segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

PARABÉNS, FLUMINENSE!



Acabou o Brasileirão-2010.


Ou Brasileiro Petrobrás 2010, nome publicitário oficial que ninguém diz.

O Fluminense foi o campeão. Merecido, diga-se de passagem.

O mesmo Fluminense que dez anos atrás, subia de Série C direto para a Série A.

Obviamente um absurdo.

Tão absurdo quanto o São Paulo jogar o Paulistinha/91 na Segunda Divisão, e terminar campeão da primeira no mesmo ano.

Tão absurdo quanto o Brasileirão/2005, que o STJD deu na mão do Corínthians.

O mesmo Corínthians, que foi flagrado junto do Atlético Paranaense no escândalo Ivens Mendes. Ambos passaram incólumes.

Tão absurdo quanto às ajudas de arbitragem que o Palmeiras recebia nos tempos de leite abundante da Parmalat.

Tão absurdo quanto o Santos não ter jogado o Torneio da Morte de 89, quando a CBF sacaneou o Coritiba.

Tão absurdo quanto o Grêmio em 92, que voltou à Série A, graças a um regulamento, que previa o acesso de doze clubes.

Tão absurdo quanto à atitude do Inter, que pintou os vestiários do Beira-Rio no dia em que disputaria a final do Brasileiro daquele ano contra o Corínthians.

Tão absurdo quanto o Atlético Mineiro ter chegado à quarta fase do Brasileirão/94, mesmo não tendo se classificado para a segunda.

Tão absurdo quanto as “coincidentes” arbitragens pró-Cruzeiro em Minas.

Tão absurdo quanto à classificação do Flamengo sobre o Atlético Mineiro, na Libertadores de 81, quando José Roberto Wrigth, que hoje se disfarça de ex-árbitro impoluto, expulsou cinco jogadores do time mineiro.

Tão absurdo quanto as muitas mutretas de Eurico Mirando nos tempos de Vasco: armações no Campeonato Carioca, regulamento rasgado pelo STJD na Copa João Havelange, inversão de mando de campo na final contra o Cruzeiro, em 74...

Tão absurdo quanto o título de 95 do botafogo, ganho em parceria com a desastrosa arbitragem de Márcio Rezende de Freitas...

Enfim, todos no futebol tem o rabo sujo...

E parabéns para Muricy Ramalho, a quem Ricardo Teixeira teve que entregar o troféu, meses depois de recusar lhe estender a mão, quando o treinador, elegante e eticamente, não aceitou dirigir o time da CBF.