sexta-feira, 15 de julho de 2011

EM BUSCA DA FAMA




http://noticias.r7.com/blogs/o-provocador/2011/07/15/modelos-de-arquibancada-querem-constituir-familia/

Modelos de arquibancada querem constituir família .

Essa onda de torcedoras seminuas em jogos de seleções veio pra ficar, ao que tudo indica. Que fique bem claro, sou a favor. Mas não deixa de ser uma nova era que se anuncia. As peladas saíram dos gramados e se empoleiraram nas arquibancadas.

Virou mania mulher fazendo pole dance em estádio. A grande musa dessa nova tendência é a paraguaia Larissa Riquelme, que se lançou para o submundo das celebridades durante a Copa do Mundo de 2010. Teve peito, a moça. Criou uma legião de seguidoras.

Sinto um pouco de vergonha alheia quando observo essas meninas, admito. Devem estar procurando marido. Ou coisa pior, se é que existe. Desnudar-se diante de milhões de pessoas exige muito mais desespero que vaidade.

OK. Essas marias-chuteiras podiam estar roubando, podiam estar matando. Mas não, apenas desfilam seus corpos como se fosse algo natural, saudável e gentil. Vivem para fazer os marmanjos felizes.

O futebol, definitivamente, se tornou um atalho de ascensão social. Financeira, com certeza. Era natural que as moças bonitas e sem emprego fixo usassem estádios como palco para exibir seus talentos mais evidentes. Uma modelo sem passarela tem que ir aonde o dinheiro está. Vai que um jogador olha pra cima...

No fundo, isso é sintoma da grave doença social que se tornou o sucesso a qualquer preço. Os tais 15 minutos de fama estão sendo transferidos das telas de TV para um quarto de hotel com algum zagueiro ou centroavante milionário. Sei que estou exagerando: talvez uns 30, 45 minutos. Atletas devem ter mais fôlego.

É muito romântico tudo isso. Porque, no fundo, o que as modelos de arquibancada querem é constituir família. Elas, inclusive, têm um profundo instinto maternal. O que elas sonham mesmo é em ter filhinhos com seus ídolos mais amados. Quanta ternura.