sábado, 24 de setembro de 2011

CORRENDO POR AÍ




Entrei nesse ano com 89 quilos, com o corpo pesado e acima de tudo, enferrujado. Minhas tentativas de sair do sedentarismo fracassaram com essa fardo que literalmente carregava com muito custo.


Jogar futebol não dava mais, até pela prática perdida com a interrupção da atividade contínua desde 2001, e correr era uma tarefa trabalhosa.

E enfim, tomei uma atitude no início do ano, e levei-a a sério: 11 quilos perdidos entre Janeiro e Março, ao ritmo de um por semana. Com os problemas de Julho, desci até preocupantes 76 quilos, até me estabilizar entre 78 e 79.

Pus na mente que correria as 10 Milhas de 2012, e comecei as caminhadas alternadas com corridas de curta distância, pelo menos três vezes por semana. Para isso, me preparo com alongamento, aquecimento e principalmente, um tênis adequado.

Só preciso aprender a correr sem música.

Me restam dez meses e meio, e para as Dez Milhas, preciso sair da exclusividade do circuito plano, sem forçar demais. O corpo é como uma máquina que tem os seus limites.

Até lá, estarei às portas dos 34 anos, e pretendo fazer o circuito em uma hora e meia.

Quem sabe.

ONU, QUAL A UTILIDADE?



Um desses pseudo-intelectuais de rede social afirmou um dia desses que a ONU é a maior ONG, ou ainda o principal cabide de empregos do mundo. Pedir perdão por essa asneira é desnecessário, até porque se é ruim com ela, pior seria sem ela.


O que a ONU precisa é de uma completa reforma: sua estrutura é velha, e como qualquer máquina administrativa, se engessa caso não se transforme, e como não se transforma estruturalmente desde a sua fundação...

As Nações Unidas foram constituídas no pós-guerra, moldadas pelos principais vencedores do conflito, e mais adiante, desdobrada em vários organismos (FAO, UNICEF, AIEE) que são extremamente úteis quando afinados. O Conselho de Segurança é seu ponto nevrálgico, e também o mais excludente, constituído por dez membros rotativos e cinco permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, França e Inglaterra), e é alvo da pretensão de potências regionais, como Brasil e Índia de uma cadeira permanente, embora boicotados, abertamente ou não , por seus vizinhos.

Até a reforma do Conselho de Segurança é urgente, até porque por estatuto, qualquer de suas resoluções vetada por qualquer membro permanente, e mesmo assim, suas decisões não são de todo aceitas por partes belingerantes.

Até mesmo a pretensão brasileira deve ser revista: ao invés da sua inclusão no Conselho de Segurança, a diplomacia tupiniquim deveria lutar pela reforma da entidade que o abriga, e encontrar o equilíbrio para permitir a representatividade de nações menos expressivas, mas que não haja o seu uso para barganhas, como acontece no Legislativo brasileiro.

A tarefa é difícil, as negociações seriam amarradas e sem garanti de sucesso, assim como foi na Conferência do clima, na Dimamarca, em 2009. Chegar ao ideal não será possível, mas avanços são necessários.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

CONTAS DESNECESSÁRIAS



Vettel já é bicampeão mundial, a menos que aconteça um milagre. Pode ser em Cingapura, pode ser no Japão ( mais possível), pode ser depois. Ou seja, mais fácil o América Mineiro ganhar o Brasileirão desse ano, do que Vettel não sair vencedor dessa temporada.


O Vettel de 2011 é mais consistente, mais maduro, e porque não, mais rápido que o Vettel de 2010, quando quase jogou um título fora por conta de besteiras e inconsistência. Esse ano, subjugou de vez Webber, se impondo como a estrela do time, e ainda soube se aproveitar do (muito) melhor carro da Fórmula 1.

Enquanto Vettel disparava, a Ferrari não conseguia dar a Alonso um carro em condições de acompanhar a Red Bull, a ponto de o espanhol se desdobrar para a se apenas lutas pelo vice; e a Mclaren se apoiava na regularidade (insuficiente) de Button e no impetuosidade (excessiva) de Hamilton.

É muito cedo para dizer que Vettel será o sucessor de Schumacher, embora estatisiticamente seus números de começo de carreira são melhores. Tudo isso vai depender do carro que estiver em suas mãos, e se a Red Bull continuar com a melhor combinação piloto-carro-motor, seu reinado será longo.

E para completar a combinação, um companheiro de equipe que parece se conformar com a sombra, mas não se espera moleza o resto da vida. Mclaren e Ferrari têm tradição e pilotos de qualidade.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

MAS, JÁ?



Aridélson Bianchi reclamou em público de cobranças que vinha sofrendo em reservado, e a primeira derrota na Copa ES, diante do Capixaba, apenas expôs os problemas estruturais que a renascida Desportiva Ferroviária ainda sofre.

Demitir o técnico reclamão, mas líder de seu grupo no torneio não foi errado: houve quebra de hierarquia, e se a cobrança fosse em particular, a resposta deveria ser da mesma forma.

A liderança, assim mesmo, não é folgada: os grenás têm sete pontos, com Vilavelhense, Rio Branco e Capixaba logo atrás, com sete.

