sábado, 17 de dezembro de 2011

PRESENTE DE FIM DE ANO

VALE OU NÃO VALE?




Mundial de Clubes, Toyota Cup, Torneio Intercontinental...

O que era disputado entre os campeões de Europa e América do Sul antes de a FIFA "assumir" a competição em 2000, guardá-la na geladeira até 2005, e retomá-la daí em diante?

Quando Peñarol e Real Madrid entraram em campo, em 1960 estavam disputando a primazia do mundo ou somente de dois continentes?

Será que Santos, Flamengo e Grêmio (além do São Paulo em 92 e 93) conquistaram o mundo, ou só venceram um torneio amistoso?

A competição começou com a iniciativa do presidente do Real Madrid, Santiago Bernabeu, retomando a ideia do já falecido Secretário-Geral da FIFA, Henry Delaunay, que só não viu a competição se realizar antes pela falta de uma competição regular e oficial de clubes sul-americanos.

A Copa dos Campeões já existia de 1955 e a Taça Libertadores só foi criada em 1960.

Nos anos 70, desestimulados pelo calendário apertado e alegando falta de segurança dos estádios sul-americanos, os clubes europeus praticamente minguaram a disputa. Em 71, 73, 74, 77 e 79 a UEFA mandou o vice-campeão, e em 75 e 78, a taça sequer foi disputada.

Em 1980, com o patrocínio da montadora japonesa, a final passou a ocorrer em jogo único, sempre no Japão.

O fato é que enquanto os sul-americanos chamavam a Taça de "Mundial", os europeus a viam como "Intercontinental". A "maior das conquistas", ou uma "taça a mais". Essa é a diferença até hoje.

Por mais que se defenda o "Mundial", é inegável que os europeus têm na Liga dos Campeões o grande título da temporada

Em 2000, o torneio organizado pela FIFA no Brasil (com times de todos dos continentes) pôs em xeque os quarenta anos de disputa anteriores. A FIFA, de fato, nunca reconheceu os campeões anteriores. Assim como nunca reconheceu os campeões de 2000 até 2004, hiato entre o primeiro e o segundo torneio com chancela da entidade.

Torneio que retornou em 2005, e é disputado anualmente desde então em terras nipônicas, com uma passagem em 2009 e 2010 pelos Emirados Árabes.

Retomando a pergunta do título do post: vale ou não vale?

Claro que vale!

Tirar do quarteto citado o título de Campeão Mundial é covardia. Até porque, desde a entrada de times de outros continentes, somente o único que furou a final de europeus e sul-americanos foi o Mazembe.

Santos e Barcelona entrarão em campo amanhã pelo Mundial de Clubes, fato.

E por mais que os "legalistas" resistam, os alvinegros estarão em sua terceira final, buscando seu terceiro título. Assim como os blaugranas estarão em sua quarta final, buscando seu segundo título.

O resto é churumela flácida para acalentar bovinos, ou conversa mole para boi dormir.

APOCALIPSE NEWS - 15ª EDIÇÃO



"Comerciária recorre de multa por falta de cinto de segurança em São Paulo" (IG)

A notícia  não teria nada demais, salvo um "detalhe": o veículo que a reclamante conduzia era uma moto!

TRANSBORDANDO



















Sou com um copo, um copo de grande capacidade, diga-se de passagem.

Quase a de uma garrafa.

Poucas vezes transbordo.

Por vezes, estou prestes a transbordar, mas o calor do ambiente faz o líquido evaporar.

Esse copo representa a minha paciência.

Digamos que nos últimos dias, o copo tem em média, 90% de ocupação.

Mas, pode transbordar rápido, e a qualquer momento.

E quando uma pequena parte do líquido transborda, o copo estoura.

Estouro com efeitos semelhantes a de uma bomba arrasadora.

Destruição tamanha que leva um bom tempo para a reconstrução.

Se é que há o desejo de reconstrução.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

TODOS IGUAIS...



Ainda não li "Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro, mas quem o leu diz que as denúncias são pesadas em embasadas.

Se tudo for confirmado, é mais uma prova documental que petralhas e tucanalhas são farinha da mesma espécie, embora de sacos diferentes.

Serra, Aécio e FHC desqualificaram o livro e o autor, assim como a turma do Lula fez com as revelações de suas traquinagens.

A mídia pró-tucana tentará varrer a sujeira para debaixo do tapete, assim como a mídia pró-petista o fará.

Haja tapete!

Não sou da "mídia limpinha", nem sou "blogueiro sujo". Não tenho partido.

Posso opinar como eu quiser, sem que ninguém tenha o direito de me chamar de "rabo preso".

