sábado, 9 de julho de 2011

BURLANDO A REGRA




Tentando evitar que Cesar Cielo perdesse a chance de disputar o Mundial de Natação após ser flagrado em exame anti-doping, a CBDA impôs-lhe uma pena de advertência, na prática, quase uma absolvição.


Não há dúvida de que se o nadador tivesse que escolher entre disputar um Mundial e uma Olimpíada, certamente ficaria com a segunda opção.

Mas, agora, pode ficar fora das duas.

Se a Confederação Brasileira tivesse lhe aplicado uma pena de seis meses, perderia o mundial, mas estaria garantido em Londres.

Como preferiu utilizar a “malandragem”, despertou a atenção da FINA (Federação Internacional de Natação), inconformada com a falta de penalização.

Esta recorreu à Corte Arbitral do Esporte, solicitando julgamento imediato do nadador brasileiro.

E lá, são grandes as chances de ser condenado a dois anos de suspensão.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

FIM DOS BOATOS



Uma coisa puxa a outra. Ou, às vezes, uma coisa empaca a outra.

Webber deve ficar na Red Bull, o que deixaria Hamilton na McLaren. Schumacher disse hoje que cumprirá seu contrato com a Mercedes até o fim.

Massa, portanto, não teria para onde correr em 2012. Parece mais lógico imaginá-lo mesmo na Ferrari, em que pese o fato de que haverá um Alonso cada vez mais prestigiado por lá.

E assim, a silly season (temporada dos tolos) aterrisa pouco depois de decolar. O paddock de Silverstone há tempos não era tão gelado em termos de especulações do mercado.

Mudanças, mesmo, só do pelotão do meio pra baixo. E, sejamos francos, isso não empolga muito.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O ÚLTIMO TANGO DE MESSI



Foi absoltamente injusto o resultado de zero a zero entre Argentina e Colômbia, que, jogou muito mais do que os anfitriões, merecendo a vitória.

Messi foi um desastre.

Os colombianos mandaram na primeira etapa, criando quatro oportunidades claras de gol, dominando o meio de campo, sem dar qualquer chance para o ataque argentino.

Numa delas, incrível, aos 25 minutos, com o goleiro batido, a bola foi chutada para fora por Moreno, sem goleiro, após pênalti não marcado por Sálvio Spinola

Nas outras três, o goleiro argentino salvou a pátria portenha.

Carlitos Teves foi o único jogador da Argentina digno de destaque, tentando carregar a equipe, com a raça habitual.

Enquanto isso, Lionel Messi, mais uma vez, decepcionou.

O melhor do mundo só foi notado em campo aos 34 minutos, quando fez bom lançamento para Lavezzi, que bateu mal para o gol.

Os argentinos foram para a segunda etapa no lucro, sabedores que a Colômbia merecia sorte melhor.

Tentaram até atacar mais no retorno do intervalo, mas, aos poucos, os colombianos foram levando a partida da maneira que queriam.

Desesperados, os torcedores locais gritavam “Olê, Diego”, como se pedissem socorro a Maradona.
Principalmente após dois grandes contra-ataques colombianos, que por muito pouco não resultaram em um desastre ainda maior.

Um close da TV no rosto de Messi, absolutamente desolado, demonstrou bem o atual espírito dessa seleção, em que o atleta do Barça parece mais um peixe fora d’água.

A Argentina terá agora que vencer a Costa Rica, podendo até ser vítima, na última rodada, de um empate combinado entre Colômbia e Bolívia, resultado que a eliminaria ainda na primeira fase.

Um vexame que ninguém poderia sequer imaginar semanas atrás.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

WILLIAMS-RENAULT, DE NOVO

Damon Hill e sua Williams-Renault nos treinos para o GP da Alemanha de 1995 (Thomas Kienzle/AP)

E saiu o anúncio da Williams. Uma novidade com gosto retrô.

A equipe inglesa assinou com a Renault e voltará a usar os motores franceses na próxima temporada. O contrato é válido por dois anos, com opção de prorrogação para 2014 e além.

Williams-Renault é um binômio de sucesso. As duas marcas estiveram juntas de 1989 a 1997, o que resultou em quatro Mundiais de Pilotos e cinco de Construtores.

É verdade que, ao perder a Renault, a Williams entrou num espiral de decadência. Mas não é garantido que, ao recebê-la de volta, voltará àquela fase. Os tempos são outros e, na opinião deste blogueiro, o pecado de Frank foi não ter se associado a uma montadora. O relacionamento com a BMW era um inferno.

Com a queda de desempenho, foram embora os patrocinadores, a equipe deixou de atrair bons pilotos, e por aí vai

De qualquer forma, é uma ótima notícia para uma equipe histórica, vencedora e simpática. Os motores Renault são um grande salto em relação aos Cosworth. Não tem como piorar.

Ou melhor, tem sim. Se o time do Tio Frank quiser brigar por posições com as três pequenas...

terça-feira, 5 de julho de 2011

O TODO-PODEROSO



Da ESPN.COM
A REVISTA, RICARDO TEIXEIRA REVELA DESPREZO POR DENÚNCIAS DE CORRUPÇÃO: ‘CAG… MONTÃO’

Em entrevista à Revista Piauí deste mês, o presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa de 2014, Ricardo Teixeira, revelou não ligar para as denúncias de corrupção durante seu período como principal dirigente do futebol brasileiro. “Não ligo. Aliás, caguei. Caguei montão”, disparou.

