sábado, 1 de janeiro de 2011
A LUZ NO FIM DO TÚNEL
Começo o ano escrevendo sobre a Desportiva. por consequência, escrevo com raiva.
O clube está suspenso pela federação por não pagar as taxas usuais ao longo das competições que disputou, o que pode acarretar a nã-participação na Segundinha/2011.
Competição na qual o clube está inscrito, mas não tem a menos ideia como vai disputar, nem onde, já que o estádio está vetado pelos Bombeiros.
E é sobre o estádio que escrevo:
O Engenheiro Araripe está velho e ultrapassado, e necessita de reformas urgentes. Marcelo Villa-Forte no seu ritmo letárgico, apenas retirou as cadeiras numeradas, uma das exigências de segurança. Ainda faltam obras de acesso e segurança.
Nesse contxto, aparece o rumor que uma certa construtora estaria de olho no terreno do clube de frente à BR-262, local valorizadíssimo no mercado. Em troca, a empresa bancaria uma reforma no estádio.
Parece, à primeira vista, um negócio muito bom. Pelo menos parece.
Mas, se tratando do atual mandatário, essa luz no fim do túnel pode ser um trem a toda velocidade pronto para atropelar de vez a sofrida torcida grená.
FESTA ALAGADA
Vila Velha debaixo d’água, notícia repetida.
Entra ano e sai ano, entra administração e sai administração, as notícias se repetem.
Enquanto a cidade se afogava, Neucimar Fraga fazia da inauguração do viaduto no cruzamento da Lindemberg com a Darly Santos uma homenagem ao governador Paulo Hartung.
Com direito à banda de congo. As mesmas que tiveram um incentivo aprovado pela Câmara e negado pelo Executivo.
Ataíde e Alexandre também se apresentaram. Jameika Mansur cantou o jingle “Casa Arrumada”. Deveria cantar “Casa Alagada”, dada a situação do município Canela Verde.
Neucimar discursou por eternos 28 minutos, mais até que o homenageado. E nada de o Mestre de Cerimônias se importar com o que ocorria com seus governados.
Lindemberg que só foi reformada em menos da metade, embora exista uma placa informando a segunda etapa da obra, que está lá há mais de um ano, sem que nada fosse feito.
Penso até que o habitante de Vila Velha não poderia ser chamado de Canela Verde. Como saberemos se a canela é verde se ela está submersa?
Um dia antes, na Praça de Cobilândia, Neucimar se jactava do fato de as chuvas não inundarem o município até então. Lhe faltou coragem de parecer no mesmo lugar logo depois?
Seu twitter, @PrefeitoVV, não mencionou nada sobre os alagamentos. Escrever o quê?
Nem mesmo as Irmãs Cajazeiras, que o defendem no twitter e no Orkut, deram as caras. Giuliano Nader, seu assessor, não citou nenhum elogio. Jefferson Campos, parece ter abandonado o barco. E se molhado, no meio de tantos alagamentos...
Quando falou, Neucimar disse serem necessários 500 milhões de reais e seis anos para solucionar os problemas das enchentes. Traduzindo: ele acabou de admitir que não poderá resolver.
Mas, o seu discurso messiânico de empreendedor, de desenvolvimentista dizia o contrário nos tempos eleitorais. Neucimar dizia que era amigão de Lula, de Paulo Hartung, e de todo mundo que é influente.
Suas promessas de obras não passaram do discurso, e foram comodamente deixadas de lado, de tão irreais que são.
Na impossibilidade de admitir a culpa, o prefeito a pôs no volume de chuvas, na maré alta e na topografia do terreno. Pois bem: essa foi a mesma desculpa de administrações anteriores, tão culpadas como essa pela desgraça que se abate frequentemente sobre a população.
E na sua prestação de contas na Câmara, não houve sequer um Vereador que se dignasse a tocar o dedo na ferida. Se o fizesse, seria vaiado pela assistência, repleta de simpatizantes do prefeito. O fato de esses simpatizantes trabalharem na Prefeitura é mera coincidência, claro.
Neucimar talvez não saiba, mas os Países Baixos estariam debaixo d’água se fosse levado em conta somente a topografia. O problema de Vila Velha é investimento, coisa que não foi feita e provavelmente não será durante muito tempo.
Faltando dois anos para o fim de seu mandato, e espero que sem reeleição, resta ao povo Canela Verde fazer a dança do Sol.
