sábado, 16 de julho de 2011
PALAVRAS QUE MACHUCAM
Ontem, eu estava em uma celebração de aniverário de uma aparentada, com pessoas com que eu convivo, outras que eu conheço, e mais algumas que mal sei quem é. Normal até aí.
Sentados em uma mesa, conversávamos sobre filho, planejamento familiar, gravidez e suas consequências... enfim, amenidades normais e corriqueiras, até que uma mulher falava sobre a dádiva de dar a luz. Disse que seu sonho era engravidar de novo, o que está tudo bem.
Até que interrogada sobre a possibilidade de adotar, a pessoa se transtornou, como se tal ato fosse uma praga, como se o filho adotado não fosse filho completo, como se ser mãe adotiva não fosse mãe completa.
Não escondo de ninguém que fui adotado quando nasci. Sou um caso de "adoção à brasileira": fui adotado e registrado como filho biológico, e criado sem nenhuma diferenciação. Inclusive, minha mãe tem um filho biológico, que considero meu irmão sem nenhuma restrição, assim como minha mãe não diferencia nenhum de nós pelo tratamento.
Nunca fui diminuído, nem me senti menor por minha condição. Pelo contrário, por vezes levo na brincadeira, e acho curioso que meus amigos estranhem a minha falta de curiosidade em desvendar "minhas origens". Fui filho único de minha mãe até a adolescência, e talvez isso só tenha me despertado um pequeno interesse em saber quem são meus possíveis irmãos.
Conheço com uma pessoa que adotou uma criança e fala disso como se fosse uma dádiva que a vida lhe deu. Poucas pessoas eu vejo falar da adoção com tanto entusiasmo.
As palavras me machucaram no coração, me deu vontade de reagir, mas preferi ficar quieto. Primeiro, as palavras desncessárias não merecem reação, de tão estapafúrdias que são; segundo, porque as pessoas em torno e o ambiente aprazível não mereciam uma discussão em potencial que se poderia se desenvolver.
Só resta lamentar que ainda existam pessoas que pensam assim.
POR QUE TORCEREI PARA O URUGUAI?
"Como é possível? Somos um país com 3 milhões de habitantes, contra um Brasil de 190 milhões capaz de formar craques em escala industrial. Pela lógica, nunca chegaríamos a lugar algum no futebol. Por isso cada vez me convenço mais: somos inexplicáveis" (EDUARDO GALEANO, escritou uruguaio ao jornalista Diogo OLivier, do http://wp.clicrbs.com.br/noataque/?topo=13,1,1,,,13)
"Para mim, não é o futebol do Uruguai que entra em campo quando a Celeste joga. É o próprio país. No Uruguai, somos 3 milhões de habitantes. Três gatos loucos, como a gente diz. O Uruguai só é conhecido lá fora por causa de gente como Ghiggia, Schiaffino e tantos outros. Nenhuma indústria dá tanto dinheio ao nosso país como a transferência de jogadores. Então, temos de respeitar esse passado. Para mim, não há diferença, não. É o meu país que estou defendendo" (PABLO FORLÁN, no livro Tricolor Celeste)
sexta-feira, 15 de julho de 2011
EM BUSCA DA FAMA
http://noticias.r7.com/blogs/o-provocador/2011/07/15/modelos-de-arquibancada-querem-constituir-familia/
Modelos de arquibancada querem constituir família .
Essa onda de torcedoras seminuas em jogos de seleções veio pra ficar, ao que tudo indica. Que fique bem claro, sou a favor. Mas não deixa de ser uma nova era que se anuncia. As peladas saíram dos gramados e se empoleiraram nas arquibancadas.
Virou mania mulher fazendo pole dance em estádio. A grande musa dessa nova tendência é a paraguaia Larissa Riquelme, que se lançou para o submundo das celebridades durante a Copa do Mundo de 2010. Teve peito, a moça. Criou uma legião de seguidoras.
Sinto um pouco de vergonha alheia quando observo essas meninas, admito. Devem estar procurando marido. Ou coisa pior, se é que existe. Desnudar-se diante de milhões de pessoas exige muito mais desespero que vaidade.
OK. Essas marias-chuteiras podiam estar roubando, podiam estar matando. Mas não, apenas desfilam seus corpos como se fosse algo natural, saudável e gentil. Vivem para fazer os marmanjos felizes.
O futebol, definitivamente, se tornou um atalho de ascensão social. Financeira, com certeza. Era natural que as moças bonitas e sem emprego fixo usassem estádios como palco para exibir seus talentos mais evidentes. Uma modelo sem passarela tem que ir aonde o dinheiro está. Vai que um jogador olha pra cima...
