domingo, 26 de dezembro de 2010

FÓRMULA 1 - BALANÇOS E PREVISÕES (PARTE 4)



TORO ROSSO


A Red Bull B superou a Red Bull A em 2008, graças principalmente ao desempenho na pista de Sebastian Vettel e ao trabalho fora delas de Gehard Berger. Aí, a fábrica recomprou o controle acionário do time, “promoveu” Vettel e tratou de deixar a Toro Rosso como “irmã menor”.

Jaime Alguersuari e Sebastien Buemi são aqueles pilotos “mais ou menos”: não decepcionam, nem empolgam. Podem continuar ano que vem, se não aparecerem opções melhores, e podem sair, sem deixar saudades.

Para o ano que vem, a parceria da Red Bull com a Lotus (ou One Malaysia) pode colocar a Toro Rosso no risco de deixar até de ser a segunda equipe da fábrica de energéticos. Além do mais, uma possível crise financeira da Red Bull ou um “redirecionamento da política de investimentos” pode extinguir a equipe.


VIRGIN

A Manor se tornou Virgin antes do início da temporada graças à grana de Mister Branson. Como uma das três pequenas, pagou um mico enorme esse ano. Na segunda parte da temporada, andou mais próxima da Lotus, se é que isso pode ser um elogio.

Timo Glock andou quase o ano todo à frente de Lucas di Grassi, o que lhe valeu uma renovação de contrato para o ano que vem. A equipe apenas fez número no ano, andando pelo menos na frente da Hispania, o que não é nenhum elogio. Boa parte das ações da Virgin foi vendida para a montadora Marussia, e agora a equipe se chama Virgin-Marussia.

Como já foi dito, Glock continua no ano que vem. Di Grassi, considerado um “operário”, mas sem grana, fica de fora, já que a segunda vaga foi vendida para o belga Jerome D’Ambrosio, que assim como Glock, não deverá ter vida fácil.


WILLIAMS

O time do Tio Frank não conseguiu retornar á vida de equipe grande, mas pelo menos reverteu a tendência de queda, se fixando no pelotão intermediário. Especialmente em pistas de média para baixa velocidade, o desempenho até que foi bom, além do ponto alto, a pole de Hulkenberg em Interlagos, esta última muito mais por questão de estratégia do que desempenho do carro.

Rubens Barrichello parece ter se tornado um veterano utilíssimo para a equipe, e não raro, largava e/ou andava entre os dez primeiros. Hulk, apesar da pole em Interlagos, normalmente andava atrás do brasileiro, o que pesou bastante na hora de a equipe ter que abrir mão de um dos dois.

Se muita grana, e perdendo patrocínio, restou à equipe vender uma das vagas para Pastor Maldonado (powered by PDVSA, leia-se Hugo Chávez), campeão da GP 2 após quatro exaustivas temporadas. Também seria bom que a Cosworth oferecesse um motor melhorzinho.