terça-feira, 18 de janeiro de 2011
PERÍODO DE DESGRAÇAS
Na próxima quarta chega ao fim a Era Belluzzo no Palmeiras.
O economista com pose de intelectual prometia ser um oásis no meio da cartolagem frequentada por velhacos.
Mas Belluzzo virou Belooser. Na sua gestão, o Palmeiras não ganhou rigorosamente nenhum título.
Começou a sua gestão contratando Keirrison (que ainda não havia se transformado em Pipokeirrison) com ajuda da grana da Traffic(o), e termina fazendo um tremendo esforço prara trazer o lamentável Thiago Heleno (Jesus!)
Hoje o Palmeiras é o time do "não é aquele"
O Bruno não é aquele.
Cicinho também não.
Muito menos Tinga.
Rivaldo nem de longe.
Nem Dinei.
E o pior é que Felipão também não é mais aquele: parece um treinador angustiado pelo findar do contrato.
Valdívia também não é mais aquele, especialmente com sua incurável lesão.
Kléber até que tenta ser, mas está louquinho para ir embora.
E Marcos, que só se vai por opção própria, deve amargar os pecados cometidos pela incompetência alheia.
A torcida, desanimada, prefere virar as costas ao time, com razão. O desprezo não vale um protesto, como se viu na meia dúzia de gatos pingados na última segunda-feira.
Quarta, teremos novo mandatário. O Palmeiras estará de novo nas mãos da turma do Mustafá? Irá o clube para o controle de um ditador senil? Ou estará sob o jugo de um aventureiro?
Seja lá como for, as perspectivas são péssimas: os jogadores que estão por lá apenas aguardam uma chance de ir embora, mesmo que o atleta não seja nada de maravilhoso (Edinho já picou a mula e Danilo está por fazer o mesmo); outros nem querem saber do clube (Maikon Leite preferiu o promissor Santos).
Ronaldinho, no entanto, é bom reconhecer, teve interesse no Palmeiras. Interesse em usar a proposta do Palmeiras para arrancar mais dinheiro de Flamengo e Grêmio.
E assim começa o ano. No final de semana passado, os profissionais empataram com o Botafogo de Ribeirão Preto, que só não ganhou porque tem uma qualidade incrivelmente baixa, e porque se acovardou diante de um time sem criatividade, cuja principal jogada era cavar falta na beira da área para que Marcos Assunção tentasse um milagre.
Milagre que não veio, e que de certo, não virá tão cedo.
Se descontarmos os períodos de parcerias, nos últimos 35 anos, o Palmeiras só ganhou um Brasileiro, da Série B, é bom esclarecer.
Não sei o outrora Alviverde Imponente está mais para Palmeiras de Desportos, ou Guarani da Rua Turiassu.