sábado, 6 de novembro de 2010

NEM ELE ACREDITAVA

Bruno Domingos/Reuters

Quem foi às casas de apostas e apostou em Nico Hulkenberg para a pole em Interlagos deve ter ficado rico de uma hora para a outra. Nem o companheiro de Rubinho apostava em si mesmo. Aliás, a julgar pelo histórico do brasileiro em Interlagos,e em especial sob chuva, ele seria a aposta do time do tio Frank Williams.

Só que o pole pode estar desempregado: como a equipe deve perder patrocinadores, Pastor Maldonado (Powered by PDVSA, leia-se Hugo Chávez) deve sentar em um dos bancos. E como Barrichello deve sentar na outra cadeira, Nico tem que procurar outro lugar para ser feliz.

Mas com essa pole, pode ser que Rubinho...

Mas, uma coisa deve ficar registrado: a primeira pole da ex-gigante Williams, desde 2005. E com mais de um segundo de vantagem sobre Vettel, o segundo colocado.

Vettel que ficou a frente de Webber. Christian Hornett, o chefão da equipe, até que quer privilegiar o australiano, mas "o chefão lá de cima" (ou seja, a direção da fábrica de energéticos), na impossibilidade de priorizar Vettel, mandou dar "tratamento igual".

Em quarto, Hamilton, tentando respirar no campeonato.

Alonso em quinto, ficará muito agradecido se a Red Bull se mantiver atrás de Hulkenberg.

Barrichello em sexto, ótimo resultado ofuscado pelo ótimo resultado de Nico.

Massa em nono, reclamando de novo da temperatura dos pneus.

Button, em 11º, dando adeus ao campeonato. Apenas a pá de cal.

Constatação: Galvão Bueno e a equipe da Globo voltaram a chamar a Red Bull de Red Bull, e não RBR. Gostei, mas queria saber o motivo.

Para encerrar, se as coisas continuarem assim, a classificação será a seguinte (apenas os que têm chances de título):

Alonso- 241
Webber- 235
Vettel - 224
Hamilton - 222

PS: ainda acredito na vitória da Red Bull.

APOCALIPSE NEWS - 2ª EDIÇÃO



"Depois de dois anos sem marcar, Dinei faz o terceiro gol na vitória do Palmeiras sobre o Goiás" (Uol Esporte)

"Atlético-PR quis R$ 500 mil para liberar Dinei para o jogo contra o Palmeiras" (idem)

Dois Anos? Nem eu, um esforçado zagueiro de várzea, que raramente ia ao ataque, ficava sem marcar por tanto tempo.

Quanto à grana, melhor não comentar

DEZ É DEMAIS

feyenoord_sparta_desportugal.jpg feyenoord_sparta_desportugal image by desportugal_album


Nos meus tempos de esforçado zagueiro varzeano, costumávamos fazer uma bricandeira: time que levasse dez gols tinha que deixar o uniforme com o vencedor.

Se isso acontecesse dia 24, em Eidhoven, o Feyernoord teria que voltar para Rotterdam com a mala mais leve, depois de enfrentar o PSV.

Não se tratava de um jogo qualquer: junto com o Ajax, os dois formam uma espécie de trio de ferro do futebol laranja, apesar de o Twentte ter levado os dois últimos títulos nacionais.

O Feyernoord foi antes mesmo do mítico Ajax de Rinus Michel, o primeiro clube holandês a vencer um título europeu, ainda no ínício dos anos 70.

Pode parecer incrível, mas o técnico foi mantido, os seus hooligans ficvatam relativamente sossegados.

Sem baderna, sem protestos, sem ameaças de morte.

Apesar disso, a goleada será marcada para todo sempre.

Mais vergonhoso que um rebaixamento.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

LEMBRANÇAS


Hoje , 5 de Novembro...

Lembro dessa data há 15 anos, religiosamente.

Dia que me faz lembrar do que não foi. Ou do que teria sido.

Dia de lembrar como teria sido minha vida. Teria, do verbo não foi, como diria o pensador.

Dia de lembrar que na nossa existência existem bifurcações, ou multifurcações: caminhos que temos que escolher em um instante, mas que temos que lembrar por toda a vida.

5 de Novembro, um dos dias que representam a melhor época da minha vida.

Época em que o menino convivia harmoniosamente com o homem que nasscia.

Hoje o homem tem inveja do menino.

Se o menino é pai do homem como dizem os historiadores (Sobre os dois D. Pedro), que a velha geração rejuvenescida assuma seu posto.

E que se possível, traga os tempos felizes de volta.

Ou os anos incríveis.

Quem me dera que a vida fosse uma sperie de ciclos perfeitos. Perfeitos mesmo, sem os erros. esses seriam apagados até mesmo da memória.

Quem me dera...

Quem me dera é uma expressão que digo muito.

Mas, hoje não estou no Pretérito Feliz, estou no Presente Real.

Presente Real que se tornará um Futuro Incerto.

Mas o 5 de Novembro continua aqui na minha imaginação, enquanto o homem não se torne menino novamente.

SOBRE O JOGO DE EQUIPE


A ordem de equipe para que Massa abrise caminho para Alonso na Alemanha pode ser decisva para o campeonato?

Por enquanto não. O espanhol tem onze pontos de vantagem para Webber, e se tivesse terminado a corrida em segundo, essa vantagem ainda seria de quatro.

Mas, como escrevi "por enquanto", pode ser decisivo, sim.

É consenso no circo que a Red Bull tem mais carro que a Ferrari, e que esses sete pontos podem fazer a diferença.

Mas, o tema desse post é o tal jogo de equipe. Pode ou não pode?

Primeiro, deixemos de lado a pachecada da Globo, revoltada por um brasileiro ceder passagem para um estrangeiro por ordem da equipe. Até porque na Itália, a ordem foi tratada como "algo normal", ou que a Ferrari pensou "no bem da equipe" ao sacrificar a vitória de Massa.

Alguns especialistas em Fórmula 1, como Reginaldo Leme e Téo José, defendem que esse jogo de equipe só pode existir em "momentos decisivos". ora esa, esse pode ter sido um momento decisivo. Fórmula 1 não é um campeonato de mata-mata, mas por pontos corridos. Avise os dois disso.

Galvão Bueno acha que não deve haver nada disso: o resultado de pista não pode ser alterado por uma ordem dos boxes, e encerrado.

