quinta-feira, 10 de junho de 2010

PALPITES DA COPA - GRUPO A



África do Sul: os Bafana Bafana têm tudo para ser o pior anfitrião da história das Copas, e seu técnico, Carlos Alberto Parreira, pode pagar um mico ainda maior do que o de 98, quando foi demitido do comando da Arábia Saudita no meio da primeira fase. O time é fraco, e sem conjunto. O quarto lugar na Copa das Confederações é ilusório, já que derrotou apenas os fracos Iraque e Arábia Saudita. Jogar em casa e o mito de Nelson Mandela podem ser o doping psicológico esperado. Pelo visto, Joel Santana se livrou de um fria. Se chegar às oitavas-de-final, será como um título.

México: “jogamos como nunca, perdemos com sempre” é o lema da Tri em Copas do Mundo. Nas últimas quatro edições, venceu seu grupo por duas vezes, mas caiu nas oitavas-de-final em todas. Parece que tem uma urucubaca no time. Para piorar, dessa vez a classificação não foi tão tranqüila, mesmo diante de babas como Honduras, Costa Rica, El Salvador e Trinidad e Tobago. A contratação de um técnico estrangeiro, no caso o sueco Sven-Goran Erickson deu errado. De qualquer forma, o grupo em que caiu é equilibrado, e em caso de primeiro lugar, existe a perspectiva de enfrentar uma seleção nem tão forte. Oitavas-de-final é o mínimo que se espera, mas as quartas-de-final é um objetivo razoável e as semi-finais não seria de todo impensado.

Uruguai: a Celeste Olímpica também se classificou no bico do corvo. Nas Eliminatórias, viveu entre tropeços, e a classificação veio na sofrida repescagem contra a Costa Rica. Se o time jogar ao estilo uruguaio de sempre, pode encrencar a vida de seus adversários, mas se adotar o padrão europeu pasteurizado e sem alma, pode brigar com os sul-africanos para não ficar na lanterna do grupo. Até os anos 80, a Celeste, mesmo fraca tecnicamente, compensava na vontade. Hoje, parece que a vontade se perdeu. Oitavas-de-final já seria bom demais.

França: os Bleus são os piores entre os melhores. Classificados com uma mãozinha da arbitragem (e de Henry também, este literalmente), após sofrer horrores nas Eliminatórias, o time é comandado pelo excêntrico Raymond Domenech, que costuma convocar seus jogadores baseado em critérios “altamente científicos”, como a astrologia. A “Zizou dependence” ainda não foi curada, mesmo após três anos e meio após a aposentadoria de Zidane. Seus melhores jogadores como Henry e Ribery, parecem empacar com a camisa azul. Embora sonhe com o título, pode tanto ser eliminada na primeira fase, como alcançar o objetivo. Pode encarar a França já nas oitavas.

Palpite de classificação: México e França