quinta-feira, 24 de junho de 2010

A CRUZADA DE KAKÁ



Antes das críticas, já aviso que sou Evangélico, e não tenho nada a ver com o que pensam os dois citados nesse post.

Kaká resolveu incorporar o espírito de perseguido disseminado por Dunga em seu elenco: partiu para o ataque contra Juca Kfouri, mandando recado através de seu filho, André, que cobre o Mundial da África do Sul.

Antes dos recados, vamos aos fatos: Kaká sofreu na última temporada européia com uma contusão crônica no púbis, ficando afastado de diversos jogos do Real Madrid, e Juca previu dificuldades para o restante de sua carreira, mirando no exemplo de Gustavo Kuerten, que depois do mesmo problema, via seu desempenho extremamente afetado pelas dores contínuas.

inclusive, Kaká caiu em contradição: primeiro, disse que estva livre das dores, para depois dizer que elas ainda o atrapalham...

Além do mais, Juca é crítico daquilo que chama de “merchandising religioso”: jogadores que comemoram vitórias com camisas com mensagens relacionadas à fé que confessam.

Esse último é o motivo do “recado” dado por Kaká, que acusou Juca, que é ateu, de perseguição religiosa.

Vamos aos erros do jogador:

1. Bastava um contato direto com o jornalista, através do meios em que trabalha (televisão, rádio, jornal, internet) para deixar clara sua posição. Usar o filho como portador de recados é mesquinho.

2. Juca tem razão ao criticar esse fervor todo. Não fica bem alguém dizer “Jesus te ama”, ou “I belong to Jesus” depois de discutir, xingar e bater boca com um adversário. Kaká é ainda um bom moço se comparado a Lúcio, uma máquina de dar bordoadas, que repete as mesmas mensagens. Se o sujeito dá um testemunho cristão, que se comporte como tal.

3. Não foi citada pelo jornalista a relação do jogador com a Igreja Renascer em Cristo, da qual o jogador é membro, embora ele deixe transparecer. Quanto Kaká dá de dízimo é problema dele, até onde se sabe ele não é coagido a nada. Agora, as falcatruas das quais os líderes são acusados, aí sim, escapa da esfera religiosa e passa para a esfera judicial.

Depois de isso tudo, Kaká entrou definitivamente para a Família Dunga, com quem vivia às rusgas.