No fundo, isso é sintoma da grave doença social que se tornou o sucesso a qualquer preço. Os tais 15 minutos de fama estão sendo transferidos das telas de TV para um quarto de hotel com algum zagueiro ou centroavante milionário. Sei que estou exagerando: talvez uns 30, 45 minutos. Atletas devem ter mais fôlego.
É muito romântico tudo isso. Porque, no fundo, o que as modelos de arquibancada querem é constituir família. Elas, inclusive, têm um profundo instinto maternal. O que elas sonham mesmo é em ter filhinhos com seus ídolos mais amados. Quanta ternura.
BEM FEITO
Do Blog do Juca
Deu no Lancenet! (e eu vou mudar meu título de eleitor para o Amazonas):
Teixeira merece medalha do presídio’, diz deputado do AM
Parlamentares rejeitam proposta que concederia título de ‘Cidadão Amazonense’ ao presidente da CBF, alvo de denúncias
Por Daniel Leal
Publicada em 13/07/2011 às 15:29
A Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) rejeitou a proposta de concessão do título de “Cidadão Amazonense” ao presidente da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa-2014 (COL), Ricardo Teixeira. Segundo o deputado Marcelo Ramos (PSB), que votou contra a solicitação, o dirigente “merece receber uma medalha do Presídio do Puraquequara ou do Ipat”, penitenciárias estaduais.
- Seria uma vergonha para o povo do Amazonas caso essa honraria fosse concedida a ele. Já temos nossos gângsters aqui, não precisamos importar mais – afirmou o parlamentar ao LANCENET!.
A proposta de concessão da honraria foi apresentada pelo deputado Wanderley Dallas (PMBD-AM), ainda em 2009. No entanto, somente agora a presidência da Aleam determinou a formação de uma comissão especial para análise da solicitação. Por três votos contra, um a favor e uma abstenção, esta foi negada.
Para o presidente da comissão especial, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), foi evitado um “constrangimento ao poder legislativo”.
- Há uma série de questões mal resolvidas, denúncias nacionais e internacionais, acusações que pesam contra o presidente. Nenhum parlamentar com quem conversei estava à vontade para chancelar essa concessão, ainda que reconheça que ele teve, até certo ponto, participação importante na escolha de Manaus como sede da Copa – afirmou Rotta, que também votou contra.
Relator da comissão especial, o deputado Francisco Souza (PSC-AM) foi favorável à concessão do título. O parlamentar comandou as visitas técnicas feitas pela Fifa para a escolha das sedes do Mundial. Por meio de sua assessoria, Souza afirmou que Teixeira merecia a honraria “por seu empenho e esforço pelo Amazonas desde quando Manaus era candidata até sua confirmação.”
Responsável pela iniciativa, Wanderley Dallas chegou a tentar agendar, em outubro de 2009, uma visita ao dirigente para alinhar detalhes da solenidade de entrega do título. Nesta quarta, ele voltou a defender a já rejeitada proposta em plenário. O parlamentar não foi encontrado pela reportagem do LANCENET! para comentar o caso.
por Juca Kfouri às 21:20
SEM CHANTAGEM
Tenho ouvido com muita frequência que "quando o jogador quer sair, não há o que fazer". Isso mesmo quando o jogador ainda tem anos de contrato à frente e um belo salário. Uma situação que os clubes precisam lidar - e se impor.
Expressão repetida recentemente por Patricia Amorim, a quem interessava que Kléber tumultuasse o ambiente de tal forma que sua permanência no Palmeiras se tornasse insustentável.
Kléber fez o que podia, o que não podia e mais um pouco ainda para tumultuar e conseguir ou um gordo aumento, ou uma transferência para o Flamengo (que daria a ele o aumento). No Tottenham, Luka Modric pediu formalmente para ser negociado, com o Chelsea fazendo proposta de 30 milhões, mas os Spurs não querem vendê-lo. Tevez foi outro que formalizou seu pedido apra sair do Manchester City, mesmo sendo o jogador mais bem pago da Premier League. Todos tentam forçar a saída. Todos têm bons contratos com seus clubes.
É preciso lembrar: esses jogadores assinaram contratos longos. Têm bons salários. Os seus clubes investiram e investem neles. Por isso, os clubes têm todo direito de querer que seus jogadoresm fiquem e cumpram seus contratos.
Imagine a seguinte situação: se jogasse muito mal a ponto de brigar por um cantinho no banco de reservas, Kléber ou os outros jogadores citados aceitariam uma redução salarial? Se ele ganha metade do que ganha Valdívia e ainda menos que o pouco aproveitado Lincoln, devria ter se atentado a isso antes de assinar contrato.