Luciano Burti, ex-piloto, defende que o jogo seja liberado: afinal de contas, fica quase impossível proibí-lo. Em 2007, a Ferrari antecipou a parada de Massa no pit para que Raikkonenn vencesse a prova e o campeonato. Antiético, mas não ilegal.

Dentre isso tudo, creio que a Galvão e Burti estão certos. Ou libera tudo ou não libera nada. Até porque, como delimitar esse tal "momento decisivo"?

TÓRRIDO ROMANCE


Dizem os filósofos de alcova que de um grande ódio surge um grande amor...

As novelas tratam disso, mas eu não tenho o hábito de assitir. Nada contra.

Mas, me veio à mente: por que não Serra e Dilma engatam um romance no período pós-eleitoral?

Quem sabe esse romance já não exista?

Não seria surpreendente que eles fossem flagrados passeando juntos em algum recanto romântico da Europa?

Quem sabe um jantar romântico aos pés da Torre Eiffel?

Um passeio de gôndola em Veneza?

Um final de semana em uma quinta nos arredores do Porto?

E qual seriam os desdobramentos?

Mônica Serra, abandonada, iria à imprensa denunciar "décadas de um casamento infeliz"?

Lula ficaria decepcionado por ter criado um monstro?

Criticados por seus partidos, os dois pombinhos criariam uma nova legenda:

Seria o PSDT (Partido da Social-Democracia dos Trabalhadores)?

Ou o PTSD (Partido dos Trabalhadores Social-Democratas)?

Ou já que essas siglas podem confundir com DST, criar o Partido do Amor?

O casal teria quatro anos para governar, ela como a chefe nominal, e ele como "primeiro-damo" e homem-forte do governo.

Em 2014, Dilma tentaria a reeleição, tendo Lula e Aécio como adversários, para quatro anos depois, caso reeleitos, Serra tentar realizar seu sonho de vestir a faixa presidencial. dilma seria sua Ministra-Chefe da Casa civil.

No Brasil, nada é surpreendente...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

BANDO DE IMBECIS



Assista a uma sucessão de imbecilidades racistas e xenofóbicas postadas no Twitter, com os devidos criminosos identificados.

Clique aqui para assistí-lo.


Gente que não consegue compreender que o Brasil é um país continental e que todos, errando ou acertando, têm direito a votar em quem bem entendem.

Não há mais espaço para racistas e intolerantes neste País.

Tomara que a Justiça consiga identificá-los, e que os faça responder por essas atitudes imbecis.

A primeira das aberrações, Mayara Petruso, pediu desculpas.

Pouco importa, ela defecou pelo teclado o que realmente pensa. O pior é que se trata de uma estudante de Direito, que deveria ser proibida de exercer a função para a qual se "prepara".

Segue uma lista de criaturas abomináveis semelhantes á ela...

ENTREVISTA COM SWAMI BERGAMO


Leia a íntegra aqui

Observações: resumi a entrevista e sublinhei por conta própria

‘O Espírito Santo só está abaixo do Piauí em número de DTs’



Renata Oliveira

Natural de Itaguaçu, noroeste do Estado, o professor Swami Bergamo é uma das vozes mais fortes da área da educação no Estado quando o assunto é a busca pela valorização dos profissionais da área e a defesa da qualidade do ensino público. Formado em História, tem 12 anos de profissão e quatro de vida sindical.

Como secretário de Comunicação e Divulgação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sindiupes), vem denunciando irregularidades no tratamento do ensino público no Estado. (...) Fala também da falta de diálogo com o governador eleito, Renato Casagrande (PSB), que, segundo ele, ignorou convite para um debate dos candidatos com a categoria.

Século Diário: – Professor, gostaria que o senhor falasse um pouco sobre a educação no Espírito Santo, tanto do ponto de vista estrutural como pedagógico. Como o Sindiupes vê a situação da educação nos três níveis (infantil, fundamental e médio)?

Swami Bergamo: – (...)  Na verdade o que tem que ser mudado é a concepção que se tem do Estado sobre a educação. Você tem uma visão posta no atual governo, nos últimos anos – não só nos últimos oito anos, mas ela se intensificou nos últimos oito anos – de uma educação posta com uma visão mercadológica, como mercadoria. Esse tipo de visão é extremamente nociva para o ensino, tendo em vista que a educação é um direito garantido pela Constituição e nesse aspecto ela visa a garantir não só a formação acadêmica intelectual, mas também a formação do cidadão(...).

- E o que deve ser feito?

- Primeiro você tem que mudar a visão sobre a educação. Hoje não se tem, por exemplo, o problema do investimento, se a gente for comparar com o passado. Você tem recursos hoje no Estado, mas a questão é como esses recursos estão sendo aplicados. A gente entende que esses recursos estão servindo ao interesse dessa política de mercado. (...) Então eu avalio nessa conjuntura hoje, que ela serve para três questões: um aspecto é o de garantir a governabilidade, o outro aspecto é o de transferir o recurso público para o setor privado (...) No primeiro caso, a questão da governabilidade, a educação vira moeda de troca para a relação com a Assembleia Legislativa. E aí se constrói uma teia de relações de poder, que é usada como instrumento eleitoral, de manutenção de poder...

- O senhor está falando sobre a eleição direta para diretor de escola?

 - Estou me referindo a isso, a eleição direta para diretor de escola. Estamos iniciando a segunda década do século XXI e no imaginário popular o século XXI seria um século da modernidade, diferente, de prosperidade. (...) De 1988 para cá, com a Constituição e pela busca pela redemocratização, se construiu a ideia de que você tem que ter na gestão das escolas, na visão da educação, essa gestão democrática, que vai muito mais além do que só a eleição para diretor de escola. Mas a eleição para diretor de escola é um aspecto importante, um dos mais importantes.(...) Se não tem gestão democrática, eleição direta reflete o interesse de quem indicou e não necessariamente o interesse da comunidade escolar e real da escola. O que você tem na verdade são indicações hoje políticas dos diretores de escola e essas indicações são feitas pelos deputados estaduais, que loteiam o Estado junto com o governador e eles transferem também essas indicações para os seus aliados locais: prefeitos, vereadores, enfim... E aí a direção de escola assume um papel de ser mais um repressor do professor, e são raras as exceções, mas existem, que fazem um questionamento e colocam o interesse da educação em primeiro lugar (...)
- Recentemente foi vetado um projeto nesse sentido.

- Teve duas tentativas... duas. A Assembleia já tentou provocar o governo. Essa é uma iniciativa que tem que partir do Executivo, que na verdade deveria partir da alteração da Constituição Estadual (...)
(...)
- E o segundo aspecto?