MINHA VIDA DE PROFESSOR - ANO 1
Ingressei na Licenciatura em História no ano de 2001, e o caminho para o Magistério na Educação Básica era inevitável, salvo para alguns privilegiados que por inspiração (ou transpiração) seguiam outros caminhos. por outros caminhos, entenda-se basicamente o Mestrado, cujo ingresso de alguns foi por mérito acadêmico, e por outros, por outros caminhos, como a bajulação e outros favores que não vale a pena mencionar.
Pois bem, estava no Quarto Semestre, quando "consegui uma aulas", como se costuma dizer. Elivélson, meu colega, saiu da escola Pedro Herkenhoff, largando suas duas turmas de Sétima Série. Ao conversar com a diretora, descobri que haviam mais três turmas de Quinta Série sem professor. E lá fui eu.
Mais um mês, e mais duas turmas de Oitava. a experiência se encaminhava para virar profissão.
No início, eu era um foca, como se diz no Jornalismo. Aprendi com a Maria Olímpia, a coordenadora do matutino, que nesse momento, era importante ouvir muito e não falar nada. Parede da sala dos professores têm olhos, ouvidos e uma boca que parece uma matraca. Tudo que eu dissesse poderia ser usado contra mim. Literalmente.
Minha última experiência de sala de aula foi quando saí do Ensino Médio, seis anos antes. Não tinha muita ideia do ritmo dos meninos. Na graduação, era comum o professor falar durante duas horas, e isso no Ensino Fundamental era inviável.
Mas sabia que a questão de adaptação didática seria resolvida com o tempo, afinal, não me faltava vontade. O problema era lidar com a disciplina: sabia que se eu vacilasse no começo, vomitariam na minha cara.
Sem querer, construí a imagem do professor "boa praça", aquel que não pegava muito no pé dos alunos. Deu certo, apesar de não ser isso o que eu queria. Atirei no que vi, acertei no que não vi.
O calendário estava defasado: o ano de 2002 só terminou em meados de 2003 para algumas turmas, enquanto o calendário seguia normalmente para outras turmas. Mais um problema. Além do mais, a escola tinha a opção de renovar ou não seu contrato se ele vencesse no meio do ano, meu caso. a diretora fez suspense, mas no fim, renovou de maioria. Eu inclusive.
Em Julho, um desafio: as turmas de aceleração. Ou melhor: Progressão Acelerada. a coisa era tão brava que quem fez o curso para lidar com isso e experimentou, não quis voltar. Caiu a bomba no colo do inexperiente aqui. E sem orientadora, já que a Mônica fora baleada em uma tentativa de assalto. tem coisas que só acontecem com o Botafogo e comigo.
Por falar em futebol, era dureza dizer que sou palmeirense, justo quando o time estava na Série B. As gracinhas prosseguiam com a minha idade de ingresso no Magistério, 24 anos. Uma das minhas maiores alegrias foi o meu aniversário de 25, devidamente celebrado com uma festa pela 5ª A. Será que compraram a aprovação? Brincadeira...
Cometi muitos erros, a maioria pela inexperiência. Sãos os tais erros de ação e não os de omissão.
Mas, no fim, o primeiro ano valeu a pena.
Era isso que eu realmente queria. A foca agora sabia se virar no mar de tubarões.
No fim do ano, fim de contrato, e a dureza da seleção de DT. Mas isso é outra história.
Mas, ficou a saudade daquele ano.
Um ano que valeu muito a pena, e mudou minha vida
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
PROFISSÃO: EX-PRESIDENTE
Dia 23, quinta-feira última, Lula fez seu “pronunciamento de despedida”.
Esfregou na cara de seus opositores seu poder de comunicação; esfregou na cara deles sua popularidade acachapante; esfregou as mudanças na economia; esfregou que sua popularidade foi suficiente para eleger uma desconhecida como sucessora.
Perdeu a chance de se comportar como chefe de Estado, ao se comportar como se estivesse no Horário Eleitoral. Não era hora de cutucar o governo anterior, afinal estava ali o presidente, não o político.
Agora, resta a pergunta sobre qual será o papel de Lula no governo Dilma:
Consultor?
Palpiteiro?
Não sei, mas de certo ele não será um mero torcedor. Desde Sarney, os ex-presidentes continuam na ativa, tanto que três deles estarão no Senado, a Toca das Raposas da política nacional.
Sarney continua firme no seu feudo no Maranhão, com um puxadinho no Amapá. Sua presença é ainda é impressionante, tanto que resistiu a onda de escândalos no ano passado, e ainda manteve sua filha Roseana no governo maranhense.
