segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A DESSELEÇÃO DO BRASILEIRÃO


A temporada 2011 está por começar, mas as “Seleções” dos Melhores de 2010, continuam sendo formadas. Melhores disso, melhores daquilo, e melhores naquilo outro.

Contrariando tudo isso, resolvi fazer uma “Desseleção” com os piores do Brasileiro-2010:

Fábio Costa (Atlético-MG): Fábio era uma herança maldita da era Marcelo Teixeira que permanecia na Vila Belmiro graças à dívida monstruosa que o clube tinha com o jogador. Depois de uma longa contusão sucedida por uma geladeira, Fábio foi levado para o Atlético por Luxemburgo para solucionar os problemas do gol, depois dos fracassos de Carini, Aranha e Marcelo. O problema só foi resolvido quando Renan Ribeiro, goleiro da base, foi lançado ao posto de titular. A batata quente foi devolvida ao Santos.

Belletti (Fluminense): oito anos de Europa, títulos por Barcelona e Chelsea, Belletti mal foi notado no campeão brasileiro. Contundido, ainda teve tempo de sentar no banco no último jogo. Pelo menos, pôde acrescentar um título ao seu currículo.

Álvaro (Flamengo): contratado para ser o sucessor de Fábio Luciano, Álvaro teve uma boa participação no Brasileiro de 2009, mas seu ano seguinte foi tão ruim, que lhe valeu primeiro a reserva, depois, a dispensa.

Thiago Heleno (Corínthians): indicado por Adílson Batista, Thiago foi tão mal, que foi apontado como um dos responsáveis pela queda de rendimento do time. Com a saída do treinador, foi posto no ostracismo. No final do ano, sua possível transferência para o Palmeiras foi comemorada pelos corinthianos. Daí, você tem uma idéia do prestígio do jogador.

Juan (Flamengo); Juan chegou a ser cotado para a Copa de 2010, e vinha em uma boa sequência no Flamengo, até seu prestígio ruir nesse ano. Vaiado pela torcida, e vendo a diretoria não tendo nenhum interesse em mantê-lo, Juan preferiu esperar uma proposta do mercado europeu, que não veio. O jeito foi se mandar para o São Paulo.

Pierre (Palmeiras): ano passado, Pierre era o cão de guarda da defesa alviverde. Desejado pelo mercado internacional, recebeu um aumento considerável de salário e teve boa parte de seus direitos adquiridos para segurá-lo no Parque Antártica. Se a queda do time foi impressionante, a de Pierre mais ainda, tanto que encerrou o ano na reserva, e fora do posto de um dos poucos queridinhos da torcida.

Richarlysson (São Paulo): jogador polivalente e mais um cotado para a Seleção, foi um dos retratos da queda de rendimento do tricolor em 2010. Desvalorizado no mercado e no clube, jogou a sua pá-de-cal na sua passagem pelo Morumbi com a ridícula e forçada expulsão contra o Fluminense, clube para o qual era cotado. Terminou o ano no Atlético Mineiro, buscando recuperar seu prestígio.

Lúcio Flávio (Botafogo): há muito tempo, o meia não era mais unanimidade em General Severiano, e mesmo quando o time ia bem, a torcida pegava no seu pé. Em 2011, provavelmente, iria para a reserva, se não fosse a sua transferência para o Atlas, do México, onde foi recebido como o “Pelé Branco”...

Leandro (Grêmio): outro polivalente que não deu certo. Sua temporada foi desastrosa, tanto que se tornou um peso financeiro desnecessário para a diretoria tricolor, e uma transferência não seria de todo indesejável.

Souza (Corínthians): teve muitas chances de provar ser o reserva útil necessário para Ronaldo, mas decepcionou, assim como fizera em 2009. No auge da crise no ano, com a demissão de Adílson Batista, era tão perseguido, que pediu para ser afastado. Não tendo quem bancasse o seu polpudo salário, restou à diretoria corinthiana emprestá-lo ao Bahia, a custo zero e bancando boa parte dos salários.

Keirrisson (Santos): o K9 saiu do Coritiba para o Palmeiras como uma promessa de craque. Depois de um início estonteante e uma sequência cambaleante, conseguiu uma transferência para o Barcelona, onde só vestiu a camisa e não jogou. Fracassou no Benfica e na Fiorentina, e sem espaço na Europa, voltou para o Brasil para se recuperar no Santos. Acabou o ano afetado pelas contusões e na reserva de Zé Love.
Técnicos: Vanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari. No início da década, dirigiam times vencedores, e tinham que explicar vitórias, e não fracassos, como ocorreu esse ano. Desempenhos incompatíveis com seus salários.

Dirigente: Alexandre Kalil. Começou o ano prometendo um Galo campeão e terminou comemorando a escapada do rebaixamento e o fato de o Cruzeiro não ser campeão brasileiro.

Menção desonrosa: Internacional. Tá certo que o vexame contra o Mazembe não foi no Brasileirão, mas foi um daqueles papelões épicos.