- O segundo aspecto é a transferência de recurso público para o setor privado. Isso está acontecendo na esfera federal também. Você tem essas bolsas de recursos e, através do instrumento da terceirização. Aliás, esse é um tema proibido nas pautas de vários meios de comunicação, quando a gente fala sobre terceirização da merenda e não sai nada publicado (...) o próprio Conselho de Alimentação Escolar, que seria um órgão de fiscalização rejeitou as contas de 2008 do governo do Estado, e o que ocorreu é que logo após essa rejeição houve uma reunião do conselho e desde lá o Sindiupes não tem um assento indicado pela categoria nesse conselho. Foi uma alteração bem autoritária que aconteceu(...)


- Ou seja, quando se trata de terceirização ou de outros assuntos, a categoria não é ouvida...

- Não. É um traço muito forte dos últimos oito anos, deste governo, que a representação dos conselhos não vem sendo respeitada (...) E vale destacar que na gestão do governador José Ignacio foi justamente pela representação do Sindiúpes, pelo acesso à documentação do Fundef, que foi denunciada uma série de irregularidade e nós continuamos apontando essas irregularidades, mas isso não vem repercutindo porque existe um aparato de controle das instituições (...)


- E sobre o bônus desempenho?

- É outra visão também que é um reflexo da política neoliberal do governo, de tratar que a educação possa ter uma produtividade forçada.

- E essa produtividade é medida como?

- Pois é, ela esta relacionada ao resultado dos alunos em provas, em um primeiro momento, de português e matemática, nas provas como Saeb, esses exames. Entendemos que esta é uma visão equivocada. Qual o sentido disso? Primeiro porque essas provas só avaliam o resultado que o aluno tem, não avaliam o sistema e deveriam ter esse caráter de avaliar o sistema. E tratam como se o professor não quisesse ensinar o aluno. Como se tivesse que subornar o professor com esse bônus e para que ele venha a trabalhar e fazer com que o aluno aprenda. É como se dependesse do professor e não é assim.

(...)

- O governo Paulo Hartung está terminando e um novo período governamental se inicia. Qual a expectativa da categoria? O governador eleito já se reuniu com os professores? Há expectativas de melhora na relação entre professores e governo?

- O candidato que representa esse governo que foi eleito se colocou como candidato da continuidade, e isso muito nos preocupa, porque continuar o que está na educação, porque o que você tem hoje na educação é desrespeito ao professor, falta de gestão democrática. Só para citar, essa jornada ampliada, isso é uma farsa que está colocada. Você não está ensinando mais, você não tem mais tempo do aluno na escola. Você tem mais tempo, mas ele não é qualitativo. O sindicato defende que retorne as cinco aulas de 50 minutos. Com as cinco aulas de 60 minutos o professor não tem tempo de planejar, os professores hoje não têm tempo para se alimentar, você tirou a dignidade do professor.

- Porque não é apenas o horário de sala de aula, há também o tempo de preparação, não é isso?

- É garantido 20% para você ter a preparação, o planejamento, e isso não está sendo respeitado, porque é impossível se compatibilizar, saírem todos na última aula, você ficaria pelo menos com os professores, como a Sedu está orientando de Designação Temporária.

- E o professor também não trabalha em apenas um turno, não é?

- A Constituição garante o direito de o profissional da educação ter dois vínculos. Infelizmente, a gente ouviu do próprio secretário de Educação (Haroldo Correia) que “eu não tenho nada com isso”. Ele colocou dessa forma, em audiência. Que deixe um desses vínculos e fique só com o Estado. Isso também é desrespeitoso...

- Mas o governo não cobre se o professor deixar o outro vínculo?

- Ele não cobre. A gente só tem a repudiar essa atitude, porque um professor começa um turno hoje 7 horas da manhã e às 12h20 ele encerra esse turno da manhã... 12h30 ele está iniciando o turno da tarde. Cinco minutos ele tem para chegar à sala dos professores, outros cinco ele tem para almoçar, beber água, trocar o material e se dirigir de novo à sala de aula para iniciar o outro turno. Então não tem respeito, não tem dignidade. O professor não tem direito de se alimentar, muitos estão adoecendo. É grave e se isso continuar vai ficar uma situação muito séria e isso vem repercutindo diretamente na questão da qualidade. Você vê que o resultado do ano passado foi implementado para todo o Estado, mas já vinha sendo implementado há alguns anos... e o que ocorre? Os alunos têm ficado exaustos também. O próprio governo vem orientando aulas geminadas, a mesma aula em sequência e isso pedagogicamente não é indicado para o aluno de ensino fundamental e ensino médio. (...)


- Mas já houve algum encontro com o governador eleito?

- Nós agendamos um debate entre os candidatos, todos foram convidados oficialmente, e o candidato que ignorou nosso convite, literalmente ignorou, não sinalizou com resposta alguma foi justamente o candidato que venceu a eleição. Outro chegou a confirmar e depois desmarcou pela imprensa, extremamente indelicado. Dois apenas confirmaram. Infelizmente não realizamos o debate, porque houve o falecimento de um diretor do sindicato(...) Há muitos problemas na rede, que estão se refletindo na qualidade... tem muito professor em designação temporária. Em 2007, a revista Nova Escola publicou os resultados de 2006, e o Espírito Santo só estava abaixo do Piauí em número de DTs.

- Hoje são quantos DTs no Estado?

- Hoje são mais de 50% do magistério. Acredito que estamos em torno de 60% de DTs, deveria caber uma intervenção no Estado por conta disso. Isso não é política séria para a educação... o que seria exceção virou regra, os concursos que foram aplicados durante o governo Paulo Hartung também são farsas porque não disponibilizavam as reais necessidades das vagas... são poucas... uma avaliação extremamente desaconselhada, um tipo de prova que, se nós aplicássemos aos nossos alunos, certamente seriamos penalizados. Nenhum professor aplica esse tipo de prova, porque isso não avalia, não tem sentido, e ainda querer fazer um curso para ver se o professor sabe dar aula. Se ele não aprendeu nos quatro anos ou cinco anos na universidade, com seis meses do curso do governo do Estado ele vai aprender a dar aula? É muita prepotência, muito desrespeito.

- Sobre o ensino fundamental de nove anos: como a educação infantil não recebe verba federal, transportaram da educação infantil para o fundamental uma série, mas as escolas estão preparadas estruturalmente para receber esse aluno de seis anos?