Collor saiu do ostracismo pós-impeachment para tentar e falhar na chegada ao governo de Alagoas em 2002 e 2010. Mas, cavou uma vaguinha na Câmara Alta em 2006, e lá continua entrincheirado.
Itamar sentiu-se avacalhado por FHC com o golpe da reeleição. Se elegeu governador de Minas para avacalhar seu sucessor no Planalto e quebrar o governo das Alterosas , mas ainda ter fôlego para apoiar Lula em 2002 e se eleger ao Senado nesse ano.
Fernando Henrique, diferentemente, quis criar outro padrão de ex-presidente, baseado no modelo americano: o político acima das disputas partidárias, o estadista servidor do país, não de seu partido. Falhou, primeiro por sua mais absoluta falta de popularidade. Poderia ter saído consagrado do primeiro mandato por ter derrubado a inflação, mas a reeleição lhe custou a popularidade e a vaga no panteão dos presidentes marcantes, ao lado de Getúlio e de JK.
Segundo, porque a tradição política do país não permite que isso ocorra. Ex-presidente continua ativo na política nacional, só não foi assim com os milicos, que literalmente, foram para a reserva de mala e cuia.
Getúlio voltou “nos braços do povo” e Juscelino pretendia fazer o mesmo se não fosse o Golpe de 64.
Resta saber qual será o papel de Lula na História.
Será ele absolvido por ela, assim como Fidel fez com si mesmo?
Ou entrará para o livros como um demogogo?
Respostas no futuro.
O DIREITO DE SER REPOVADO
Por: Tribuna de Ribeirao Preto
Fomos educados e educamos para o sucesso. Ser o primeiro, ser o melhor, ser único, ser perfeito. Falácias. Como conceber uma sociedade só de primeiros, melhores, únicos e perfeitos? É verdade, vá lá, podemos ser, sim, os melhores em alguma coisa de vez em quando. Mas não em tudo sempre. Não há sucesso sem fracasso e um não teria significado sem o outro.
Desconfio até que os tropeços ensinam mais que os êxitos. E todo o blá,blá,blá que você já conhece e que pode ser resumido assim: todos nós, um dia, vamos dar (ou já demos e muito) com a cara no muro e será nessa hora que saberemos quem somos de fato. Se aceitarmos a derrota, assumirmos a responsabilidade pelo ocorrido, poderemos crescer e seguir. A recusa, a fuga, a transferência, a busca de culpados nos paralisam e nos diminuem. Errar é mesmo o que nos faz humano. Negar o erro é tentar ser Deus e sofrer.
A escola deveria nos mostrar isto: o erro não é bom nem mau, é apenas um fato da vida, assim como o acerto. Mas não é isso que a escola faz. De maneira geral, a “repetência” é vista como um final infeliz, uma tragédia, um estigma. Aluno “repetente” é aluno problema, é diferente, é um caso complicado. A progressão continuada pretendia eliminar esse fantasma. Apenas deixou de enxergá-lo. Sem reprovação, não há repetentes, mas ainda persistem, ironicamente, os reprovados, pois é isso que é um aluno de oitava série que não sabe escrever o próprio nome. Um reprovado pelo mercado de trabalho, pela sociedade, pela vida.
Nas escolas da rede pública, não há a progressão continuada oficial, mas há, de maneira geral, uma oficiosa, que pressiona os professores a aprovar seus alunos. Há até coordenadores e diretores que deixam no ar uma sugestão perniciosa: aluno reprovado é sinal de professor incompetente. Para evitar esse mal-estar: recuperações sem fim, avaliações sem desafios, um ponto a mais aqui, dois ou três ali, e o aluno vai seguindo. É o empurrãozinho. Empurrãozinho com a barriga
Por outro lado, os pais fazem de tudo para impedir que seus rebentos sejam reprovados. Os mesmos pais que, ao longo do ano, foram comunicados sobre as deficiências dos filhos e que não encontraram tempo nas agendas para comparecer a uma reunião de pais e mestres.
Quando recebem a confirmação da reprova, surgem do umbral e exigem uma reconsideração, um favorecimento, onde já se viu! meu filhinho tão perfeito! Até advogados aparecem com leis, petições, ameaças. Há quem consiga, com apoio total dos órgãos de educação, mudar a decisão “soberana” do conselho de classe.
Por que essa luta para impedir que um aluno seja reprovado? Achava, em minha eterna ingenuidade, que os motivos da família eram afetivos, algo como um instinto de proteção: “com os meus não!”.
