglês é muitas vezs cotado para assumir sua seleção, e seu currículo, se bem editado, pode dar crédito a isso. Afinal, foi ele que levou os Spurs à Champions League, e às quartas-de-final dela. O que me intriga é como é que isso pode acontecer.

Acho que os técnicos são supervalorizados. Têm é que atrapalhar pouco. Redknapp, tudo indica, é um motivador. E, quando não inventa, isso funciona muito bem. Como eu já disse aqui, um Joel. O problema é que ele não sabe disso, e de vez em quando inventa para ver se funciona. Isso, um Tite. Funciona uma vez, falha 50. Mas ele continua. E com moral. Como, aliás, tantos joéis, tites, abéis...

domingo, 28 de agosto de 2011

PALMEIRAS 2 X 1 SMALL CLUB



Nem o Oliveira caçula deu jeito – e olha que ele tentou. Para cerca de 36 mil pagantes – o mesmo que seria auferido no Pacaembu, mas com apenas metade da renda, o Verdão ganhou o Derby por 2×1 e se manteve mais do que vivo no Brasileirão.

A rodada marcou o final do primeiro turno, e o Palmeiras está em sexto, mas a apenas cinco pontos do líder – a mesma diferença para o sétimo colocado. Apesar de ter vivido todas as crises possíveis e imagináveis, o time chegou ao fim do turno na briga, em evolução, tem uma perspectiva nova com a chegada de um NOVE-NOVE, e em paz.


Tite armou seu time com três atacantes, mas na verdade Jorge Henrique atuava mais como quarto homem do meio, auxiliando Danilo. Felipão foi pro jogo forçando pelos flancos. A primeira chance foi deles, numa cabeçada de Wallace, aproveitando cruzamento de Jorge Henrique.

Nosso troco foi rápido, com Patrik fazendo boa jogada pela direita e centrando para Kleber, que cabeceou forte, mas para fora. Aos poucos o Palmeiras foi dominando o meio de campo e tomando a iniciativa, e nessa pegada, outra chance foi criada por Kleber, agora pela esquerda: ele invadiu e bateu cruzado, com pouco ângulo, e Julio Cesar jogou pra fora.

Num lance fortuito, entretanto, o Small Club abriu o placar: após tiro de Ramon de fora, Marcos defendeu, mas deu rebote; na sequência a bola sobrou para Emerson fora da área; ele tentou cruzar, Henrique fechou com Liedson e a bola passou direto, iludindo Marcos. Ela ainda bateu na trave antes de ir para o gol. A vantagem era injusta, num lance de sorte.

O Palmeiras mantinha a lucidez tanto na marcação quanto na armação, e melhorou mais ainda quando Felipão trocou Patrik, que insistia em jogar aberto, por Fernandão. O centroavante, grandalhão que acabou de chegar do Guarani, além de dar a referência aos ataques do time, mostrou que tem estrela quando, num de seus primeiros toques na bola, disputou a bola com Julio Cesar após escanteio cobrado por Assunção; a bola espirrou e se ofereceu limpa para Luan fuzilar e empatar o jogo.

O Verdão seguiu melhor, mas o primeiro tempo terminou mesmo empatado – só que com a nítida sensação que o jogo estava à nossa mercê.

No segundo tempo o Verdão foi mais dominante ainda. Marcos Assunção e principalmente Chico anularam a criação smalliana, e a presença de Fernandão no meio dos zagueiros incomodava demais. Valdivia apareceu bem, e além de distribuir o jogo, irritava os adversários. E numa dessas, quem teve liberdade foi Assunção, que achou Fernandão enfiado e levantou na medida. O grandalhão matou no peito, e sem deixar cair, tirou do goleiro com surpreendente categoria, marcando um golaço. Que estreia foi essa!

Com a vantagem, o Palmeiras cometeu seu maior erro no jogo, que foi tentar administrar a vantagem. Assim, o time abriu mão da posse de bola, e deu chances ao adversário de conseguir o empate. Num ataque iniciado por Willian, a bola passou por Paulinho, Liedson até chegar em Emerson, que ficou de frente para Marcos mas amarelou, batendo fraquinho. O jogo estava tranquilo mas podia começar a ficar perigoso.

Nossa sorte é que do outro lado o treinador que fala pouco estava numa tarde de inspirabilidade, e trocou Danilo por Willian, deixando Jorge Henrique como único armador. Foram minutos de marasmo no clássico: o Palmeiras abriu mão da ofensividade, e bloqueava todas as tentativas do Small Club – até que Tite tentou corrigir seu erro e colocou Morais no Jorge Henrique. Eles melhoraram um pouco, mas não o suficiente para nos ameaçar.

O resultado é que os últimos 20 minutos foram de muita briga, lances duros, provocações, até que Valdivia disparou mais um chute no vácuo, levando Chicão à loucura. A melhor chance do Palmeiras na parte final do jogo ficou com Luan, que arrancou pela direita, invadiu e bateu cruzado – torto, bem à sua moda. Perto do fim, o único susto: Liedson bateu de fora da área, ainda contou com a ajuda do morrinho, mas Marcos fez uma defesaça, digna de um vencedor de um Derby.

O árbitro, que fechou os olhos para a pancadaria do time adversário, inclusive para tapas e cotoveladas, resolveu infartar alguns palmeirenses pelo mundo ao dar cinco minutos de desconto, mas nem assim deu: final de clássico, Verdão 2×1.

Estávamos realmente precisando dessa vitória, em todos os aspectos. Tecnicamente, o time mostrou que superou a fase de seca no ataque. Moralmente, o time entra num momento de recuperação, com um fato novo para estimular: a chegada desse grandão que ainda está longe de mostrar que é o cara que vai resolver nossos problemas, mas que foi importantíssimo no passo dado hoje. E na tabela, a rodada ajudou e recuperamos pontos importantes na diferença para os cinco primeiros.

Estamos vivos, a Sulamericana não vai mais nos atrapalhar, as crises foram superadas e o momento é de subida. Um ótimo momento para entrar numa trajetória assim – só precisa ser ratificado com uma boa partida contra o Botafogo, no Engenhão, o que nos colocaria de volta até no grupo que se classifica para a Libertadores.