- Houve um prazo para que as escolas se preparassem. Vamos ter o próximo Plano Nacional da Educação (PNE) para os próximos dez anos, que está sendo formulado agora... vamos abordar esse tema em nosso congresso que acontecerá em dezembro, do Sindiupes. Mas os governos não se prepararam, infelizmente, a maioria, não.

- E o governo vende isso como uma vitrine, como se a iniciativa fosse salvar a escola...

- E não vai mudar muita coisa, porque vão ter que adaptar as estruturas físicas, não adaptadas. A maioria delas, quando tem que acrescentar uma sala, vem fazendo o que eu chamo de puxadinhos, com containeres. Ou são salas de lata ou de PVC revestidos de areia. Ou seja, o improviso virou a regra. E a gente entende que isso é muito grave. Fora isso, uma questão que vem se arrastando é a questão da relação do Fundeb e do Fundap. A gente entende, e o próprio MEC entende dessa forma, que o Fundap vem causando uma distorção, ele é irregular e isso a cada ano vem tirando uma verba considerável da educação, e isso vai se refletir, quando você tira investimento, na questão consequentemente do que você tem de qualidade, valorização para os nossos alunos. Essa então é a forma como vamos enfrentando a realidade. Dinheiro público indo para o setor privado, falta de gestão democrática e a implantação da visão economicista, neoliberal, na educação que não vem trazendo qualidade.

- De tudo isso que o senhor apresentou, o que apreendemos é que, das áreas sociais, a tese de que a educação é a que vai menos mal é equivocada?

- Essa tese está na perspectiva de quem vendeu notebook do empresariado, de quem excluiu os aposentados, os quadros multimídia que estão todos encaixotados, ninguém está usando, O que você poderia comprar com a verba para este equipamento? Está bom para as empresas terceirizadas da merenda escolar, que está servindo uma merenda de qualidade ruim, então para essas pessoas está bom. Agora, para o professor e para o aluno, não.

FAZENDO AS CONTAS, PARTE 2



Há alguns dias, escrevi que o título de Alonso já pode ocorrer em Interlagos, embora ache difícil que isso aconteça. Mas, pode ser.

Nesse post, escrevi como o espanhol pode sair campeão já em São Paulo.


Veja primeiro a classificação (e vitórias):

Alonso - 231 (5)
Webber - 220 (4)
Hamilton -  210 (3)
Vettel -  206 (3)
Button- 189 (2)

Se Webber vencer as duas corridas, será fatalmente o campeão, com no mínimo, três pontos de vantagem.

Mas, já combinaram isso com a Red Bull?
 
Todos sabem que Vettel é o queridinho da equipe, e que mesmo vencendo as duas corridas seguintes, terá que torcer para que Alonso faça no máximo, 24 pontos (dois quartos lugares, um terceiro e um sexto, um segundo e um sétimo, por exemplo).

 Se Webber for segundo duas vezes, os dois estariam empatados em vitórias. Confesso que ainda não fiz contas nos outros critérios de desempate.

Agora, será que o comando dos Touros Vermelhos aceitaria privilegiar o patinho feio da equipe?

Só uma constatação: quando Webber bateu na Coreia, caminhou para os boxes solitário. Vettel foi recebido pelo chefão Chris Hornett.

Na Inglaterra, a preferência da da a Vettel na asa dianteira, seguida de uma boa vitória de Webber foi alvo de ironia do australiano.

Pode ser que a preferência dada a Vettel seja a chance da red Buill de perder de vez um campeonato que tinha tudo para ser ganho.

A menos que ela se contente com o Torneio de Cosntrutores...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

TESTE DE ORIENTAÇÃO POLÍTICA

Encontrei no site http://www.politicalcompass.org/ uma teste de orientação política.

Se você manja um pouquinho de espanhol e tiver paciência para responder as perguntas...

CLIQUE AQUI


Só para constar como eu fiquei: um pouco acima e à esquerda de Nelson Mandela e de Ghandi.

Feliz de estar próximo à eles.

MULHER TRAI OU SE VINGA?


Do Blog do Dr. Love
Pergunta do Leitor:

Love alguns de meus amigos foram presenteados com chifres. Eu mesmo peguei uma garota que tinha namorado sem eu saber. Gostaria de saber o que leva uma mulher a trair.

Resposta do Love:

Amigo, mulheres são complexas e talvez por isso tão encantadoras. Vou tentar ajudá-lo a entender os motivos que as levam a trair, mas adianto que não é um caminho linear.

Na visão dos homens a traição é algo que pode até ser visto como “normal”. Em alguns momentos a sociedade aceitava e até incentivava tal postura. Os “homens conquistadores” são classificados como “garanhões” e as mulheres que trocam de parceiros com freqüência como “fáceis” ou “vagabundas”. O senso comum de que o homem deve partir para a conquista enquanto a mulher deve adotar atitude passiva deu a nós, homens, o “poder” de escolher.

É importante citar que ao contrário do senso comum nem todos os homens são infiéis e necessitam ter diversas parceiras simultaneamente para sentir-se completos. Portanto não é verdade que uma mulher que não aceite as puladas de cerca do companheiro vá ficar sozinha por falta de opção.

Escrevi a introdução acima para deixar claro que sim, existem muitas mulheres que traem por vingança. É uma forma de se “igualar” aos homens fruto da “guerra dos sexos”. Sinceramente acho uma besteira os gêneros quererem se igualar visto que são complementares. Perdem a graça se não houver diferenças.

A traição por vingança, e falo isso para ambos os sexos é uma violência a si mesmo. Fazer algo que contrarie seus sentimentos motivado pelo simples fato de criar desconforto a alguém é uma forma de se desvalorizar, de se diminuir e de rebaixar igualando a atitude reprovável de que foi vítima.

Normalmente as traições ocorridas por vingança acontecem em momentos de forte emoção e na maioria das vezes causam arrependimento. Vale lembrar que para acontecer um episódio como esse é necessário que ocorra a participação de um terceiro elemento, ou seja não contente em se ferir para desapontar alguém o indivíduo ainda envolve uma outra pessoa que nada tem a ver com o problema. Mexe com emoções alheias para curar a própria ferida.

Para concluir posso dizer que assim como homens muitas mulheres traem para se vingar. Esquecem que a maior das penitências é o desprezo. Ignoram que ao manter uma relação “apenas” para poder dar o troco estão valorizando o agente da ação. Enfim não concordo com a afirmação de chifre trocado não dói. A melhor forma se superar algo desagradável é terminar, e não estender a situação. É mais fácil tentar descrever os motivos que levam uma mulher a cometer uma traição o difícil é do que elas manterem a cabeça fria quando são traídas. Para resumir o principal motivo que leva as mulheres a trair é a emoção, como disse no início do texto elas são complexas e encantadoras.