Até existe isso, mas o principal fator que leva à recusa da reprovação, ao menos no contexto das escolas particulares, é material: “eu não paguei um ano de escola para nada”. Já a administração de muitas “empresas de ensino” vê a reprova como sinônimo de evasão de matrículas. O aluno vai passando. E o ensino passando muito mal.
Há escolas que são exceção. Nelas, a repetência é a melhor ajuda que se pode dar a certos alunos. É um mecanismo que impede que alguém sem os requisitos necessários mude de etapa e lhe garante a prerrogativa de percorrer aquele trecho novamente.
Nessas instituições, em vez de evitar a todo custo que o aluno seja reprovado, o que se faz é lutar contra o preconceito em relação ao erro. São escolas que acreditam que um ano cursado novamente não é um ano perdido. É um ano ganho, se for visto como uma chance de que aluno, pais e mestres reconheçam seus erros e acertos e possam mudar juntos.
Escolas que tentam mostrar que na vida é preciso conviver com os erros próprios e de terceiros e que isso não precisa ser um problema. Enfim, são educadores cientes de que “repetente” é apenas uma pessoa que exerceu seu direito de ser reprovado.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
MAIS PÉROLAS JURÍDICAS
O ser humano é único no aspecto de extrair humor do seu próprio cotidiano.
Todavia, o cotidiano não é apenas uma fonte inspiradora dos humoristas, senão, também, o palco onde são vividas as mais pitorescas e verdadeiras piadas.
A vida forense é um destes palcos onde ocorrem fatos que humorista algum imaginou inventar.
Leia abaixo alguns excertos absolutamente verdadeiros relacionados ao direito:
01. "O sacado não foi encontrado porque morreu, porém a viúva continua com o negócio aberto".
(Certidão lavrada por um Oficial de Justiça do foro de Gravataí-RS)
02. "O contestante nega ser o pai da criança, pois não chegou a 'cometer' a mãe do investigante. Mesmo tendo sido uma noite de orgias, com vários participantes, o investigado limitou-se a uma única cópula, com outra pessoa da roda, após o que ficou com o tiche murcho".
(De uma contestação em ação de investigação de paternidade, numa Vara de Família em Porto Alegre)
03. "Edital é uma forma de fazer uma pessoa saber o que ela não sabe, só que muitas vezes, porque não lê o jornal, ela não vai mesmo ficar sabendo".
(Resposta em uma prova de Processo Civil, em Faculdade de Direito da Grande Porto Alegre)
04. "O de cujus deixou uma de cuja e 4 de cujinhos”
(De uma petição de inventário em Sorocaba-SP)
05. "Deixei de fazer a citação tendo em vista que o réu está em lua-de-mel e me respondeu por telefone que nos próximos dias não está nem aí”
(De uma certidão de Oficial de Justiça em Guarapuava-PR)
06. "Penhorei uma mesa de comer velha de quatro pés"
(Certidão lavrada por um oficial de Justiça, em Passo Fundo-RS)
07. "Chegando na fazenda do Sr. Pedro Jacaré e em não encontrando o réptil"
(Início de relatório de avaliador Perito ambiental de Mato Grosso)
08. "Os anexos seguem em separado."
(De um termo de encerramento de Laudo Judicial, em processo que tramitou perante Vara Cível do foro João Mendes-SP)
Todavia, o cotidiano não é apenas uma fonte inspiradora dos humoristas, senão, também, o palco onde são vividas as mais pitorescas e verdadeiras piadas.
A vida forense é um destes palcos onde ocorrem fatos que humorista algum imaginou inventar.
Leia abaixo alguns excertos absolutamente verdadeiros relacionados ao direito:
01. "O sacado não foi encontrado porque morreu, porém a viúva continua com o negócio aberto".
(Certidão lavrada por um Oficial de Justiça do foro de Gravataí-RS)
02. "O contestante nega ser o pai da criança, pois não chegou a 'cometer' a mãe do investigante. Mesmo tendo sido uma noite de orgias, com vários participantes, o investigado limitou-se a uma única cópula, com outra pessoa da roda, após o que ficou com o tiche murcho".
(De uma contestação em ação de investigação de paternidade, numa Vara de Família em Porto Alegre)
03. "Edital é uma forma de fazer uma pessoa saber o que ela não sabe, só que muitas vezes, porque não lê o jornal, ela não vai mesmo ficar sabendo".