Kléber tem direito de pedir aumento, assim como o Palmeiras tem o direito de negar e fazer valer o contrato já assinado. Modric pode querer ir para um clube que dispute títulos, mas o Tottenham, que não precisa do dinheiro da transferência, tem o direito de querer que ele fique e ajude o clube a voltar à Liga dos Campeões.
Tevez quer ficar perto da família, algo que a maioria das pessoas também gostaria, mas o City pode exigir que o seu capitão e o artilheiro da Premier League continue, já que pagou caro por ele e paga o melhor salário do país a ele. É legítimo.
É preciso que os jogadores tenham profissionalismo. Querer sair do clube é compreensível, mas que o clube faça valer o contrato que o própio jogador assinou também é absolutamente legítimo. Esses jogadores recebem salários de superestrelas que poucas pessoas no mundo poderiam ganhar. Esse é o benefício pelo que fazem em campo. Só que há uma contrapartida: é preciso cumprir aquilo que se assina.
Ou será que a assinatura (que tem o mesmo valor da palavra dada) não tem mais valor?
O momento é propício para os clubes fazerem valer os contratos altos que têm com os jogadores e mostrar que, não, o jogador não pode rasgar um acordo que ele mesmo assinou porque está insatisfeito. Contratos são feitos para serem cumpridos. Se o jogador está insatisfeito, que pague sua multa rescisória. Ou então fique no clube, cumpra suas obrigações, treine e jogue normalmente.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
MELHOROU, MAS NÃO O SUFICIENTE
Depois de uma péssima primeira etapa, o Brasil se recuperou no segundo tempo e venceu o Equador por quatro a dois, classificando-se para a próxima fase da Copa América.
Maicon, sem dúvida, fez a diferença.
A Seleção Brasileira foi lenta demais no primeiro tempo, sem criatividade, olhando o adversário jogar.
Cometeu os mesmos erros de embolar jogadas pelo meio enquanto o Equador, último colocado do grupo, tocava a bola com consciência, levando mais perigo em seus ataques.
Aos 10 minutos tivemos o primeiro bom lance de uma partida pobre, quando Arroyo arriscou da intermediária, para defesa tranqüila de Julio Cesar.
Quando os equatorianos dominavam as ações, aos 28 minutos, André Santos levantou a bola da esquerda, na cabeça de Pato, que abriu o marcador.
O gol tranqüilizou o Brasil que melhorou um pouco no jogo e quase ampliou aos 36 minutos, em jogada de Maicon, cruzando rasteiro para Robinho, de primeira, carimbar a trave esquerda do goleiro.
Porém, um minuto depois, Caicedo chutou da entrada da área brasileira, Julio Cesar caiu tarde e a bola passou embaixo de seu corpo.
Que frango !
Empolgados, os equatorianos foram para o ataque e quase ampliaram, aos 44 minutos, em boa defesa de
Julio Cesar na batida de Arrojo, para no rebote o ataque do Equador desperdiçar.
O gol logo no início do segundo tempo, aos 4 minutos, de Neymar, recebendo passe preciso de Ganso, mudou o panorama do jogo.
Os equatorianos tiveram que partir para cima, e o Brasil soube explorar os espaços no contra-ataque, quase todos pela direita, numa grande atuação do lateral Maicon.
Tomou um susto, aos 13 minutos, quando novamente Caicedo empatou o jogo, cortando Thiago Silva e contando com nova falha do goleiro brasileiro.
Mas, dois minutos depois, Pato, aproveitando-se de rebote em batida de Neymar, desempatou novamente.
O Equador se abateu e o jogo ficou nas mãos do Brasil.
Com mais espaços, ver Ganso dominar as bolas e dar passes açucarados aos companheiros era um deleite.
Sem dificuldades, o Brasil ampliou aos 26 minutos, em mais uma boa jogada de Maicon, que cruzou da direita para Neymar marcar novamente.
Daí por diante virou uma festa, com direito até a gol de Robinho mal anulado pela arbitragem.
Mesmo assim, o próximo jogo do Brasil será contra o Paraguai, bem diferente da moleza de hoje, e, se entrar jogando como no primeiro tempo, corre o risco de voltar mais cedo.
Chegou a hora mostrar mais futebol se realmente quiser voltar com o tri-campeonato na Argentina
quarta-feira, 13 de julho de 2011
terça-feira, 12 de julho de 2011
UM ANO DEPOIS...
