terça-feira, 13 de julho de 2010

VIVA ESPAÑA



O mundo é da Fúria, maos habilidosa que furiosa.

Até porque furioso nessa Copa foi o Dunga...

A final parecia jogo de Libertadores: pancadaria, juiz frouxo, muitos cartões...

Um gol foi pouco. Robben (duas vezes, Mattijsen, Villa, Fabregas, Capdevilla, todos perderam gols feitos, até que Iniesta marcou aos 116 minutos.

A Espanha vence com uma ótima geração, e Real Madrid e Barcelona não vivem apenas de estrangeiros. * jogadores culés e 4 merengues no elenco de Del Bosque.

O time jogou sempre para o ataque, até quando enfrentou as ótimas Alemanha e Holanda. Esse foi o pecado germânico, que tinha até mais time que os espanhois.

Villa fez cinco dos oito gols, mas o protagonismo foi dividido: Xavi, Iniesta e Casillas figuram tranquilamente em qualquer lista de melhores do mundo.

Sergio Ramos e Capdevilla não são máquinas de atacar, mas o fazem com razoável eficiência e defendem muito bem, até porque alguém precisa guardar posição.

Pique e Puyol combinam bem habilidade e vontade, protegidos por Busquets e Xabi Alonso, que marcam e saem com eficiência, até a saída de bola adversária.

Xavi (que não brilhou tanto) e Iniesta são duas formiguinhas. Se Xavi não brilhou, pelo menos não há como contestar os seus dotes de organizador. Iniesta foi volante, meia e atacante. Fabregas foi o coringa do meio, reserva de luxo.

David Villa foi "o cara" do time. Se o Valencia o negociasse agora com o Barça, certamente arrancaria muito mais que 40 milhões de euros.

Pedro, Llorente e Navas não foram tão bem, assim como Torres, de quem se esperava bem mais.

Del Bosque não foi o técnico estrelinha. Manteve o trabalho e a base de Aragonés. Não procurou aparecer sendo animador de torcida, usando roupas ridículas ou xingando jornalistas. Discreto, mas eficiente.

Time ideal para vencer essa copa.

Copa medíocre, mas em que a Fúria escapou da mediocridade