(Resposta em uma prova de Processo Civil, em Faculdade de Direito da Grande Porto Alegre)
04. "O de cujus deixou uma de cuja e 4 de cujinhos”
(De uma petição de inventário em Sorocaba-SP)
05. "Deixei de fazer a citação tendo em vista que o réu está em lua-de-mel e me respondeu por telefone que nos próximos dias não está nem aí”
(De uma certidão de Oficial de Justiça em Guarapuava-PR)
06. "Penhorei uma mesa de comer velha de quatro pés"
(Certidão lavrada por um oficial de Justiça, em Passo Fundo-RS)
07. "Chegando na fazenda do Sr. Pedro Jacaré e em não encontrando o réptil"
(Início de relatório de avaliador Perito ambiental de Mato Grosso)
08. "Os anexos seguem em separado."
(De um termo de encerramento de Laudo Judicial, em processo que tramitou perante Vara Cível do foro João Mendes-SP)
INDAGAÇÕES DE UM CORNO
“Descobri que minha esposa me traiu quando namorávamos. Estou pensando em me separar, o que eu faço?” (Yahoo Answers)
Resposta: cara, a resposta é complexa. Ou melhor, as respostas são complexas.
Primeiro, tenha certeza se realmente é verdade o que você descobriu. É melhor você viver na dúvida do que acusar alguém inocente. Se certifique do que ocorreu, de preferência com provas materiais e testemunhais. Isso pode ser muito útil para você não passar por mentiroso.
Segundo, se certificando que isso é verdade, pense se vale a pena abrir o verbo. Se você apenas quer mostrar que soube de tudo para não fazer nada, é melhor ficar quieto, e guardar para usar isso em um momento útil ou para sempre.
Terceiro, se contar, não demonstre que pretende perdoá-la de cara. Espere para saber se ela se arrepende do que fez. Não se faça de magnânimo sem que alguém lhe peça para tanto.
Quarto, se você se partir para o confronto, espere as mais femininas reações: ela vai chorar, se fazer de vítima, vai te dizer que não esperava que você retribuísse com desconfiança tudo aquilo que ela te deu; ou se confessar a traição, vai dizer que a culpa é sua, que não lhe deu a atenção devida. Elas costumam atacar se fazendo de vítimas.
Quinto, e relembrando o primeiro, se você partir para o confronto, tipo separação, certifique-se realmente que a prova da traição é válida. Isso poderá te dar um baita poder de barganha na hora do divórcio. Imagine que se você acusá-la sem ter como provar pode lhe custar sair do casamento sem nada, devendo pensão e com a ameaça de um processo de calúnia. Isso sai caro.
Sexto, não desconte nos seus filhos (se os tiver) o que ela lhe fez. A sacanagem que ela lhe fez foi sacanagem de mulher, não de mãe. Fazer as crianças pagarem pelo que ela te fez, é mais que covardia: é safadeza.
Sétimo, se lembre que você vive em um dilema: acusar alguém inocente ou conviver com seu orgulho ferido e a possibilidade de ser sacaneado rua afora. De certo, ela deve ter compartilhado o fato com alguém, e esse alguém pode ter repassado o segredo para outrem, e assim por diante. Daí para as risadinhas pelas suas costas é um passo.
Costumo dizer que é preferível saber que sua mãe trabalhou na zona do que saber que sua mulher te sacaneou.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
O ÚLTIMO QUE SAIR APAGUE A LUZ...
Já escrevi que Valdívia e Palmeiras já não se querem mais: apenas mantêm o vínculo porque ninguém parece disposto a pagar algo perto que o clube pagou pelo chileno.
Agora é a vez de Kléber. Louquinho para voltar para o Cruzeiro, ele já chutou o balde e tornou público o atraso de salários, coisa que todos já sabiam, diga-se de passagem.
Menos mal que o Cruzeiro não parece disposto a forçar a barra. O negócio entre os dois Palestras só sai amigavelmente, se sair; foi assim quando Gladiador trocou a Toca da Raposa pelo Parque Antártica.
A possibilidade de jogar mais uma Libertadores também motiva o jogador, mas é a chance de jogar em um time competitivo que o motiva, coisa que a diretoria prometeu e não cumpriu.
No meio do caminho, aparece o Inter, que depois do fracasso movido a muita letargia em Abu Dhabi, quer um jogador que incendeie o time, coisa que Kléber sabe fazer muito bem. De fato, mesmo nos piores momentos do Palmeiras, não lhe faltou empenho.
