sábado, 14 de maio de 2011

PÕE NA CONTA DO GOVERNO



Quando o Brasil pôs na mesa a sua candidatura à sede da Copa de 2014, logo se espalhou o medo dos gastos exorbitantes. O Pan Americano que estava por acontecer no Rio de Janeiro já era um escândalo orçamentário, e o tal legado do Pan, prometido pelos organizadores, se restringiu a um legado pífio.

Fosse este um lugar com um pouco de seriedade, cabeças já teriam rolado.

E Ricardo Teixeira, já com Lula nas mãos, alegava que tudo seria realizado com dinheiro da iniciativa privada.

A FIFA, que iniciou um rodízio em 1998, e estabelecera que a Copa de 2014 retornaria ao continente sul-americano após 36 anos do Mundial (da ditadura) Argentina, torcia para que uma candidatura decente pudesse evitar o risco de entregar á organização do maior evento uniesportivo do mundo às esbanjadoras e incompetentes autoridades brasileiras.

Não teve jeito, e quatro anos depois, como já era de se esperar, o cronograma está todo atrasado: aeroportos não ficarão prontos a tempo, a estrutura viária será para lá de deficiente e em alguns casos, nem estádios garantidos teremos.

Esse é o caso a ser tratado:

Como já se sabia, o erário será surrupiado para garantir a construção dos estádios. Até aí, nenhuma novidade. Mas, nem usando o dinheiro público as coisas avançam.

Em Brasília, o novo Mané Garrincha vive sob a sombra do Ministério Público, que investiga fraudes na obra. Lembremos, obra contratada na Era Arruda.

Em Salvador, o Comitê Local que que o BNDES atropele os trâmites legais para garantir logo o dinheiro.

Em São Paulo, o caso mais complicado: a lógica dizia que o Mundial aconteceria no Morumbi, mas Ricardo Teixeira invocou (sabe-se lá motivo, aliás desconfiamos) que a cidade precisaria de um novo estádio, no caso o do Corínthians, que costurou uma engenharia político-financeira para erguer o estádio em Itaquera e fazê-lo palco da Abertura.

O problema é de onde vem a grana: sem Lula no Palácio do Planalto (substituído por Dilma, que quer pôr um freio no esbanjamento), o Corínthians não consegue fazer a construção iniciar de fato. A Copa das Confederações, em 2013, já passará longe da cidade mais importante economicamente do Brasil, e o Mundial pode seguir o mesmo caminho.

Alckmin e Kassab não parecem dispostos a arcar com os custos, nem parecem poder.

O Palmeiras deve ter a sua Arena pronta nesse prazo, embora sem capacidade de receber a Abertura, isso se a diretoria e a W Torre não pararem de brigar.

O Sâo Paulo tenta a missão difícil de tentar recolocar o Morumbi no páreo.

Até a Portuguesa tenta a missão impossível de pôr o Canindé na rota do Mundial.

NOTÍCIAS DESIMPORTANTES - 16ª EDIÇÃO



Do Blog de Fabíola Reipert:

Lia Khey, que ninguém nunca mais ouviu falar..., se superou no show do Kid Abelha, em São Paulo.



Ela achou que era famosa e que não precisaria pegar fila para entrar. Ficou dando piti para quem quisesse ver.


E deixou escapar uma pérola...


- Eu sou ex-BBB e não preciso ficar na fila.


O segurança que ouviu a frase nem deu bola.


Não contente, no camarote Lia ficou com frescura para tirar foto.


O curioso é que havia outros ex-BBBs por lá e nenhum deles se comportou mal.

Comentário: QUEM É LIA?

Com um show da Paula Toller, eu iria me preocupar em saber oq ue fez a tal de Lia?

Ah, vão se catar...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

OS QUATRO ESCUDEIROS



A equipe do Barcelona tem alguns jogadores do tipo world class: Messi, atual bi-campeão do prêmio da FIFA, Xavi e Iniesta (os dois finalistas do ano passado) e Daniel Alves (possivelmente, o melhor do mundo na posição).

Ainda tem David Villa, que ainda não jogou o que pode, mas é de qualidade individável.

Ou os dois zagueiros: Puyol, que não é nenhuma virtuose, mas sua valentia em campo e sua longa carreira no Camp Nou o farão ingressar no Panteão Culé; e Piqué, um zagueiro que evolui à olhos vistos sob o comando de Guardiola, e também está entre os melhores do mundo em sua função.

