sábado, 19 de fevereiro de 2011

CURIOSIDADE DE UM MALA



Dia desses, estava explicando matéria para os alunos do 3º Ano.


O tema era funcionamento e divisão dos poderes no Brasil.

A aula estava transcorrendo bem, até que lancei a pergunta: na ausência do presidente, quem assume o cargo?

O vice, óbvio. O problema era saber o nome do dito sujeito. Alguns sabiam, e outros respondiam que era o marido “daquela gostosa”. No caso, Marcela Temer.

E na ausência também do vice?

A coisa complicou. Ouvi coisas do tipo: o governador de São Paulo (?), o Lula (????), o José Serra (credo!), ou até que deveria ocorrer novas eleições.

Respondi que a linha sucessória seguia pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

E eis que surgi com a informação que Dilma Rousseff não foi a PRIMEIRA PRESIDENTA do Brasil.

Em 2005, a Ministra do STF, Ellen Gracie ocupou o cargo quando os quatro primeiros na linha sucessória se ausentaram do país. Tá certo, foram apenas três dias, mas de qualquer forma, ela foi a PRESIDENTA de plantão dessa bodega.

Aí, um estúpido me pergunta: e se ela fosse também, quem ia assumir?

Deu vontade de responder: SUA MÃE!

Mas, mantive a linha e prometi pesquisar sobre o tema.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A PARANOIA OLÍMPICA


O clichê estará de volta.


Há muito tempo ouço da obsessão brasileira do ouro olímpico no futebol.

Desde as pratas de Los Angeles e Seul, a paranóia aumentou.

Os vexames de nem ter se classificado para Barcelona e Atenas foram daqueles de manchar a carreira de treinadores e jogadores.

A eliminação em Atlanta jogou por terra as pretensões de um excelente time: dos onze titulares, cinco seriam campeões mundiais em 2002, e outros dois haviam sido em 94.

A bizarra eliminação diante dos camaroneses, que atuavam com nove em campo foi a pá de cal na passagem de Luxemburgo pela CBF.

O bronze em Pequim ajudou a aumentar a antipatia por Dunga.

E em 2012?

A classificação já veio, e acompanhada da eliminação argentina, que não poderá tentar o tri.

O bom time comandado por Ney Franco será entregue às mãos de Mano Menezes.

Ou melhor, apenas a classificação será entregue: o time que levantou o Sul-Americano no Peru é formado por jogadores nascidos a partir de 1991, e os Jogos de Londres permite a inscrição de jogadores nascidos a partir de 1989 mais três “veteranos”.

Traduzindo: Mano terá a oportunidade de convocar os atletas que jogaram o Mundial Sub-20 de 2009, entre eles, Paulo Henrique Ganso.

Ou que tinham idade para jogar, como Alexandre Pato.

Neymar, Lucas, Casemiro e mais um outro podem continuar “no grupo”.

Os coringas podem ser um goleiro e um zagueiro, pontos não muito fortes na equipe Sub-20, que ainda terá um Mundial para jogar esse ano, e com ele, oportunidade de jogadores ganharem rodagem.

Além do mais, ainda falta um ano e meio para as Olimpíadas, e muitos jogadores podem evoluir ou involuir.

Mas, é bom Mano começar a pensar nas peças.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O MÍNIMO, O SUMIÇO DA OPOSIÇÃO, DILMA E LULA



Votação na Câmara que definiria o reajuste do Salário-Mínimo, e coisas surreais aparecem.


Primeiro, o combativo PT e seus aliados, falando em responsabilidade orçamentária, equilíbrio nas contas previdenciárias e crescimento com os pés no chão.

Do outro, os neo-proletários da oposição (PSDB, DEMO e PPS) falando em ganho real dos salários, aumento do poder de compra dos trabalhadores e distribuição de renda.

O governo queria R$ 545, a oposição queria R$ 600, e no meio, surgiam propostas de R$ 560.

A equipe econômica esperneou, o Palácio do Planalto comprou a briga, a bancada aliada do governo passou o rolo compressor sobre a frágil oposição.

O PT é realmente um caso curioso: dois infiéis votaram contra a proposta enviada pela turma da Dilma.

O PMDB, como esposa interesseira, apoiou unanimemente o recomendado pelo Planalto.

Como ficou claro pela política do Banco Central, que elevou os juros, o governo Dilma começa mais austero do que se imagina.

No campo político, teve menos problemas do que imaginava para acomodar os aliados, o que não significa que não houve trabalho.

Falta ainda a batalha do Senado, onde algumas bestas-fera da oposição não estão mais. Heráclito Fortes, Artur Virgílio e Marco Maciel não estão mais na Câmara Alta do Parlamento Brasileiro.