O início pode ter sido ilusório, já que o objetivo era preparar o time para a Segundinha do ano que vem, mas os três primeiros resultados foram animadores. Sonhar não custa, mas desde que seja com os pés no chão.

Mauro Soares, volante grená nos anos 90 é o novo treinador, sem muita experiência (seu último trabalho foi no GEL), mas com identificação com o clube, algo muito importante nesse período de ressurgimento. Mauro pode ser o Guardiola grená, assim esperamos.

O trabalho de Aridélson, demissão à parte , pode ser avaliado como positivo, apesar de eu achar que ele era meio folclórico (lembro-me nos anos 90, quando ele passou um dia andando pelo Kléber Andrade pagando promessa). Trocar o treinador é uma decisão aceitável e esperada, mas as suas reclamações não deixam de ter razão.

E que a locomotiva não descarrilhe.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A HISTÓRIA CONTINUA...




Já era louco por História, mesmo quando ainda nem imaginava lecioná-la.


Em História factual, era um tanto quanto autodidata. Aliás, sei lá porque sou bom de memória.

Na ordem cronológica, meus professores foram: Nelson, Marcondes, Thaís, Elenir e Gesileni; para o bem ou para o mal, foram as minhas referências. Dentre eles, a Gesileni foi o meu espelho: quando entrei na Graduação, pensava que se fosse professor, seria como ela.

Mais adiante, na Graduação, me chamava a atenção o sarcasmo de André Pereira, o deboche de Luiz Antônio, a criticidade de André Malverdes, a dedicação de Ricardo, o rigor de Vânia Maria, entre outros. Tento ser um amálgama deles.

Seria arrogância minha pensar que influencio o pensamento, ou mesmo a forma de meus alunos agirem na escola, até porque preciso evoluir. O eu de 2011 precisa ser melhor que o eu de 2010, assim como o de 2012 precisa ser melhor que o de 2011...

Duas de minhas aluna, Taylanne e Luanna pretendem ingressar no curso de História ano que vem. Espero não ter pelo menos não ter atrapalhado na escolha, e estou à sua disposição para o que for necessário, que tenham boa sorte e que prossigam a História onde quer que estejam.

Que elas busquem a forma de trabalho que mais lhe agradem, e que usem a História para escrever a sua própria História, uma longa estrada com idas, vindas e bifurcações.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

NÃO PRIEMOS CÂNICO



Na última semana, o Barcelona empatou com a Real Sociedad e com o Milan (ambos por 2 a 2) . Antes que viesse o prenúncio de uma temporada desastrosa, uma sonora goleada (8 a 0) sobre o Osasuna serenou os ânimos, que foram ainda mais acalmados após a derrota do Madrid para o Levante. Se Betis e Valencia lideram a Liga, pelo menos o Barça está a frente do seu mais que provável adversário na busca pelo tetra.


Nem tão bem, nem tão mal. Assim pode ser resumido o começo de temporada culé. O empate sofrido (isso mesmo, empatar em casa tomando um gol nos acréscimos) contra o Milan pode fazer falta no saldo de gols, a menos que Viktoria Plzen e BATE Borisov aprontem como Dynamo Kyev e Rubin Kazan fizeram há dois anos, quase eliminando Barça e Inter ainda na primeira fase.

Guardiola ainda testa o time, adequando-o no início de temporada ao revezamento de jogadores e de esquemas que pretende implantar até o final dela. As contusões de início de temporada forçaram às improvisações, inclusive Busquets e Mascherano, uma dupla de volantes que foi parar na zaga por falta de opções e pela falta de confiança em Bartra, e pela recusa de pôr Abidal (mais adaptado) por lá.

O ataque, registre-se, continua muito bem, inclusive David Villa e Pedro, que não terminaram a temporada passada tão bem quanto começaram.

Problemas virão, e espero que soluções também.

domingo, 18 de setembro de 2011

BLOG PORCARIA








A Blogosfera é fantástica, principalmente se compararmos a sua “sujeira” com a “mídia limpinha”. Não que os blogueiros não sejam tendenciosos, mas são muito mais sinceros, tanto da direita como da esquerda. Nem todos esses últimos não são financiados pelo PT, como afirmam detratores direitopatas; nem todos os primeiros são financiados pelo Capital, como dizem os esquerdoides.


E a blogosfera é ainda mais especial quando se refere ao meio esportivo, mesmo como todos os acertos e erros, embora a maioria seja confiável, mesmo que se discorde do que escrevem.

O caso a ser analisado é o Blog Jornaleiros Esportivos, escrito a partir de São Paulo. Lendo o título, deduz-se que é uma crítica á imprensa, o que parece ser uma coisa bem interessante, mas a sequência escancara um espaço bem mais porcaria do que aqueles que critica.

Trata seus inimigos como abutres; inimigos esses que “por coincidência” são críticos da diretoria corinthiana. Os ‘antis” são liderados pela ESPN, pelo UOL, pelo Lance. Defensores da mesma diretoria passam batidos pela crítica.

Jornaleiros Esportivos segue a mesma linha do Blog do Silvinho, de Sílvio Romoaldo Júnior, que faz esse mesmo servicinho sem alegar isenção.

Apesar de ser uma porcaria, vale a pena ler esse blog, pelo menos para identificar lixos semelhantes.

Nem tudo na Blogosfera reluz.