Nesta segunda-feira, 11 de julho, faz um ano que a seleção espanhola venceu a Copa do Mundo, data comemorada por boa parte do país (outra boa parte, os separatistas, ignoraram). O título, como resultado, marca também o dia da morte de um discurso irritante, preguiçoso e simplista. Não se fala mais que a Espanha é "amarelona", não há mais como falar, e imagina-se que as derrotas a partir de agora serão analisadas de uma maneira mais técnica e objetiva.
A conquista foi importante, o resultado foi maravilhoso, mas a arte que muita gente esperava ver desse time não apareceu. A Espanha dominou a posse de bola da maioria das partidas com seu meio-campo genial, mas o fato é que ganhou todos os jogos das fases eliminatórias por 1 a 0. E teve boas chances de perder contra o Paraguai, contra quem fez um gol de contra-ataque. Contra a Alemanha, o gol de Puyol foi de bola parada (Dunga era execrado por só fazer gols assim).
A filosofia de jogo do time foi a mesma, por exemplo, do Brasil campeão de 1994, campeão com Carlos Alberto Parreira, que focava na posse de bola, mas tinha um meio-campo muito pior e um ataque bem superior com Romário e Bebeto. Parreira, no entanto, foi criticado mesmo após a vitória.
Na Espanha, eles não deram a mínima para isso. Queriam ganhar, e só. Fazer mais gols do que o adversário e levantar a taça. Naquele momento, o que importava era o resultado, o objetivo mais primitivo do futebol, o único imune às frescuras nossas de cada dia. Ou alguém acha um absurdo supor que Xavi e Iniesta não teriam o mesmo prestígio se aquele pênalti do Paraguai entrasse?
segunda-feira, 11 de julho de 2011
CONSTATAÇÕES PÓS-GP
Terminado o GP da Inglaterra, completamos a metade da temporada, e podemos chegar à algumas constatações:
1. Vettel, a menos que ocorra alguma coisa de extraordinário, deverá ser campeão com um pé nas costas. me arrisco a dizer que na Itália ou em Cingapura, no mais tardar, no Japão.
2. A reação da Ferrari é tímida, mas bem-vinda. Alonso, para mim o melhor piloto em atividade, pode tirar um pouco mais da diferença em relação à Red Bull.
3. Um pouco abaixo de Alonso, Vettel e Hamilton, não necessariamente nessa ordem. Vettel dirige competemente um foguete, e Hamilton, se tiver a cabeça no lugar, pode arrancar bons resultados.
4. Massa e principalemente Webber, são as decepções da temporada. Não é surpresa que os dois são preteridos em suas equipes, como ficou claro na negativa da Red Bull em permitir que Webber partisse para cima de Vettel na busca pela segunda posição. Talvez seja melhor que o australiano busque outros ares.
5. Se Webber ficar mesmo na Red Bull e Massa na Ferrari, e como consequência do primeiro, Hamilton na Mclaren, o mercado de especulações nas equipes grandes se encerra, a menos que Schumacher abra uma vaga na Mercedes.
6. No escalão do meio, nenhuma novidade e grande importância, a não ser um grande ponto de interrogação sobre a volta de Kubica, e o anúncio que a Williams terá os motores Renault ano que vem.
7. No andar de baixo, Ricciardo estreou no Hispania. Ou ele não é nada disso, ou o carro "alugado" pela Red Bull é tão ruim que não deu para o australiano mostrar serviço
domingo, 10 de julho de 2011
RIDÍCULA ATUAÇÃO
Após mais uma atuação horrorosa, a Seleção Brasileira tem que agradecer aos céus pelo empate injusto contra o Paraguai, pela Copa América.
Numa primeira etapa amplamente dominada pela equipe adversária, o Brasil só conseguiu sair na frente do marcador em um gol achado de Jadson, que jogava mal como todo o restante do time.
Os Manos do Mano foram para o intervalo com uma injusta vitória.
No segundo tempo fez-se justiça com a virada paraguaia, em duas bobeadas da defesa brasileira, que Roque Santa Cruz e Haedo não perdoaram.
Daí por diante viu-se um Brasil desorganizado, apático e que tentava empatar na base de chuveirinhos.
Por sorte, aos 44 minutos, Ganso encontrou Fred na entrada da área que, oportunista, bateu no canto direito do goleiro, evitando o desastre maior.
O Brasil joga agora contra o Equador com a obrigação de vencer a partida se quiser passar para a segunda fase do torneio.
Depois disso, a Venezuela venceria o Equador, e assumiria a liderança do grupo. Ou seja, se quiser ser líder, além da vitória, o Brasil precisa torcer por uma derrota dos compatriotas de Hugo Chavez.
Sinal dos tempos.
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