Mas, ainda existem os carregadores de piano:

Victor Valdez: o arqueiro não tem a qualidade de Casillas (a torcida do Barça admite sem problemas que o segundo é melhor), e já o viu alternar altos e baixos, variando da exibição excelente contra o Arsenal na final da Champions de 2006 até a pixotada no ano seguinte contra o Liverpool. Mas, dessa vez, pelo menos tem feito uma temporada sem grandes sustos.

Mas, como elogiar goleiro é arriscado...

Keita: ser volante de contenção nesse time não é nada fácil, porque fazer companhia para Xavi e Iniesta não é lá tarefas das mais tranquilas. Além disso, quando o time vai ao ataque, ele tem que segurar o rojão lá atrás. E mesmo sem ser um gênio, vai cumprindo a sua tarefa, ao ponto deixar Mascherano para trás e atuar no mesmo nível de Yaya Touré.

Pedro: o nome do Barcelona está envolvido em pretensas convocações de meias ou atacantes que ocupariam o lugar de Pedro no ataque (Rooney, Fabregas e van Persie). Enquanto isso ele vai se mantendo no time, jogando como uma formiguinha, correndo como um louco para dar suporte aos seus estelares colegas de dianteira.

Abidal: não foi titular a temporada inteira, mas quando joga, tem a função de servir como terceiro zagueiro para o esquema tático passar para o 3-4-3. Pode jogar na zaga, conforme a necessidade. Mas, esse é um guerreiro na vida e milagre de recuperação: depois de extrair um tumor no fígado, voltou à campo um mês depois, sob avassaladores aplausos no Camp Nou. Ovação triunfal que poucos craques tiveram

quarta-feira, 11 de maio de 2011

TRÊS VEZES BARÇA


AFP PHOTO / JOSEP LAGO

Não foi com goleada, não foi com show, não foi sequer com vitória. Nem gol de Messi, quem marcou foi o operário Keita.

Mas o empate contra o Levante garantiu o tricampeonato do Barça.

É o que vale.

Pelo menos a temporada não passará em branco, e agora é pensar no jogo de Londres daqui a duas semanas contra o Manchester Unidet.

Sinceramente, se tivesse perdido, não tinha problemas. Talvez fosse melhor ganhar a taça no fim de semana no Camp Nou, diante do Deportivo La Coruña.

Mas, o que importa é o título.

E finalizando:

MADRID, CABRÓN, SALUDA EL CAMPEÓN



A CRISE DA OPOSIÇÃO



Quem lê esse blog sabe que não sou nada fã do tucanato, nem dos demistas, nem dos pepeessistas (?)...

Entre um bando de almofadinhas pseudo-tecnocratas que se afirmam os desbravadores da modernidade brasileira, e um bando de ex-alguma coisa que se vangloriam como defensores do populacho, fico, por falta de melhor opção, com o segundo grupo.

O tucanato está rachado, é fato: no canto paulista do ninho, Serra e Alckmin travam uma guerra surda pelo controle local da legenda. Serra quer concorrer à presidência em 2014, seja passando pela prefeitura paulistana em 2012, ou de outra forma que vá atrapalhar o leque de alianças do Picolé de Chuchu no estado onde pretende fincar o seu feudo.

Um pouco logo ali, Aécio Neves arma uma aliança circunstancial com Alckmin para deter Serra, seu amigo-inimigo de infância. Na pauta, a candidatura tucana para as eleições presidenciais de 2014. O barão mineiro já quer antecipar a escolha para 2012, aproveitando o momento fraco de Serra.

No meio desa confusão, Fernando Henrique, com cara de patriarca que não é ouvido pela prole, saiu-se com um projeto político de verdade para o tucanato: focar-se na emergente e cada vez mais numerosa classe-média, já que o povão estaria perdido para os petistas.

Lógico que FHC nega e negará que disse exatamente isso. No melhor estilo "esqueçam o que escrevi". Lembram-se da frase pré-posse?

Mas não deveria: o que o ex-presidente propôs foi apenas que o partido tivesse uma proposta política clara, com público-alvo bem definido, priorizando seu eleitorado. Ganha-se um nocho do eleitorado, e perde-se outro. É a tal teoria da escolha racional de Adam Przerwoscki.