Dilma ainda não conseguiu adotar o estilo palanqueiro de Lula, e parece nem querer isso: como presidente (ou presidenta) técnica não tem a preocupação de transformar cada ato em um acontecimento épico, como fazia seu antecessor.

Lula também tem colaborado: afora a bobagem dos passaportes Diplomáticos e a desnecessária hospedagem em uma instalação militar, ele tem se mantido no sereno papel de ex-presidente. Talvez (talvez, é bom deixar claro) se conforme em ter parado no auge.

Lula e Dilma também têm evitado as comparações, coisa que quase sempre causa conflitos.

Mas, é apenas o começo da era Dilma...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

DIA DE ALEGRIA, DIA DE TRISTEZA...


A Champions voltou!

E na semana de retorno, meus times na Inglaterra e na Espanha entraram em campo.

Primeiro, o Tottenham:

Ganhar no San Siro do Milan era mais do que o desejado. Pelo que os times jogaram, talvez um empate fosse o mais justo.

Os Spurs eram muito bons nos contra-ataques puxados por Lennon (um deles resultou no gol de Crouch), e Gomes fez uma partida soberba.

1 a 0 está de excelente tamanho, mas não dá tranquilidade. Um empate resolve, mas qualquer derrota diferente de 1 a 0 elimina.

Agora, o Barça:

Domingo passado, escrevi que era hora de ter calma. Pois bem: agora a luz amarela deve ser acesa.

Depois da vitória do Madrid, que encurtou a diferença para cinco pontos, agora veio a derrota para o Arsenal.

Assim como o Tottenham poderia ter empatado, o Barça poderia ter vencido, mas abusou de perder gols, e não soube segurar os Gunners no fim do jogo.

Está bem, ainda não é o fim do mundo: uma vitória de 1 a 0 resolve, mas se o Barça levar um gol de cara, precisa fazer três para se classificar. É perigoso.

No mata-mata da Champions não há gordura a ser queimada.

O Barcelona soube disso ano passado.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

HORA DE PARAR?



Ronaldo anunciou hoje a sua aposentadoria, não sei se precoce.

Por um lado, parar aos 34 anos hoje para um jogador muito acima da média técnica do futebol brasileiro e com os avanços da medicina e da preparação física à sua disposição parece uma decisão adiantada.

Mas, por outro, para um atleta de alto rendimento com um longuíssimo histórico de contusões, e há muito tempo com um físico incompatível com o de atleta profisssional, parar agora parece ser uma decisão sensata.

A notícia do problema da tireoide precisa ser melhor verificada. Se for isso mesmo, por que não disse nada antes.

Ronaldo surgiu em 93 como um Golden Boy, um menino que prometia muito.

Foi para a Copa de 94 mais para ganhar experiência, embora estivesse em um excelente momento. Do banco, assitiu como um torcedor privilegiado, o Tetra.

Na Holanda, foi rebustecido, e se preparou para ganhar a Europa.

Do PSV, foi para o Barcelona, onde passou de Golden Boy para um jogador World Class.

Depois de uma excelente temporada, foi para Inter, onde se tornou o Fenômeno. O Ronaldinho ficava para o passado.

Chegou à Copa de 98 para conquistar o Mundo, mas fez apenas um bom mundial, marcando quatro vezes em sete jogos, e no dia da misteriosa convulsão, viu de dentro do ciampo Zidane conquistar o Planeta.

As lesões quase encerraram sua carreira, mas conseguiu uma redenção épica na Copa da Ásia.

No Galáctico Real Madrid começou seu lento declínio.

No Mundial da Alemanha, foi um dos líderes do acampamento de férias que se tornou a preparação para a Copa. Já visivelmente gordo, embora negasse isso, ganhou o apelido de Presidente.

Daí para frente, apenas esticou a carreira.

Transferência para o Milna, mais uma lesão gravíssima, chegada triunfal ao Corínthians, um semestre de lampejos de craque...

E teve o lamentável escândalo dos travestis, mancha indelével.

Depois do decepcionante centenário corinthiano e do desastroso fim da participação na Libertadores, era hora de parar.

A torcida já perdera a paciência com ele.

Sua gordura já está queimada. Gordura, lógico, a tolerância da imprensa e da torcida que lhe blindava de críticas.

Agora, Ronaldo é um ex-jogador.

A mente atendeu os pedidos do corpo, como ele afirmava.

Resta saber que Ronaldo passará para a História:

O menino matador do Cruzeiro?

O fenomenal atacante do Barcelona e da Inter?

O bom atacante do Real Madrid?

O paquidérmico jogador em fim de carreira?

O tempo dirá

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

CANELEIROS - 2ª EDIÇÃO


A equipe comandada pelo editor Pafúncio Vasconcelos vai para a segunda jornada de sua aventura no periodismo mentira.

A notícia da moda parece ser a despedida de Ronaldo, a ser anunciada amanhã, na hora do almoço, ao que parece na hora do Globo Esporte. Coincidência?