Lembro que o texto expressa minha opinião e não possui intenção de tornar-se um diagnóstico técnico.

Espero que tenha ajudado

Love

SILÊNCIO...




Felipão decidiu não dar mais entrevistas coletivas. Depois do que ocorreu na sema passada, é a atitude mais adequada.

As expressões "palhaço" e "foda-se" pesaram demais.

Ele percebeu que exagerou e não quer mais encarar a imprensa, principalmente depois que os repórteres receberam a delegação do Palmeiras com narizes de palhaço.

Agora, o caudilho só fala via site do clube.

Quando resolveu "reenfrentar" avisou que é seu direito democrático não dar entrevistas, e que é direito democrático dos repórteres não lhe entrevistar.

Reclamou que seu salário vem sido excessivamene propagado, o que pode trazer insegurança para familiares. Nisso, ele tem razão: o quanto ele ganha é problema dele e de quem paga.

Mas, aí está o problema: seu salário foi viabilizado pela vinda de três patrocinadores: Banif, Unimed e Parmalat, que não têm suas imagens expostas, o retorno que teriam para o investimento.

É hora de reconhecer o erro...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

DEU NA IMPRENSA URUGUAIA...

SINAL DE VIDA?



Terça foi dia de Finados, mas a desportiva anda tão morta que só escrevo sobre ela neste Domingo.

Marcelo Viila-Forte, o síndico do Apocalipse grená falou sobre a situação do clube.

Em uma entrevista coovente, relatada pelo gazetaonline, o assassino da Desportiva disse:

Mas, diante da existencial e milenar pergunta "Há vida após a morte?", descobre-se que... Quem sabe? O presidente da Desportiva, Marcelo Villa-Forte, garante que o time não morreu. "Sobre o ano que vem, não tenho nada a declarar, por enquanto. Não há nada certo, a não ser que vamos disputar (a Série B do Estadual)", afirma.



"Não entrei na Desportiva para que ela acabasse. Foi para que tivesse sucesso. Até hoje só deu fracasso, infelizmente. Não lamento o fato de eu ser taxado de culpado, lamento não ter dado certo até agora. Mas não tem mágica. O contexto do nosso futebol é difícil, tive meus problemas também e muita gente promete, mas ninguém ajuda", conclui Villa-Forte.

Do lado da Desportiva Ferroviária, Edvaldo Rocha Leite e Dominato Lisboa planejam ampliar seu período no poder, vencendo as eleições a serem realizadas esse mês, e manter o estranho silêncio sobre o que Villa-Forte fez com o clube desde a "parceria".

O grupo de oposição fará campanha em torno da necessidade de denunciar o contrato do clube-empresa por descumprimento de acordos pelos controladores. No centro do palco, a retomada do estádio Engenheiro Araripe.


Esperemos, e torcemos para que o patrimônio grená seja retormado do controle do tirano, e que o clube ressucite, literalmente.

JOGO DA SUCESSÃO





O time do PT entraria em campo para a sucessão de 2010 desfalcado de seu astro maior, Lula, impedido pelo regulamento de atuar dentro de campo. Diante dessa limitação, esse assumiu os cargos de técnico e presidente do clube.


Impôs Dilma, antes uma jogadora obscura, como capitã da equipe.

Negociou como reforço o time de mercenários do PMDB, além de manter os amigos do PSB e PR.

O time do PSDB escolheu Serra com capitão, assim como fizera em 2002. Ele fizera boas pré-temporadas em 2004 e 2006 em São Paulo, para enfrentar o time petista sem seu astro maior.

Ele tinha como reforços os tradicionais amigos do Demo e os neo-aliados do PPS. Também buscou o mercenário-mor, Robero Jefferson, que chegou acompanhado de sua trupe

O jogo começou de fato em Abril. Mais habituado ao estilo de jogar, o time tucano fez logo de cara 1 a 0.

Lula foi à beira de campo e instruiu seu time, ou melhor, carregou ele nas costas, e o empate veio em Junho.

Em Julho, a virada.

Em Agosto/Setembro, 3x1. O time tucano estava desnorteado e brigando entre si. Aécio, emburrado por ser preterido, fazia corpo mole. O ex-astro FHC era vergonhosamente deixado no banco de reservas, como um veterano sem capacidade.

Aí entrou  Marina em campo: sai brigada do time do PT, e entrou involutariamente no time tucano, que fez o segundo gol, e diminuiu a diferença.

O PT que esperava encerrar precocemente a pertida, teve que enfrentar uma dolorosa prorrogação.

Começou em vantagem, mas acuado, como se estivesse com um jogador a menos, o time petista estava aquartelado no seu campo de defesa. E teve que partir para o ataque: o jogo ficou aquele lá e cá.

Logo veio a catimba: o jogo ficou sujo. Jogadas violentas se proliferaram. O Árbitro TSE teve que intervir com frequência.

Os hooligans da arquibancada virtual se enfrentavam.

Marina, cortejada pelos tucanos a entrar em campo de vez ao seu lado, e pelos petistas a voltar a vestir sua camisa, assistia tudo da beira de campo.

Lula deixou seus afazeres de presidente do clube para se dedicar à orientação de sua pupila.

Aécio, mesmo que a contragosto se esforçava. No seu setor de campo (o mineiro) procurava ser o xerifão.

No Nordeste e Norte, os petistas trocavam tabelinhas com tranquilidade.

No Sul e no Centro-Oeste, os tucanos dominavam o jogo.

No Sudeste, a disputa pelo controle territorial era mais intensa.

Vencendo sem larga vantagem, o time petista levou o jogo em banho-maria até o fim. Nos minutos finais, o ataque tucano estava perdendo força, mesmo explorando o jogo em cima do ponto fraco erenice.

O ataque petista explorava o jogador Paulo Preto, que seria retirado de campo. Esperneando e chantageando o capitão, permaneceu até o fim.

E o povo brasileiro soou o apito final.

Vitória do time do PT.

Dilma, antes uma reserva, erguia a taça.

DECIFRANDO AS MULHERES

ROUPA NOVA


A Adidas se prepara para lançar mais uma camisa para o Palmeiras.