Me defino como de esquerda, mas não da esquerda brasileira que se alia ao que há de pior em nome da tal governabilidade.

Também não desprezo alguns direitistas sinceros, principalmente aqueles que defendem o lado econômico liberal, o qual eu critico.

Com essa "catigoria" de políticos e jornalistas, eu definitivamente, não comungo

APOCALIPSE NEWS - 14ª EDIÇÃO




"Ricardo Teixeira e Ronaldo recebem Romário nesta sexta-feira no Rio de Janeiro" (UOL Esporte)

Como diria o personagem de "Carga Pesada"...

É UMA CILADA, BINO!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

RESULTADOS ESPERADOS



Hoje foi dia de Barcelona e de Tottenham, bebê!

De manhã, o Barça enfrentou o Al-Saad, do Qatar. Se os santistas esperavam que os catalães vencessem para realizar o esperado confronto, saíram satisfeitos; se esperavam uma milagrosa derrota para facilitar o caminho rumo ao título, era melhor escrever uma carta mais veemente para o Papai Noel.

O Barça já entrou com uma penca de reservas, perdeu Villa (uma fratura que deve o afastar por até seis meses), mas venceu sem esforço.

Ao final da partida, Guardiola disse que era hora de estudar o Santos, time que admitiu desconhecer. Natural.

Se fosse apostar dez fichas, apostaria oito nos culés. Mas como é um jogo só, uma falha individual, uma expulsão, um erro de arbitragem, um dia ruim de um ou uns jogadores, ou um lance isolado pode decidir tudo. Assim como foi em 2006, quando um contra-ataque deu o gol ao Inter.

Aliás, por onde anda o Gabiru?

De tarde, o Tottenham foi para uma missão impossível: vencer de goleada o Shamrock, em Dublin, e torcer para que não houvesse um  empate entre Rubin Kazan e PAOK. A primeira parte da missão não foi tão difícil (4 a 0), mas o deu empate na Rússia.

Talvez, o pensamento de torcedor possa dizer que houve marmelada. Não dá para dizer, afinal o jogo terminou 1 a 1. Uma marmelada de 0 a 0 seria mais "confiável" entre as partes.

Agora, para os Spurs, resta a FA Cup e a Premier League. Uma pena: a UEL ficou muito interessante com os eliminados na primeira fase da UCL, como os dois times de Manchester.

Não adianta reclamar agora: no quadrangular, o Shamrock entrou para dar pontos para os outros, perdendo para todo mundo. E no "triangular" entre os restantes, o Rubin fez seis pontos, o PAOK cinco e o Tottenham quatro. Perder para os gregos em casa foi decisivo.

DEFENDENDO A PIRATARIA

PROCESSO INCOMUM


 

Não me surpreenderia se o Judiciário recebesse três processos relativos aos alagamentos que assolam Vila Velha, e todos eles tendo como reclamantes as “otoridades” que gerem o município Canela Verde.

O primeiro reclamante seria São Pedro. Há anos ouço dizer que os alagamentos são responsabilidade da quantidade de chuvas que de vez em quando assolam e alagam essa terra. “No período x, a precipitação pluviométrica foi y, enquanto o esperado para o período era z”. 

Esse discurso pronto sempre é repetido, como se fosse a saída (ou desculpa preferencial) para nossos governantes.

Pois é. Só que especialmente na última década a quantidade de chuvas “acima do esperado” se repete com frequência sem que nada seja feito. É como um desastre anunciado contra o qual pouco ou nada se faz, além de paliativos ou projetos de parcerias com os Governos Estadual ou Federal que nunca se efetivam.

O segundo reclamante é o mais novo: Poseidon, se você é adepto da Mitologia Grega, ou Netuno, caso prefira a Mitologia Greco-Romana. No caso, optemos por Poseidon, senhor dos mares, e obviamente, das marés. Nos períodos em que os Canela Verde estão submersos, a maré passou a ser responsabilizada, amparada por um estudo técnico que se debruçou sobre o tema.

Longe de mim contestar a opinião de especialistas, mas mantenho a decisão de contestar a opinião dos governantes. Altas na maré são sazonais e é claro, se combinados com grande quantidade de chuva, provoca os alagamentos. Mas, insisto na tese de defesa de São Pedro: já que isso é sabido, o que é ou foi feito de prático para pelo menos reduzir os transtornos?
O terceiro reclamante é o mais importante; o próprio Criador. A topografia com que Ele concebeu a nossa cidade também é apontada como culpada pelas catástrofes. Nesse caso, as desculpas de nossos gestores é ainda mais infundada, já que desde que os primeiros seres humanos chegaram por aqui, a topografia é conhecida.

