sexta-feira, 5 de novembro de 2010

SOBRE O JOGO DE EQUIPE


A ordem de equipe para que Massa abrise caminho para Alonso na Alemanha pode ser decisva para o campeonato?

Por enquanto não. O espanhol tem onze pontos de vantagem para Webber, e se tivesse terminado a corrida em segundo, essa vantagem ainda seria de quatro.

Mas, como escrevi "por enquanto", pode ser decisivo, sim.

É consenso no circo que a Red Bull tem mais carro que a Ferrari, e que esses sete pontos podem fazer a diferença.

Mas, o tema desse post é o tal jogo de equipe. Pode ou não pode?

Primeiro, deixemos de lado a pachecada da Globo, revoltada por um brasileiro ceder passagem para um estrangeiro por ordem da equipe. Até porque na Itália, a ordem foi tratada como "algo normal", ou que a Ferrari pensou "no bem da equipe" ao sacrificar a vitória de Massa.

Alguns especialistas em Fórmula 1, como Reginaldo Leme e Téo José, defendem que esse jogo de equipe só pode existir em "momentos decisivos". ora esa, esse pode ter sido um momento decisivo. Fórmula 1 não é um campeonato de mata-mata, mas por pontos corridos. Avise os dois disso.

Galvão Bueno acha que não deve haver nada disso: o resultado de pista não pode ser alterado por uma ordem dos boxes, e encerrado.

Luciano Burti, ex-piloto, defende que o jogo seja liberado: afinal de contas, fica quase impossível proibí-lo. Em 2007, a Ferrari antecipou a parada de Massa no pit para que Raikkonenn vencesse a prova e o campeonato. Antiético, mas não ilegal.

Dentre isso tudo, creio que a Galvão e Burti estão certos. Ou libera tudo ou não libera nada. Até porque, como delimitar esse tal "momento decisivo"?