Óbvio que se trata de mais um "uniforme rotativo", do tipo "se pegar, pegou", como pegou a camisa verde-limão (a caneta marca-texto), e não pegou a camisa prata usada em 2006. e pegou mais ou menos a camisa azul.

A camisa é bonita, mas bem que poderiam mudar essa gola horrorosa e o final dessa manga...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

ENQUANTO ISSO, NO PEDRO HERKENHOFF...


Mais notícias do meu "primeiro lar".

De Wemerson Torres, do vilavelhanoar.blogspot.com


















Enquanto isso na UMEF Pedro Herkenhoff, Tudo como Dantes no Quartel d'Abrantes!


É impressionante a capacidade da sociedade de se tornar "corpo dócil", no sentido mais Foucault da palavra. O discurso da disciplina, que muitas vezes somos obrigados a ouvir, entra escola a dentro, atropelando situações particulares e impedindo que se pense realmente no problema, ou melhor, permitindo que se mascare de tal forma a realidade, quer seja pela beleza do discurso, quer seja pela ilusão das promessas, que esquecemos muitas vezes do real problema.


Trato aqui, especificamente, da questão da UMEF. Pedro Herkenhoff, no que diz respeito à Reforma do Colégio Camões ( escola particular assumidamente reformada pela PMVV) e que após visita da secretária e promessa de instalação módulos superconfortáveis na unidade, caiu no esquecimento.


Cumpri informar que a secretária esteve na referida UMEF no dia 10/08/2010, ( dia em que tirei a foto acima, pois eu era o então presidente do Conselho de Escola ) e se comprometeu, após seu discurso disciplinar, que os módulos estariam em pleno funcionamento no prazo do 30 dias. Bem, já estamos no final do mês de outubro, ( dois meses e 10 dias após a promessa) e, até hoje, os módulos ainda não estão funcionando. Os alunos continuam estudando em condições precárias, até ventiladores de teto caindo sobre os mesmos. Até quando? Vamos reagir, não sejamos corpos-dóceis!

Em outro post:















A foto que postei nesse artigo é um emblema do que está acotecendo em muitas escola de Vila Velha. Esta era a mesa do professor em que eu trabalhava na escola Pedro Herkenhoff, até 30/09/2010. E o pior é saber que tudo isso ocorre com a conivência dos orgãos que deveriam servir para fiscalizar se a aplicação da verba pública está sendo decentemente aplicada. Ou se estão cumprindo a lei que diz que " Todos têm direito à educação de Qualidade". Leia-se Câmara de Vereadores de Vila Velha e MP. Não temos mais para onde fugir. Como diz o velho e terrível jargão do Funk " Tá tudo dominado...". Tristemente dominado!

CAPA DA VEJA





Edição de colecionador

A MISTERIOSA MORTE DE JOÃO PAULO I




Grifos meus

A misteriosa morte do Papa João Paulo I



A brevidade de seu pontificado suscita até hoje especulações a respeito de que teria sido vítima de uma conspiração, algo nada novo na tradição do Vaticano.


Enfarto do miocárdio ou assassinato?


As suspeitas de envenenamento são amplificadas pelo fato de o Vaticano jamais permitir uma autópsia no corpo santo de um Papa. Sua saída repentina do cenário daria espaço a setores da Igreja ligados à Cúria Romana, mais empenhados em combater as tendências socialistas então emergentes no clero em vários países. Essa tese ganhou força com a eleição de João Paulo II, um pontífice conservador em relação a diversas questões, como aborto, contracepção e política. De fato, o ainda bispo Luciani desejara ao menos uma revisão das posições tradicionais da Igreja Católica sobre estes temas, consultando-se com especialistas em reprodução humana e com filósofos e pensadores de distintas religiões.


Se Paulo VI teve um relatório médico extremamente preciso quando de sua morte (até mesmo os horários das complicações médicas foram anotados), o mesmo não ocorreu ao Papa Sorriso; seu corpo foi embalsamado imediatamente após o falecimento, e as verdadeiras causas do óbito nunca chegaram ao público. Não é preciso muito esforço mental, portanto, para imaginar as inúmeras especulações surgidas acerca deste trágico evento. Muitas delas foram condensadas em um polêmico livro, do não menos controverso escritor David Yallop, conhecido por sua vigorosa atuação no jornalismo investigativo.


Um dos inúmeros boatos surgidos após a morte de João Paulo I diz que seu pontificado entrara em choque com idéias e interesses da Opus Dei. Durante o funeral, foram ouvidos fiéis aturdidos, que diziam: "Quem fez isso com você?", "Quem o assassinou?", já desconfiando de que a morte do Papa Sorriso não decorrera de causas naturais.


Em Nome de Deus (a morte de João Paulo I aos olhos do polêmico jornalista britânico David Yallop)


O jornalista britânico David Yallop publicou em 1984, após longa pesquisa, a obra Em nome de Deus (In God's Name), na qual oferece pistas sobre uma possível conspiração para matar João Paulo I. A dar-se crédito às fontes de Yallop (que incluem inúmeros clérigos e habitantes da cidade do Vaticano), João Paulo I esboçara, no início de seu breve pontificado, uma investigação sobre supostos esquemas de corrupção no IOR (Istituto di Opere Religiose, vulgo Banco do Vaticano). Logo após eleger-se papa, ele ficara a par de inúmeras irregularidades no Banco Ambrosiano, então comandado por Roberto Calvi, conhecido pela alcunha de "Banqueiro de Deus" por suas íntimas relações com o IOR (o corpo de Calvi apareceu enforcado numa ponte em Londres, quatro anos depois, por envolvimento com a Máfia).


Entre os envolvidos no esquema, estaria o então secretário de Estado do Vaticano e Camerlengo, cardeal Jean Villot, o mafioso siciliano Michele Sindona, o cardeal norte-americano John Cody, na época chefe da arquidiocese de Chicago e o bispo Paul Marcinkus, então presidente do Banco do Vaticano. As nebulosas movimentações financeiras destes não passaram despercebidas pelo Papa Sorriso. Sem falar em supostos membros da loja maçônica P2, como Licio Gelli (vale lembrar que pertencer a essa comunidade secreta sempre foi e ainda é considerado motivo de excomunhão pela Igreja Católica).


A Cúria Romana como um todo rechaçou o perfil humilde e reformista de João Paulo I. Diversos episódios no livro corroborariam essa tendência: o Papa Sorriso sempre repudiou dogmas, ostentação, luxo e formalidades; para ficar num exemplo, ele detestava a sedia gestatoria, a liteira papal (argumentando que, por mais que fosse o chefe espiritual de quase um bilhão de católicos, não se sentia importante a ponto de ser carregado nos ombros de pessoas). Após muita insistência curial, ele passou a usá-la.