Na reportagem, Teixeira lembra que não foi condenado pela Justiça e atacou parte da imprensa. Sobre a CPI da Nike, no começo dos anos 2000, por exemplo, ele disse: “Reviraram tudo e não acharam nada. Foi tudo arquivado. E aí? O Ministério Público é incompetente?”

“Já falaram tudo de mim: que eu trouxe contrabando em avião da Seleção, a CPI da Nike e a do Futebol, que tem sacanagem na Copa de 2014. É tudo coisa da mesma patota, UOL, Folha, Lance, ESPN, que fica repetindo as mesmas merdas“, afirmou.

Ricardo Teixeira falou que os negócios da CBF não deveriam chamar a atenção da imprensa. “Que porra as pessoas têm a ver com as contas da CBF? Que porra elas têm a ver com a contabilidade do Bradesco ou do HSBC? Isso tudo é entidade pri-va-da. Não tem dinheiro público, não tem isenção fiscal. Por que merda
todo mundo enche o saco?”, explicou.

Para o dirigente, tudo não passa de inveja dos brasileiros. “O neguinho do Harlem olha para o carrão do branco e fala ‘Quero um igual’. O negro não quer que o branco se foda e perca o carro. Mas no Brasil não é assim. É essa coisa de quinta categoria.

O Imperador da CBF disse ainda mais coisas na entrevista da PIAUI, demonstrando que tudo o que se fala sobre ele é ainda muito pouco perante o que de fato representa.

“Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Por que eu saio em 2015. E aí, acabou”

“Só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional”

“Quanto mais tomo pau da Record, fico com mais crédito com a Globo”

Enquanto isso, bilhões jorram na conta dos organizadores da Copa do Mundo e todo mundo finge que não acontece nada.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

HORA DE FAZER A LIMPA



Enquanto dirigentes palmeirenses tentam jogar no conselheiro Gilto Avalone toda a culpa das crises existentes no Parque Antártica, fecham os olhos para coisas bem mais importantes, como as denúncias feitas pelo próprio, não apenas publicamente, como também em reunião do Conselho.

A prática de punir o acusador, sem averiguar as acusações, é típica daqueles que temem a verdade.
Pode-se discutir se um conselheiro tem ou não direito de expor publicamente o que ele considera mazelas do clube – em minha opinião tem obrigação de fazê-lo – mas, não levar em consideração o que diz, quase sempre documentado, é punir o clube por interesses nem sempre confessáveis.

Entre suas dezenas de acusações, selecionei algumas de fácil comprovação, entre elas:

- Dirigentes que apresentavam notas de gasolina, de seus carros particulares, a serem pagas pelo clube, mesmo exercendo cargo não remunerado;

- Dirigente que fez um “valinho” de 17 mil do caixa do clube, e que, para quitar o débito, está fornecendo mercadorias de seu próprio comércio, a preço de venda;

- Dois ex-funcionários do Palmeiras que teriam recebido comissão na transação de Valdivia;

- Gente que não pagava para ir aos festejos palmeirenses, e que, quando começaram a contar as entradas, não compareceram mais aos eventos;

- Dirigente ligado ao sumiço de R$ 290 mil do caixa do clube, até agora não explicados;

- Muitos dirigentes que tinham empresas prestando serviço ao clube;

- A contratação de Galeano quando este movia processo trabalhista contra o Palmeiras;

- Dirigentes que viajam de graça para jogos do Palmeiras, mas que, na verdade, praticam turismo;

- Dirigentes que organizavam os “vôos da alegria”, em que conselheiros e até famosos “torcedores” eram agraciados com pacotes;

- Empresários que fazem a festa no clube, algum deles constando na folha de pagamento;

- “Olheiros” remunerados;

- Dirigente que acobertou diversas irregularidades contábeis, que depois acabaram sendo expostas para a mídia;

Entre outras tantas irregularidades e falcatruas.

Punir o conselheiro que tem a coragem de expor publicamente todos estes problemas sem ao menos realizar um trabalho profundo de investigação das denúncias cheira a acobertamento por motivos políticos.

Situação a que o Palmeiras, pela grandeza que tem, não pode ser submetido.

Em tempo: Vale lembrar que discordo do conselheiro Gilto Avalone em diversas ações tomadas pelo seu grupo, formado por muitos dos quais tenho sérias divergências, como Mustafá Contursi, mas é inaceitável não observar que suas acusações, em boa parte, são graves e recheadas de documentos

domingo, 3 de julho de 2011

EMPATEZINHO MEDONHO



Péssima a estréia da Seleção Brasileira no empate contra a fraquíssima Venezuela por zero a zero.

Tivemos até um início de jogo que parecia prometer emoções, com jogadas de efeito entre Ganso e
Neymar, mas, após o 20º minuto, nada mais de interessante aconteceu.

E o segundo tempo conseguiu ser ainda pior, com os brasileiros afunilando pelo meio, facilitando, e muito, a vida dos venezuelanos.

Os laterais foram muito mal, Andre Santos porque não pode apresentar mais do que apresentou e Daniel Alves, que foi mal posicionado pelo treinador no gramado, atuando mais no meio campo do que atacando.

Salvaram-se Alexandre Pato, que se movimentou bem, mostrou ótimo domínio de bola, e até acertou um chute na trave, único momento de emoção da Seleção, e o zagueiro Lucio, com a regularidade habitual.

Muito pouco para quem pretende vencer o torneio