O Cruzeiro já fez a proposta, negada pelo Palmeiras; e o Inter pode acenar com uma “cesta”, que poderia ter Marcelo Cordeiro, Danny Moraes, Edu, Alecsandro e mais algum outro. Embora Felipão queira D’Alessandro.
No meio desse caminho, aparece a provável contratação de Maikon Leite, que fez uma boa temporada pelo Atlético Paranaense.
Mesmo com isso, as perspectivas são para lá de sombrias.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
DEMITIDOS, E AGORA?
O sonho de quase todo time que sonha em ser competitivo é ter um patrocinador mão-aberta que lhe garanta a contratação de quatro excelentes jogadores. Campeões olímpicos e mundiais, diga-se de passagem.
E assim, a Sky pôs Giba, Gustavo, Marcelinho e Rodrigão no Pinheiros para fazer do time campeão da Superliga. No ano passado, água: eliminação precoce.
Nessa temporada, início tão ruim que ocupa a quinta posição. Não sei se é para procurar culpados, mas Marcelinho e Rodrigão foram “agraciados” com a pecha.
Agora, os jogadores estão impedidos pelo regulamento de jogar a Superliga dessa temporada, jogando o investimento da Sky fora. Como o contrato com o clube foi via empresa, ela terá que pagar os jogadores para ficar em casa até o fim da Superliga, ou arca com as despesas da rescisão.
Giba e Gustavo não admitem o descontentamento com a decisão atribuída ao técnico Mauro Grasso, mas ao dizer que estão “tristes e surpresos”, discordam da decisão.
Um caso parecido com o que a Sky faz no Pinheiros, é o que a Unimed faz no Fluminense. Por deixar jogadores “da empresa” de fora, Osvaldo de Oliveira foi demitido em 2006.
Será que o mesmo acontecerá com Grasso?
O ESTUPRO
Ao ver o primeiro processo da pauta do dia, que é sobre um crime de estupro, ele pergunta para as duas :
- As senhoras foram ARROLADAS no processo ?
No que rapidamente uma fala :
- Doutor, eu sou apenas testemunha. A ROLADA FOI NELA.......
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
INCHANDO A GRADE
Da Carta Fundamental
A Educação desfocada
Fernando Vives
17 de novembro de 2010
às 11:56h
Congresso Nacional tem várias propostas de inclusão de disciplinas no currículo das escolas do País. A quem cabe legislar a respeito?
A falta de conhecimento sobre os trâmites de uma proposta de lei não é exclusividade da maioria dos eleitores no Brasil. Ao menos na área de Educação, parte considerável dos deputados e senadores acaba, com demasiada frequência, criando projetos que, na melhor das hipóteses, deveriam ser discutidos com outras instâncias do poder antes de ser dirigidos aos chefes das áreas legislativas que encaminham a proposta para votação. Essa situação é mais um dos fatores que provocam enorme gargalo nas discussões em plenário – discussões essas que já têm pouco espaço e tempo para ser discutidos.
Um levantamento da Ação Educativa, organização não governamental que acompanha e analisa a Educação no Brasil, indica que existem pelo menos 250 proposições de deputados federais e senadores para incluir novas disciplinas na grade curricular das escolas do País. “O deputado às vezes recebe demanda de educadores, o que é bom, pois está dialogando com as bases, com associações de escolas. Só que alguns deles têm noção, mas outros não, e estes propõem projetos de lei educacional mas desconhecem até a existência do Conselho Nacional de Educação”, diz Regina Vinhaes Gracindo, conselheira do CNE, que entende que legislar nesse setor deva ser prerrogativa do Poder Executivo. “Imagine que um deputado pode propor, por exemplo, aulas de balé obrigatórias no ensino do País. Por falta de conhecimento, ele não sabe que balé pode fazer parte de alguma outra disciplina já vigente. Há propostas similares a este exemplo”, diz.
Capital nacional do boné
A Ação Educativa organizou, no fim de setembro, um seminário para discutir a relação entre a atividade legislativa e as propostas de Educação que nela tramitam. Paulo de Senna Martins, consultor legislativo do Congresso Nacional, explicou, durante o evento, que as propostas de deputados para a área educacional vão para a pauta da Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal. Ali, um dos grandes problemas é dar prioridade a essas pautas entre tantos exemplos com relevância ínfima e que atendem a uma demanda local das bases dos deputados. “A pauta da comissão engloba, entre outras coisas, datas comemorativas e menções honrosas a cidades, como, por exemplo, o título de Capital Nacional do Boné”, diz – Apucarana, no Paraná, é que ganhou o epíteto, em proposta do deputado Alex Canziani, do PTB-PR.