Mais adiante, o Democratas, antigo PFL, que costumo chamar de DEMO, o antigo parceiro que virou sócio minoritário, e agora, entra em um processo de atrofia com a debandada liderada por Kassab, que fundou o tal PSD.

Acontece que essa turma vinhapendurada nas bolas da máquina pública desde a chegada de Cabral por aqui, e os oito anos de Lulismo mais os quatro de Dilmismo a se cumprir foram demais para a turma de Painho ACM.

Se livrando das acusações de infidelidade partidária, um batalhão de políticos migram para a nova legenda, e outros, sem mandato, buscam um lugarzinho ao sol, como "fundadores de uma nova maneira de fazer política no país".

E um bando de Demos batem em retirada, inclusive algumas de suas bestas-feras, como Kátia Abreu, a madrinha do latifúndio, Raimundo Colombo (govaernador catarinense, da terra onde Lula queria "extirpar" a legenda") e Guilherme Afif, que seria a provável aposta do Demo para a prefeitura paulistana em 2012.

E para completar, Jorge Bornhausen, cacique das antigas, que afirma deixar a vida partidária.

E até o ninho tucano perde alguns de seus pássaros, inclusive alguns de seus fundadores, quando o tucanato nascia para se desmembrar do fisiologismo do PMDB, hoje a noiva interesseira no casamento com o PT.

E o PPS?

Bom, o antigo Partido Comunista, hoje posando de socialista, e aliado aos pseudo-social-democratas e aos oligarcas decrépitos, pode passar a ser o aliado de maior porte do PSDB.

No meio da crise, cogita-se a fusão de PSDB e DEM.

Sinceramente, tomara que a oposição se fortaleça. Não seria bom que o PT se tormasse uma versão brasileira do PRI mexicano, que governou o país por mais de 70 anos.

Se ganhar eleições consecutivas, que pelo menos o faça diante de um adversário que não seja caquético.

HOJE É O DIA?



Hoje, o Barcelona entra em campo contra o Levante, em Valencia.

Precisa de mais um ponto apenas para levantar a Liga, a terceira consecutiva e a quinta nas últimas sete temporadas.

Mas, não era melhor entregar o jogo e deixar a festa para o Camp Nou, no final de semana

Seria, mas é melhor resolver logo essa bagaça e se concentrar duas semanas para a final da Champions.

É bom mesmo, porque o primeiro tempo avassalador que o Manchester Unidet impôs sobre o Chelsea fé de se preocupar.

terça-feira, 10 de maio de 2011

AGORA É JOGAR PELO MÍNIMO

 

No mesmo estádio (City of Manchester), onde o Tottenham sacramentou a sua vala na Champions dessa temporada, os mesmos Citizens garantiram a sua vaga para a melhor competição de clubes do mundo, deixando os Spurs brigando apenas por uma vaguinha na Europa League.

Brigando com o Liverpool, que tem um ponto a menos, e um jogo direto em sua casa, no próximo final de semana, quando acontece a penúltima rodada. Em caso de derrota, o time de White Hart Lane deve ficar restrito às competições nacionais na próxima temporada.

No início dessa temporada, imaginava-se que o Tottenham brigasse pelo terceiro lugar contra o Arsenal, Liverpool e o Manchester City. Chelsea e Manchester Unidet estariam e estão um passo à frente.

Com isso, eu havia feito uma série de cálculos para pelo menos garantir uma vaguinha na Champions 2011/12.

O negócio era dividir os adversários em dois grupos: no primeiro, estariam os cinco "grandes" citados acima, e no outro, os outros 14 adversários.

Contra os "grandes", seriam nove pontos em casa e cinco fora.

Contra os pequenos, seriam 33 pontos em casa e 23 fora.

70 pontos já seriam suficientes, haja visto que o atual vice-líder Chelsea tem isso faltando duas rodadas para o fim.

Mas...

Tem sempre um mas.

Principalmente pontos perdidos em casa para os "pequenos"...

E o tal planejamento foi para o saco...

Isso sem contar duas eliminações vexaminosas diante de Arsenal e Fulham, e os Spurs podem voltar ao estigma do time que não vingou.

O problema não é exatamente o elenco, que precisa de umas três peças no time titular, e que se interrompa a instabilidade de jogadores com Crouch e Gomes.