Outras cidades ou regiões têm topografia semelhante à Vila Velha e nem por isso, os efeitos do alagamento são tão nocivos. E não venham com a comparação orçamentária: as obras de prevenção em Vitória datam de décadas atrás, quando a capacidade de investimento da Ilha do Mel não eram tão superiores às de nossa Veneza Capixaba.

Aliás, uma bobagem é comparar Veneza com Vila Velha. Veneza faz das águas um atrativo turístico, ao contrário de Vila Velha, que tem nas águas algo que atormenta os seus moradores. Moradores, que têm culpa também nos alagamentos, na medida em que entopem bueiros e todo tipo de escoamento de água que poderiam minimizar o desastre. Mas, está para nascer o político cabra-macho que tem coragem de enfiar o dedo na cara do eleitorado e responsabilizá-lo. Talvez porque sinceridade e política não combinam.

É loucura condenar exclusivamente o Prefeito Neucimar Fraga pelo caos trazido pelas chuvas. Mas inocentá-lo é impossível: suas promessas de campanha diziam ser possível dar um grande passo para evitar a submersão da cidade que pretendia administrar. Dizia ter respaldo do então Governador Paulo Hartung e de privar da intimidade do então Presidente Lula. Segundo o então candidato, Lula o chamava de “Cimar”. Intimidade que não se reverteu em ajuda.

No fim do ano, na inauguração (sem que a obra estivesse concluída) do viaduto no cruzamento da Rodovia Darly Santos com a Avenida Carlos Lindemberg, foi feito um festão de despedida para Hartung, com direito a um longo discurso de Neucimar, que em tom hagiográfico, falou mais que o próprio homenageado. No mesmo dia em que o prefeito festejava, a cidade estava alagada. No mesmo período, falando na Rádio CBN, Neucimar afirmou que precisava de R$ 500 milhões e 6 anos para solucionar os problemas dos alagamentos. Pois é, levou dois anos para descobrir que seu compromisso de campanha não se efetivaria.

Não por acaso, boa parte da população não aprova a administração. Segundo o Instituto Futura, dois terços da população desaprovam seu trabalho. Segundo um de seus defensores em redes sociais, a avaliação é duvidosa, pois estaria atrelada à baixa arrecadação e o baixo investimento publicitário da municipalidade. Segundo seu tacanho raciocínio, os prefeitos de Vila Velha e Cariacica teriam baixa aprovação, ao passo que os pesados investimentos em publicidade de Vitória e Cariacica trariam a “simpatia” dos institutos de pesquisa.

Sujeito tolo, para dizer o mínimo. Fosse assim, as popularidades de Sérgio Vidigal não estariam em queda livre, coisa que o próprio Futura atesta. Será que as prefeituras estariam secando a torneirinha das agências de propaganda?

Nem mesmo os recentes investimentos midiáticos parecem fazer efeito: nem mesmo com um show a cada asfaltamento inaugurado, a popularidade do Prefeito cresce.

E tem mais: fosse a popularidade de Neucimar mais alta que seu defensor afirma, por que será que seus dois principais adversários, Max Filho, Hércules Silveira e Cláudio Vereza conseguiram votação expressiva no município, apesar da regra proporcional ter impedido a votação do primeiro? E por que será que Ledir Porto, seu pupilo e que contou com seu empenho pessoal, naufragou nas urnas?
Nesse processo, sou testemunha de acusação, sem que haja interesse espúrio em prejudicar o réu em questão. Sou cidadão e tenho o direito constitucional de exercer na opinião, que por sinal, não é agressiva, baseada apenas em fatos, carregados de ironia, é verdade. E não confundam ironia com deboche.

Outra defensora do prefeito nas redes sociais, disse para eu me candidatar no próximo pleito. Lamento, minha cara, mas política é uma coisa para a qual o meu estômago não está preparado. Mas assumo o compromisso de me engajar em uma candidatura que tem mais a contribuir para o desenvolvimento de Vila velha do que o atual mandatário: O MOSQUITO. O mesmo Mosquito que foi impedido de assumir o Executivo Municipal após a as esmagadora votação de 1987.

Um administrador deve ser cobrado segundo os compromissos que assume, e levando em consideração o que foi feito até agora, o atual prefeito merece estar no banco dos réus, ao lado de seus antecessores.

E que São Pedro, Poseidon e O Criador fiquem tranqüilos: não é preciso nenhuma banca de advogados de primeira linha para ganhar a causa.