Os projetos para eleger capitais nacionais e datas comemorativas são muitos e se multiplicam exponencialmente pela Comissão. Uma visita ao site da instituição, na seção “Projetos de Leis e Outras Preposições”, basta para mostrar o gargalo desse tipo de proposta: projeto para instituir o Dia Nacional dos Clubes Sociais (deputado Arnaldo Faria de Sá, do PTB-SP) ou o Dia Nacional do Fiscal Federal Agropecuário (deputado Paulo Piau, PMDB-MG), ou o projeto de lei que institui o município de Porto União (SC) como a Capital Nacional do Steinhaeger e do Xixo (espetinho), de autoria do deputado Décio Lima (PT-SC).
Caminhos para a aprovação
Uma vez encaminhado à Comissão de Educação e Cultura da Câmara, o projeto é colocado na pauta da comissão por ordem de prioridade. Recentemente, houve duas disciplinas sugeridas por um deputado (Ribamar Alves – PSB-MA) que viraram lei: Sociologia e Filosofia, que devem voltar ao Ensino Médio em breve (estavam fora de obrigatoriedade desde 1971). No entanto, a volta dessas disciplinas há anos vinha sendo discutida pelo CNE. Com o interesse convergente, o assunto foi discutido, posto em pauta e aprovado.
O presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), entende que propostas de deputados não são a melhor forma de legislar a respeito e prega o diálogo entre as instâncias. “Acolhemos e priorizamos as propostas, mas, via de regra, o deputado não procura a Comissão antes para discutir seu projeto. Seria muito mais produtivo se ele ouvisse a Comissão e o CNE para ver se sua ideia é inédita, válida ou se poderia ser feito de outra forma”, diz. O deputado Vanhoni também entende ser necessária a proximidade da Comissão com o Conselho Nacional de Educação. “É importante que o Congresso Nacional discuta projetos já discutidos e normatizados pelo CNE, que é a grande instância competente da Educação.”
Regina Vinhaes Gracindo, do Conselho Nacional de Educação, ressalta que há várias coincidências entre as ideias dos parlamentares e o que é discutido no CNE. “Se olharmos para as centenas de propostas de inclusão de disciplinas nas escolas, veremos proposições para a inclusão de Artes, Sociologia, Educação Ambiental na grade curricular, algumas dessas que já são discutidas pelo Conselho. Há muitos penduricalhos também, claro, mas cabe ao Poder Executivo manter uma relação frequente com as instâncias para estabelecer algumas limitações sempre que necessário.”
Rosimar, que estudou em seu doutorado a agenda de votações do Legislativo entre 1995 e 2007, ressalta que, no Brasil, o mais comum é não haver diálogo entre o Poder Executivo e o Congresso Nacional, e sim uma submissão desse último ao primeiro. “Visiblidade é que, muitas vezes, faz um deputado propor uma nova disciplina”, opina.
Diversificação do currículo
Os excessos de propostas para inclusão de disciplinas na grade curricular das escolas brasileiras por parte de congressistas são tentativas de melhorar a Educação no País, embora constantemente soem desastradas. No currículo nacional, há a diferenciação entre disciplinas obrigatórias (Português, Matemática, História, Geografia, Biologia, Física e Química) e as disciplinas chamadas diversificadas, que normalmente são o foco dos parlamentares. O professor Rubens Barbosa de Camargo, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, estuda políticas educacionais e também participou do seminário da Ação Educativa. Ele alerta para excesso de propostas para tornar nacionalmente obrigatórias matérias diversificadas. “Quando foi criado o sistema de disciplinas que não fossem as obrigatórias, pensou-se em regionalizar o ensino. Por exemplo, há assuntos relativos à cultura e ao folclore local que são muito caros a alguns estados da Região Norte do País, mas que não têm tanta relevância na Região Sul, e vice-versa. Só que disciplina diversificada no Brasil virou, até agora, quase somente a aula de Inglês”, conta. “Se você institui mais matérias escolares obrigatórias nacionais, tira o foco da regionalidade”, completa Rubens Camargo.
As eleições de 2010 promoveram uma mudança relevante nos nomes dos parlamentares do Congresso Nacional. Se a Educação é, cada vez mais, prioridade para o Brasil continuar crescendo, talvez seja necessário um diálogo maior entre as atividades do Conselho Nacional de Educação e a atividade parlamentar, para que ideias em comum sejam debatidas.
