sábado, 14 de agosto de 2010

SHOW DE TV



Quinta-feira retrasada a Band realizou o debate com os presidenciáveis. Na verdade, não o vi integralmente: fiquei zappeando a TV, ora assistia o jogo (São Paulo x Inter), ora assistia o debate.

Além do mais, o debate não foi nenhuma Brastemp: Serra estava mais firme, só que parecia jogar recuado; Marina não apresentou nada de novo (mais um que falha na tentativa de ser a tal “terceira via”), e Dilma estava incrivelmente nervosa. A diferença foi Plínio de Arruda Sampaio, que debateu como se deve debater: apresentou propostas (inviáveis, mas apresentou) e partiu para o ataque.

De tudo a conclusão: DEBATE É DUELO DE ORATÓRIA!

A Band trata um evento político como um espetáculo de mídia que lembra uma partida de futebol: a chegada dos candidatos aos estúdios parece a chegada de uma equipe ao estádio; a concentração dos militante$ parece a concentração da torcida; o debate parece um jogo com regras, juiz e até tapetão; as entrevistas de candidatos parecem a saída de jogadores do campo; ao final da “partida”, jornalistas e convidados se reúnem em mesas redondas para analisar “as performances”...

Não se pode dizer quem ganhou o debate usando o critério de quem falou melhor ou quem falou pior. Esse parece ser o problema de quem acompanha os debates.

Se eleito, o candidato vai enfrentar dificuldades, críticas limpas e sujas, baixarias, complôs, e por aí vai. O debate pasteurizado mais parece uma mesa-redonda acadêmica, daquelas bem chatinhas.

Debate deveria ser mais quente, com até baixarias. Por que não?

Até porque, quem disse que política é coisa limpa?