terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

TRAIÇÃO NO DEMO



Gilberto Kassab está de saída do DEM(o). Na legenda, ele não conseguiria lançar sua candidatura ao governo paulista em 2014, já que a aliança nacional entre tucanos e demos provavelente impediria isso.

Depois de flertar com o PSB e o PMDB, ele deve seguir para a segunda legenda, possivelmente sob as bênçãos de Michel Temer e dos herdeiros de Orestes Quércia. Possivelemente, levará consigo centenas de aliados, entre eles Deputados, Prefeitos e Vereadores.

Para tanto, precisa driblar a barreira da fidelidade partidária. Não se sabe como sua camarilha de seguidores fará, mas Kassab deve deixar o DEM(o) no limite do prazo de filiações, em Outubro, o que retardaria uma ação que o partido noveria contra ele por infidelidade. Caso ele venha a perder o cargo, a prefeitura cairia no colo de Alda Marcoantonio, justamente do PMDB.

Aí é que está a questão: seria Kassab um neoaliado do Governo Federal? Não se sabe.

Mas é fato que o DEM(o) já prepara o vice-governador Guilherme Afif Domingos (lembra do "juntos chegaremos lá, fé no Brasil", das eleições de 89?) para concorrer à Prefeitura da Capital, e o tucanato esperaria uma resposta de José Serra, que tentaria remar tudo de novo em seu novo sonho de chegar ao Planalto.

O que deve ocorrer é que ou Afif ou um tucano concorre em 2012, e aposto na primeira opção. Primeiro, porque a não-intervenção tucana garantiria a fidelidade dos demos, seus tradicionais aliados. Segundo, porque o governador Geraldo Alckmin quer José Serra o mais longe possível do poder, terceiro, porque um racha beneficiaria muito a possível candidatura de Aloízio Mercadante, que perdeu uma eleição certa ao Senado para tentar uma candidatura suicida ao governo em troca da candidatura à Prefeitura Paulistana em 2012.

Aguardemos cenas dos próximo capítulos