Crouch, aliás, que fez o gol da classificação ano passado, e ironicamente, fez o gol contra da perda da vaga esse ano.

NÃO É O FIM DA CAÇADA




3555 dias.

Foi o tempo que se passou entre os atentados de 11 de Setembro e o anúncio da morte de Osama bin Laden. Fica a imagem que a América está vingada.

Será mesmo?

A Al-Qaeda não é um grupo, mas uma rede terrorista. E além do mais, novos líderes surgem por geração espontânea nesses movimentos.

Bin Laden, agora morto, deixou de ser um líder para ser um mártir para eles.

Ações retaliativas por certo não tardarão.

Certa vez ouvi na graduação que tão importante quanto a segurança é a sensação de segurança, mesmo que a certeza da segunda mascare a ausência da primeira.

Não acho certo comemorar a morte de alguém, por pior que seja. Mesmo que seja terrorista, o sujeito deve ser preso e julgado conforme a lei. Além do mais, meu lado cristão me impede de concordar com a pena de morte.

A chamada “Guerra ao Terror” ainda não acabou, mesmo que ela seja feita às custas de mais terrorismo, e a morte de mais inocentes que aqueles que foram sacrificados nos atentados de dez anos atrás.

Os aliados de hoje podem se tornar inimigos top amanhã, assim como foi bin Laden, membro da “coalizão” anti-soviética que interessava aos americanos no Afeganistão.

A guerra ainda não acabou, e não vai acabar tão cedo, se é que ela vai acabar algum dia.

E podem ter certeza, muitos mais inocentes morrerão.

Em vão.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

CANELEIROS - 12ª EDIÇÃO



Uma das conversas mais fiadas que ouvimos desde a época em que se amarra cachorro com linguiça, é  que tem um cara aí que sempre atrapalha a boleiragem. É o tal do calendário, longo parceiro desde os tempos em que comer na escada era coisa de pedreiro ocupado.[mas vocês estão velhos hoje, hein? – o editor].


A pergunta que Caneleiros sempre faz quando esse assunto vem á tona é: quantos anos tem esse tal de calendário? Desde a época de Pelé que se fala nesse rapaz. Ele deve ser mesmo um marcador implacável, porque até Paulo Henrique Ganso sofreu com ele. Dizem que a lesão do jogador é por causa desse tal Calendário aí. É um leão na marcação esse Calendário mesmo.


Pior é que dizem que o Santos terá que enfrentar um adversário tão complicado quanto esse aí. É o tal do Cansaço. E dizem que ele acompanhará o Santos até mesmo na Colômbia. E pelo tanto de contusões que acontecem por causa do danado do Calendário e do tal Cansaço, é bom os meninos da Vila chamarem os pais. Ou então sebo nas canelas, amigos! Deixa para lá essa tal Libertadores, a malvada e fica no Paulixão, que é o que vale de verdade!

“Di Natale não tem freio” (El País, Espanha) – Falam de Flamengo, mas bonde sem freio mesmo é esse aqui, da Udinese! Como não?

“Falcão bota fé em Rafael Sobis: 'Vamos recuperar o futebol dele'” (Globoesporte.com) – É bom recuperar mesmo, porque não é futebol isso que ele tá jogando não...

Alex Ferguson simplesmente levou o Manchester à final da LC e está a uma formalidade do título inglês, seu 12º dos 19 do clube. É mole ou quer mais?

Luigi Delner, com  jogo em casa, contra o Chievo, segunda-feira, vantagem de 2 a 0... E a Juventus empatou. Está com moral o técnico.

Sahin afirmou que vai para o Real Madrid, mas não é pelo dinheiro. Deve ser porque o banco merengue é quentinho.

Massimo Allegri disse que o lateral Taiwo e zagueiro Mexès estão contratados pelo Milan. Aí a torcida rossonera pensa. E ainda soltou um “agora está tudo bem”. Para quem tem Sokratis como zagueiro reserva e Zambrotta como lateral titular...

Sagna disse que o Arsenal perde porque é bonzinho. O negócio então é mudar o apelido do time de Gunners para Flowers.