Comentário: Sou professor da rede pública do Estado do Espírito Santo. Não estamos conseguindo ensinar instrumentação básica, como ler e escrever, e discutimos inclusão de novas disciplinas. Por que, por exemplo, não se estipula um máximo de alunos em sala de aula? Às vezes acho que a maioria dos “especialistas” que não estão em sala de aula não tem noção nenhuma do tamanho da crise na educação.
Quanto a questão da inclusão de novas disciplinas no currículo, acredito que o Legislativo tem um papel definidor, pois, leis sem aprovação do legislativo vai de encontro ao processo democrático do país, sendo assim, acho que qualquer tramitação deve sim passar pelo Legislativo, até por que o Executivo tem poder de veto. Cabe aos orgãos como, por exemplo, a CNE e junto ao Executivo vetar leis educacionais inadequadas.
Outro ponto de vista é minha opinião sobre novas disciplinas, pois acredito que não resolveria o problema educacional, até porque, o que precisamos é qualidade e não quantidade. Neste caso, outras disciplinas seriam bem vindas em escolas de tempo integral, onde apenas acrescenta, sem retirar ou diminuir outra disciplina do currículo.
Tenho dito.
domingo, 26 de dezembro de 2010
LEI SOBRE O BUYLLING
Sou plenamente a favor de leis que punam a prática do buylling nas escolas.
Alguém pecisa proteger baleias, emos, viadinhos, nerds e outras criaturas idiotas que infestam o ambiente escolar.
FÓRMULA 1 - BALANÇOS E PREVISÕES (PARTE 4)
TORO ROSSO
A Red Bull B superou a Red Bull A em 2008, graças principalmente ao desempenho na pista de Sebastian Vettel e ao trabalho fora delas de Gehard Berger. Aí, a fábrica recomprou o controle acionário do time, “promoveu” Vettel e tratou de deixar a Toro Rosso como “irmã menor”.
Jaime Alguersuari e Sebastien Buemi são aqueles pilotos “mais ou menos”: não decepcionam, nem empolgam. Podem continuar ano que vem, se não aparecerem opções melhores, e podem sair, sem deixar saudades.
Para o ano que vem, a parceria da Red Bull com a Lotus (ou One Malaysia) pode colocar a Toro Rosso no risco de deixar até de ser a segunda equipe da fábrica de energéticos. Além do mais, uma possível crise financeira da Red Bull ou um “redirecionamento da política de investimentos” pode extinguir a equipe.
VIRGIN
A Manor se tornou Virgin antes do início da temporada graças à grana de Mister Branson. Como uma das três pequenas, pagou um mico enorme esse ano. Na segunda parte da temporada, andou mais próxima da Lotus, se é que isso pode ser um elogio.
Timo Glock andou quase o ano todo à frente de Lucas di Grassi, o que lhe valeu uma renovação de contrato para o ano que vem. A equipe apenas fez número no ano, andando pelo menos na frente da Hispania, o que não é nenhum elogio. Boa parte das ações da Virgin foi vendida para a montadora Marussia, e agora a equipe se chama Virgin-Marussia.
Como já foi dito, Glock continua no ano que vem. Di Grassi, considerado um “operário”, mas sem grana, fica de fora, já que a segunda vaga foi vendida para o belga Jerome D’Ambrosio, que assim como Glock, não deverá ter vida fácil.
WILLIAMS
O time do Tio Frank não conseguiu retornar á vida de equipe grande, mas pelo menos reverteu a tendência de queda, se fixando no pelotão intermediário. Especialmente em pistas de média para baixa velocidade, o desempenho até que foi bom, além do ponto alto, a pole de Hulkenberg em Interlagos, esta última muito mais por questão de estratégia do que desempenho do carro.
Rubens Barrichello parece ter se tornado um veterano utilíssimo para a equipe, e não raro, largava e/ou andava entre os dez primeiros. Hulk, apesar da pole em Interlagos, normalmente andava atrás do brasileiro, o que pesou bastante na hora de a equipe ter que abrir mão de um dos dois.
Se muita grana, e perdendo patrocínio, restou à equipe vender uma das vagas para Pastor Maldonado (powered by PDVSA, leia-se Hugo Chávez), campeão da GP 2 após quatro exaustivas temporadas. Também seria bom que a Cosworth oferecesse um motor melhorzinho.
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