Talvez agora o gorducho se dedique ao sumô...

No Peru, o time comandado por Neymala em campo e por Neyfrango fora dele se classificou para o Mundial, para a Olimpíada e ainda de quebra, deixou a Argentina de fora de Londres.

Pois é, os argentinos continuarão sendo bi, sem duplo sentido.

O Uruguai retorna aos Jogos depois de 84 anos, quando se tornou bi também (sem gracinhas)...

Ufanismos do tipo "o único grande título que falta ao futebol brasileiro" em 3, 2, 1...

No Caixão, o Vaixxxco venceu o Ameriquinha por 9 a 0. A torcida vermelha deve se reunir em peso para protestar. Previsão de 9 manifestantes...

Finalmente, vai começar a fase final do Primeiro Turno do Caixão, alguma coisa que realmente interessa.

Clássico mineiro: em Sete Lagoas, um gol para cada lagoa (trocadilho estúpido), e Galo 4 a 3 no Cruzeiro. Tem gente no Cruzeiro achando que é hora do Cuca ir (outro trocadilho idiota)...

Roberto Carlos deve mesmo jogar naquele time lá da Rússia, o tal de Ahzni alguma coisa. Anotem: em seis meses, ele deve retornar ao Brasil, dizendo que vai encerrar a carreira por aqui, realizando um sonho de jogar no ... (você pode completar as reticências com qualquer clube)

Seleção, quer dizer, time da CBF ou os Manos do Mano: derrota para a França: ninguém aqui na redação assistiu. A semifinal da Terceirona do Bolivianão, entre Deportivo Peduro e Atletico pereba estava muito mais interessante.

Só ficamos sabendo que hernanes deve lutar contra Felipe Melo para definição do próximo adversário de Anderson Silva

domingo, 13 de fevereiro de 2011

MUITA CALMA NESSA HORA

AFP/Miguel Riopa

Depois de uma série incrível e irreal de vitórias na Liga espanhola, o Barcelona empatou ontem com o Sporting Gijón atuando fora de seus domínios.

Mesmo estando na 13ª colocação, o Gijón tem sido um adversário duro dentro de seu estádio, e fez ontem, uma daquelas partidas quase impecáveis diante de um adversário muito superior, saindo na frente com Barrel. Ainda no primeiro tempo, Villa empatou com um golaço.

Escrevo esse post antes do jogo do Madrid contra o Espanyol, em Barcelona. Se vencer, os merengues ficam a cinco pontos do Barça, ou seja, os merengues ainda não dependem somente de si para erguer a taça.

No mês passado, o time de Guardiola já havia arrancado um empate a duras penas contra o Bilbao, em San Mamés, e perdido para o Betis, em Sevilla, jogando com os reservas.

Ontem, a retranca do Gijón foi um daqueles ferrolhos quase que intransponíveis. Lembrou a muralha armada pela Inter na Champions ano passado.

Mas ainda não é hora de irritação. Afinal, na pior das hipóteses, são cinco pontos de vantagem para o segundo colocado e quinze para o terceiro.

Mas também não é para amolecer a guarda. Vem aí o desgastante fim de temporada, onde os jogos decisivos da Liga se intercalam com o mata-mata da Champions.

MINHA VIDA DE PROFESSOR - ANO 8



Blogueiro preguiçoso, professor relapso...

Mas, vamos lá:

Demorei muito para escrever o "relatório de voo" de minha vida em sala de aula.

Se 2009 foi turbulento, 2010 foi longe disso, o que não significa que não tenha sido corrido. Para começar, quatro escolas de novo, mas isso não foi problema. O problema foi o horário.

Enquanto segunda e quinta eu só trabalhava de noite, na quarta e na sexta, o trabalho era em três horários. Raras vezes sobrava tempo para o almoço, mas não dava para criticar: não dá para exigir que quatro escolas façam um horário pensando em mim.

A novidade foi o trabalho em três trimestres, coisa que nunca tinha feito. Aprovei.

Voltar à uma escola em que tinha trabalhado no ano anterior é um alívio, tira o problema da adaptação, as cria o problema do excesso de convivência. Mas mesmo assim, é melhor o desgaste da convivência do que a dificuldade de entrosamento.

Na minha mente, vai ficar os rallys de São João e Matilde. Na primeira, a poeira ou a lama me fez escolher a primeira opção. Em Matilde, estrada asfaltada, e por vezes gelada: descer a serra com 10 graus de temperatura e de moto não é fácil.

Fiz besteiras, disse o que não devia dizer, mas penso que mais acertei do que errei.

Fim de ano, era hora da oportunidade de sair, e veio a remoção. 7 de Dezembro, era dia de escolher outra cadeira. E lá ia eu para a Escola Ormanda Gonçalves...