Já é amanhã. GOOOOOOOOOOL DO CORITIBA! Brincadeira. O Palmeiras esta a salvo de mais uma goleada do Coxa. pelo menos até quinta.
Fernando Torres: € 50 milhões por um gol. Enquanto isso, Gilberto metendo gol na final do Pernambucano! Torres seria reserva hoje no Santa
A torcida do Botafogo pediu a saída do Joel. E quem saiu foi o Botafogo: do carioca e da Copa do Brasil. E é bom tomar cuidado para não sair da Série A também...”

A FÓRMULA QUE NÃO VINGOU

Power lidera a corrida nesta segunda (Daniel Marenco/Folhapress)


Anos 90, e a Fórmula Indy parecia que se não ia rivalizar, pelo menos parecia que ia incomodar a categoria gerida por Bernie Ecclestonne, que vivia uma série de crises: primeiro com o domínio da Williams, e depois com a crise de credibilidade após as mortes de Rolland Ratzemberger e de Ayrton Senna.


A categoria nascida nos Estados Unidos já planejava se espalhar pelo mundo, com GP’s planejados no Brasil, na Europa e no Japão, e entrando nesses mercados via TV, atraindo inclusive pilotos formados nas categorias de base do automobilismo europeu.

Mas aí... aí teve o racha. Tony George levou o nome Indy, e aos poucos parte das melhores equipes, largando a antiga CART na míngua, sem que conseguisse fortalecer a sua categoria.

Com o passar do tempo, a Fórmula 1 foi recuperando seu espaço perdido, desbravando o rentável mercado asiático, que hoje sedia seis corridas, quase um terço do calendário.

Com o passar do tempo, a empolgação do público não-americano foi diminuindo. Os fracassos de Michael Andretti, Alessandro Zanardi, Sebastian Bourdais e Cristiano da Matta deram a impressão que a competição de monopostos na terra do Tio Sam era mais fraca tecnicamente do que se esperava.

Os títulos fáceis de Nigel Mansell e Juan Pablo Montoya nos EUA reforçaram essa tese.

O aumento da popularidade na NASCAR também ajudou a derrubar a Indy dentro do seu próprio território. Tanto que as brigonas CART e IRL tiveram que se fundir para evitar uma morre abraçados.

Na tentativa de se reaproximar do mercado brasileiro, era fundamental o sucesso do GP de São Paulo. No primeiro ano, uma boa corrida na pista, com uma organização repleta de defeitos; e esse ano, uma organização melhorada, mas que se revelou incapaz de lidar uma cidade que vive além da capacidade de suportar as chuvas e o trânsito caótico que castigam a cidade.

O início da prova foi às 13 horas, um horário comum no automobilismo, mas as chuvas fortes não deixaram que ela continuasse. Para facilitar a vida dos brasileiros, havia quem propusesse que a prova deveria começar do zero, ignorando as voltas já dadas, e permitindo o retorno daqueles que a haviam abandonado. Jeitinho, ou melhor, ilegalidade brasileira.

Uma decisão sensata acabaria com tudo ali no domingo mesmo, já que continuar a corrida na segunda de manhã fechando parte da Marginal do Tietê seria um tapa na cara da maior parte da população que não tem nada com isso.

Mas, foi isso que aconteceu. Organizadores anunciaram que não devolveriam o dinheiro dos ingressos, e que a entrada não seria franca. Cumpriram metade da promessa, já que teve “penetra” na festa.

Diante de arquibancadas vazias, a corrida terminou sem a menor graça.

Enquanto isso, motoristas comuns ao lado ouviam os possantes rasgando o circuito de rua a uma velocidade infinitas vezes maior que o ritmo de lesma que seguiam pelo congestionamento.

domingo, 8 de maio de 2011

A HEGEMONIA DE VETTEL


Vettel. Vettel. Vettel. Três vezes.

GP da Turquia, início da “temporada européia” da Fórmula 1, e reinício do domínio de Vettel.


2011 para Vettel lembra 2009 para Button: a questão é saber quando ele será campeão, e não quem será campeão. A vitória de Hamilton na China foi muito mais fruto da estratégia errada da Red Bull do que propriamente uma reação da Mclaren.

Da corrida de Istambul, podemos tirar uma série de conclusões:

1.A Red Bull continua a melhor, e Vettel foi imbatível. Enquanto Webber só teve o segundo lugar ameaçado pela largada ruim ou pelo desgaste de pneu, Vettel fez um passeio pelo asfalto turco, e disparou na liderança.

