segunda-feira, 15 de novembro de 2010

EU REPROVO A PROVA



O Enem foi reprovado. De novo.Depois do vexame que o MEC e o Inep(to) protagonizaram ano passado, e após um ano de preparação, as bobagens continuaram.

Não importa se a culpa foi da gráfica, do consórcio de empresas que organizaram o exame, ou de quem quer que seja. Pode ser até que tenha havido sabotagem, mas era dever do MEC que fosse feito de tudo (ou até mais que tudo) para que as coisas transcorressem na  maor tranqüilidade esse ano, coisa que não aconteceu.

O Enem, na sua modalidade atual, foi concebido para combater a Indústria (ou Máfia) dos Vestibulares, especialmente nas principais instituições de ensino superior, mas parece que o tiro saiu pela culatra.

Junto com o fracasso do Enem, pode sair pelo ralo o Prouni (instrumento que não acho nem de longe uma maravilha, mas que emergencialmente, é uma coisa interessante) e do Sistema de Cotas (pensamento idêntico), para um orgasmo intelectual daquela turminha que monopolizava as vagas na Academia.

A Justiça deve contrariar a Ética, validando o exame e dando nova oportunidade para os prejudicados. O nosso Judiciário por vezes tem as suas decisões norteadas pela visão da conveniência, mesmo quando a Justiça deveria ser cega. Mas o desgaste já está feito.

Em qualquer situação onde a decência prevaleça, a cúpula do MEC se demitiria (ou seria demitida) em peso, mas como um mau aluno que ganha sucessivas chances em Recuperações, a turma de Fernando Haddad sobreviverá pelo menos até o fim da Era Lula.

Lula que irresponsavelmente disse que o MEC/Inep está preparado para repetições sucessivas do Exame. Tomara que Dilma não tenha o mesmo pensamento, nem a mesma complacência