Seria no entanto importante referir que, quando o Cardeal Luciani ascendeu a Papa, o seu estado de saúde encontrava-se já bastante deteriorado.


Segundo Yallop, em 29 de setembro de 1978, João Paulo I anunciaria a remoção de Marcinkus, Cody, Villot e alguns de seus asseclas – o que poderia deixá-los à mercê de processos criminais. Mas Sua Santidade não acordou para levar a cabo as excomunhões: diz-se que teria sido encontrado pela freira Vincenza, que o servia havia 18 anos e que sempre lhe deixava o café todas as manhãs. Naquele fatídico dia, no entanto, ela ficara espantada com o fato de o Papa não ter respondido ao seu Buongiorno, Santo Padre (Bom-dia, Santo Pai); desde os tempos de padre em Veneza, ele nunca dormira além do horário. Notando uma luz acesa por trás da porta, ela entrou nos aposentos do Papa e encontrou-o de pijama, morto, com expressão agonizante, na cama. Seus pertences pessoais foram de imediato removidos por Villot. Entre eles, as sandálias do papa; no livro, é defendida a hipótese de que estariam manchadas com vômito – um suposto sintoma de envenenamento.


Yallop cita a digitalina (veneno extraído da planta com o mesmo nome) como a droga usada para pôr fim ao pontificado de João Paulo I. Essa toxina demora algumas horas para fazer efeito; Yallop defende que uma dose mínima de digitalina, acrescentada à comida ou à bebida do papa, passaria despercebida e seria suficiente para levar ao óbito. E para o autor de Em nome de Deus, teria sido muito fácil, para alguém que conhecesse os acessos à cidade do Vaticano, penetrar nos aposentos papais e cometer um crime dessa natureza.


Sem se deter na morte de João Paulo I, Yallop ainda insinuou que João Paulo II seria conivente com todas as irregularidades detectadas no pontificado de seu breve antecessor. Outra acusação grave feita no livro era a de que João Paulo II autorizara o financiamento secreto das atividades do sindicato Solidarnosc (Solidariedade) em sua terra natal.


As teorias defendidas por Yallop foram refutadas pelo escritor John Cornwell, também britânico, em seu livro A Thief in the Night (Um Ladrão na Noite). Em diversos tópicos, como o horário e a causa da morte do Papa, Cornwell contesta as afirmações e provas de Yallop e oferece sua versão, mantendo o debate aberto. Os que defendem as teses expostas em Em Nome de Deus afirmam que Cornwell seria ligado a personalidades influentes da Cúria Romana.


A versão oficial da morte


A versão oficial divulgada pelo Vaticano, contudo, diz que o corpo de João Paulo I teria sido encontrado pelo padre Diego Lorenzi, um de seus secretários, enunciando a morte como "possivelmente associada com infarto do miocárdio". Para alguns, João Paulo I teria sido vítima das terríveis pressões características de seu cargo, e que não tendo suportado-as, veio a perecer.


Outra hipótese levantada foi a de que o Papa Sorriso teria sido vítima de embolia pulmonar. De qualquer maneira, sua morte provocou enorme consternação entre os católicos; mesmo sob chuva torrencial, a Praça de São Pedro esteve totalmente lotada quando de seus serviços funerais. Em sua homenagem, seu sucessor adotaria seu nome papal ao ser eleito, em 16 de outubro de 1978.

QUERO COLO

Lugar do meu abrigo perante as dificuldades...


Preciso do colinho da mamãe...



Rock and roll lullaby
(BJ Thomas)

She was just sixteen and all alone
When I came to be
So we grew up together
My mama child and me
Now things were bad and she was scared
But whenever I would cry
She'd calm my fears and dry my tears
With a rock and roll lullaby
And she would sing sha na na na na na na na ...
It will be all right sha na na na na na....


Sha na na na na na na na ...
Now just hold on tight
Sing it to me mama (mama mama ma)
Sing it sweet and clear, oh!


Mama let me hear that old rock and roll lullaby
We made it through the lonely days
But Lord the nights were long
And we’d dream of better moments
When mama sang her song
Now I can't recall the words at all
It don't make sense to try
'Cause I just knew lots of love came thru
In that rock and roll lullaby
Rock And Roll de Ninar


Ela tinha apenas 16 anos e completamente sozinha
Quando eu nasci.
Então nós crescemos juntos,
Minha mãezinha-criança e eu
Agora as coisas estavam ruins e ela estava assustada
Mas sempre que eu chorava,
Ela acalmava meus medos e enxugava minhas lágrimas
com um rock de ninar
E ela cantava sha na na na na na na na ...
Vai ficar tudo bem sha na na na na na....
Sha na na na na na na na ...


Agora aguente firme
Cante para mim mamãe, [ mamãe]
Cante isto de forma doce e pura, oh!
Mamãe deixe-me ouvir aquele velho rock de ninar
Nós fazemos isto durantes os dias solitários
Mas, Senhor, as noites eram longas.
E nós sonhávamos com manhãs melhores
Quando mamãe cantava a canção.
Agora eu não consigo lembrar as palavras de jeito nenhum,
Não faz sentido tentar
Pois eu simplesmente sabia que muito amor vinha através
Daquele rock de ninar.
E ela cantava sha na na na na na na na
Vai ficar tudo bem
Sha na na na na na na na


Agora me segure firme
Eu posso te ouvir mamãe
Nada cura minha alma
como o som do bom velho Rock de Ninar

domingo, 31 de outubro de 2010

CORRIDA PRESIDENCIAL




Do Blog do Josias de Souza

APOTEOSE


Pode-se falar de um tudo sobre Lula: que é conivente com a corrupção, que quando fala de improviso solta besteiras, que sua política externa é um desatre, que faz apologia à falta de instrução...

Mas seu carisma é inegável. Fernando Henrique, recentemente, o definiu como ´"Fenômeno".

FHC começou o seu segundo mandato em clima de fim de feira, e o terminou com índices de aprovação que não chegavam a 25%. Nos debates, Garotinho e Ciro citavam Serra como "candidato do governo", o que o deixaria com cabelos em pé, se eles ainda estivessem em sua cabeça.

O Sapo Barbudo encerra seu segundo ciclo com aprovação superior a 80% e prester a emplacar como sucessora uma candidata que cresce a sua sombra.