2. A Mclaren, apesar de só marcar quarto e quinto, continua sendo o segundo melhor carro. O duelo desnecessário de Button e Hamilton, um pit desastrado e a estratégia errada de Button evitaram melhor sorte para a equipe inglesa.

3. A Mercedes evoluiu muito nos treinos, mas o desgaste dos pneus parece ter se refletido na corrida. De qualquer forma, vale pela evolução e pelo reforço da idéia que Rosberg anda mais que Schumacher.

4. Na Ferrari, Alonso tirou um coelho da cartola, e Massa se perdeu em seus próprios erros e nos erros de pit da equipe. Seu processo de Barrichellização está em curso adiantado.

5. Heidfeld e Petrov andaram se achando duas vezes na pista. Clima pesado na Renault?

E sobre pneus e paradas:

Mais de 70 pit stops, e os pneus passaram a ser decisivos na corrida.

Antes, tínhamos uma procissão de carros sem que ninguém passasse ninguém; e agora temos uma corrida louca, com ultrapassagens determinadas pelas condições dos pneus.

Menos mal assim.

Desde que a TV não perca as ultrapassagens para ficar mostrando pit stops, por exemplo.

DEPOIS DO MASSACRE...



Para digerir melhor a tragédia de quinta, esperei para escrever somente hoje.

O Palmeiras foi atropelado pelo Coritiba, jogando fora o crescimento que o time vinha obtendo desde o início do ano. A defesa, tida como ponto forte do time, foi seis vezes vazada como se o Coritiba passasse por um time de várzea.

O que houve?

Time mal-armado é uma tese difícil de crer. Mesmo sem Valdívia, uma linha de três armadores com Luan, Patrick e Lincoln mais a frente não seria de todo ruim. Mas foi.

O problema respingou na defesa, que sonolenta, que assistia o ataque do Coxa desfilar.

Só que o trabalho defensivo a frente deles foi horroroso. Marcio Araujo e Marcos Assunção não encontraram os meias dos anfitriões. Estavam sobrecarregados porque o pessoal da frente não cumpriu o dever de dar combate.

São Marcos voltou ao time titular e levou 6 gols.


Saiu de campo dizendo que ouvirá ofensas e bobagens ao longo da semana, reclamou da falta de garra dos companheiros e confirmou a eliminação.

Marcos é o terror da assessoria de imprensa, e a felicidade dos jornalistas sensacionalistas: fala o que auer, critica abertamente os companheiros, mas também tem uma capacidade incrível de assumir seus prórprios erros, assim como assumiu ter falhado em um dos gols do Coritiba.
 
Só que o jogo continua:
 
Primeiro, para fugir da ira da gangue armada denominada Mancha Verde, o time viajou em ônibus descaracterizado de volta para São Paulo. Mesmo assim, os bandidos ainda arrumaram um jeito de depredar o carro de Luan.
 
Mais adiante, o chefe da gangue, Paulo Serdan, vagabundo baderneiro com inúmeras passagens pela polícia, se propôs a dar uma palestra para o clube, para talvez, mostrá-los o que significa defender o clube.
 
O Jornal Marca Brasil, para incendiar, revelou uma suposta briga entre Deola e Kléber após o jogo contra o São Caetano, em Março; e que Marcos Assunção estava repassando para Felipão as conversas reservadas entre os jogadores. Tá, mas por que não disseram isso antes? isso está com cara de pseudo-jornalismo para atrair atenção.
 
Se formos tomar por exemplo o jornalismo marrom do Marca original então...
 
Mais sobre Marcos Assunção: por ser jogador de confiança do técnico, a diretoria não quer renovar seu contrato, alegando altos custos. A mesma diretoria que está louca pra derrubar o técnico, de altíssimo salário e com grande autonomia no clube.
 
Mas, aí estariam dois problemas: como arcar com a rescisão (lembrem-se dos casos Luxemburgo e Muricy, que continuavam recebendo mesmo demitidos) e quem colocar no lugar do técnico e do jogador.
 
Mas, como para Alberto Tirone, a economia está na frente da qualidade...
 
Quinta ainda tem o jogo de volta, um amistoso desnecessário, que servirá apenas para expôr o time á fúria de torcedores de verdade e de bandidos travestidos de torcedores organizados.
 
O time é fraco, continuava achando isso nos melhores momentos, e ainda mais agora, mas o pior do Palmeiras está fora de campo.