terça-feira, 11 de janeiro de 2011

TIPOS DE PROFESSOR DE HISTÓRIA



Estou no Magistério desde 2003, e minha formação pedagógica é muito mais fruto das aulas no Departamento de História do que minhas aulas no Centro Pedagógico.


Aderi à linha da História Política. Lógico que não tenho a bagagem teórica, mas o professor e cientista político André Pereira é a minha maior influência, ao lado do professor Luiz Antônio Pinto.

Natural que me posicionasse mais à esquerda: os cursos na área de Ciências Humanas são fábricas de esquerdistas, uns conscientes, alguns utópicos e outros mais idiotas, os chamados revolucionários de McDonald’s.

Na sala de aula, nunca fui muito fã de livros didáticos, que penso que direcionam demais o trabalho do professor, embora reconheça que por vezes, é uma ferramenta única em diversos casos. Nesse ponto, apesar das divergências, gosto da linha política de Mário Schmidt, cujo título da coleção, “Nova História Crítica”, revela bem o seu pensamento.

Na sala dos professores, acabei me deparando com profissionais na disciplina de História, com as mais diversas linhas, dentre as quais posso destacar:

a) Políticos: linha na qual me enquadro. Têm preferência pela História Contemporânea, costumam abusar das aulas expositivas e de textos paradidáticos.

b) Culturalistas: não têm preferência por um período histórico, nem pela fixação em um conteúdo. Gostam de trabalhar com projetos, teatro, paródias e coisas afins.

c) Professores de cursinho: têm uma empatia incrível, bem como a capacidade de divertir seus alunos. Geralmente encontrados em cursinhos, têm uma incrível dificuldade em lidar com salas de aulas “regulares”

d) Áreas afins: quase sempre professores formados em outras áreas, dominam pouco ou quase nada do conteúdo. Por isso, se limitam, com honrosas exceções, a repetirem o que está escrito no livro didático, uma espécie de muleta indispensável.