Na festa de encerramento da campanha de Dilma, ontem, no Recife, paradoxalmente, Dilma não apareceu. Estava no debate da Globo. Lula se encarregou de puxar a caminhada, que se converteu em uma celebração de um pop-star.

Parecia que o próprio Lula era candidato. No caminhão onde estava, chegava à ponta da carroceria para que lhe tocassem. Atitude popular, mas irresponsável. Afinal de contas, é impossível até para o mais perfeito esquema de segurança garantir a integridade de um Chefe de Estado. Lula precisa pensar na liturgia que envolve o cargo que (ainda) ocupa.

O ato pela candidatura de Dilma se tornou a despedida triunfal de Lula.

Não sei como a História o tratará. Pode ser até que toda essa popularidade se escorra com um possível desastre no governo de Dilma.

Mas, se os livros pareassem de ser escritos hoje, Lula estaria ao lado de Juscelino e Getúlio na lista dos mais marcantes presidentes que o país já teve.

LUTANDO DE NOVO



A trégua acabou, se é que ela um dia existiu. As divergências são muitas e irreconciliáveis.

Política e religião puxam o bonde da guerra, cujos vagões incluem futebol e mais um monte de coisas.

A rede de asseclas do lado adversário é extensa e influente, a sua logística de abastecimento de informações é mais ampla, mas o jogo não está perdido.

Em o jogo, nem nenhuma batalha, nem mesmo a guerra.

Minha trincheira digital é quase inexpugnável, meu bombardeio aéreo-cibernético não é detectado pelos radares inimigos, deixando o outro lado desorientado.

Como se pode atacar alguém que não se vê, não se sabe exatamente quem é, nem onde está?

Me infiltrei nas hordas inimigas, exploro as diferenças suas com seus cupinchas.

Até mesmo o futebol é pretexto para espionagem.

Me movimento do manguezal às montanhas como freqüência e agilidade, para dificultar a percepção de minhas ações.

Posso não sair vitorioso nas incursões e defesas, mas não sairei derrotado facilmente, e muito menos sem causas estragos significativos.

Às armas, cidadãos!

SE VOCÊ ESTÁ DIZENDO...


(Via Cosme Rímoli e Globoesporte.com)


"Era um Mundialito.


Mas, sinceramente, muitos jogadores do nosso time ficavam acordados até as 5 horas, 6 horas.


O pessoal não dormiu, muitos vieram aqui a passeio.


Além do mais, os times europeus enfrentaram um calor enorme.


O pessoal do Manchester United, então, lá no Rio, ficava só na piscina tomando cerveja".

Roberto Carlos, lateral do Corínthians, se referindo à "seriedade" com que os times europeus lidavam com o Mundial de Clubes da FIFA, em 2000, vencido pelo Corínthians.

Repetindo: Roberto Carlos é jogador do Corínthians.

Veja alguns recortes de Cosme Rimoli sobre aquele torneio:

" Acompanhei, na primeira fase, justamente os jogadores do Real Madrid, que ficaram em São Paulo(...) os espanhóis estavam contrariados(...) Estavam irritados com o calor(...) Lindas mulheres estavam, por coincidência, por supuesto, no luxuoso hotel do Real Madrid (...) O espírito era de raiva e de pressa para voltar para a Espanha. (...) As farras noturnas estavam presentes nas olheiras dos jogadores pela manhã (...)


E encontrei a delegação do Manchester United. Não no treino. Mas na danceteria Nuth. A grande estrela era Beckham. Ele e seus companheiros de time estavam simplesmente celebrando a eliminação do torneio (...) Todos beberam muito. Ao final da noite, Beckham terminou bêbado, sentado na calçada, esperando o ônibus para levar o time de volta ao hotel. (...)


Ou seja: Roberto Carlos não estava menosprezando o Mundial do Corinthians. Os europeus realmente não deram a menor importância para o torneio que a Fifa resolveu fazer no Brasil. E os obrigou a disputar.


O Corinthians é o digno campeão. Jogou com todo empenho e seriedade."

Em tempo: Roberto Carlos, como de hábito, não sustenta o que diz. Pressionado, disse pela twittcam, que Mundialito em espanhol significa Mundial. Talvez tenha se esquecido que deu a entrevista para a ESPN Brasil, não para uma televisão espanhola.

No site do corínthians, ele tentou corrigir o incorrigível:

“O Corinthians é campeão legítimo do Mundial e eu não tive a menor intenção de desmerecer a conquista do clube. Só disse que, na verdade, os clubes europeus valorizam mais a Champions League que o torneio intercontinental”

Roberto Carlos disparou contra jornalistas. Ao ser chamado de “tonto” por Elias, por pedir a palavra, ele aproveitou o gancho:

- Tonto é o cara do Globo.com, aquele idiota que não sabe espanhol e colocou aquela besteira depois de uma entrevista tão boa que eu fiz. Mundialito em espanhol é Mundial. Só que lá Mundial é o de seleções. Eu fico nervoso com pessoal de jornal (sic).

Ronaldo exigiu uma retratação da Globo.com:

"O que ele quer dizer é que não desmereceu. E o pessoal do Globo.com que está nos assistindo favor se retratar"

Mas Roberto Carlos volta a falar:

- Mundialito tem a mesma importância. Aí aquele jegue do Globo.com coloca aquela besteira. Ele nem colocou o nome dele, é um safado, nem assinou (Nota da Globo.com: repórteres assinam matérias que apuram e não em conteúdo de divulgação como foi a entrevista de Roberto Carlos a um canal de televisão). Na hora da pergunta, soltei “Mundialito”, mas não é nada demais. O cara foi mal-intencionado, não poderia trabalhar num veículo de informação. Não quero demitir ninguém, só quero que ele se retrate.

(Nota da Globo.com: Roberto Carlos disse neste sábado que o título tem a mesma importância, mas na quinta-feira afirmou que “para o futebol europeu não é importante aquele título” e que “os caras (europeus) vieram aqui (ao Brasil) a passeio”)

Conclusão é que Roberto Carlos está pronto para entrar na política: diz uma coisa, tenta negar que disse, e ainda xinga quem noticia o que havia dito.

Seria bom que o dito jogador também procurasse se informar sobre regras de jornalismo, para não passar a vergonha de ser humilhado em público.

Encerrando: Roberto Carlos deveria ter a humildade que costuma lhe faltar, admitir que errou ao dar as declarações, e não pôr a culpa nos outros pelos próprios erros.