sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A PARANOIA OLÍMPICA


O clichê estará de volta.


Há muito tempo ouço da obsessão brasileira do ouro olímpico no futebol.

Desde as pratas de Los Angeles e Seul, a paranóia aumentou.

Os vexames de nem ter se classificado para Barcelona e Atenas foram daqueles de manchar a carreira de treinadores e jogadores.

A eliminação em Atlanta jogou por terra as pretensões de um excelente time: dos onze titulares, cinco seriam campeões mundiais em 2002, e outros dois haviam sido em 94.

A bizarra eliminação diante dos camaroneses, que atuavam com nove em campo foi a pá de cal na passagem de Luxemburgo pela CBF.

O bronze em Pequim ajudou a aumentar a antipatia por Dunga.

E em 2012?

A classificação já veio, e acompanhada da eliminação argentina, que não poderá tentar o tri.

O bom time comandado por Ney Franco será entregue às mãos de Mano Menezes.

Ou melhor, apenas a classificação será entregue: o time que levantou o Sul-Americano no Peru é formado por jogadores nascidos a partir de 1991, e os Jogos de Londres permite a inscrição de jogadores nascidos a partir de 1989 mais três “veteranos”.

Traduzindo: Mano terá a oportunidade de convocar os atletas que jogaram o Mundial Sub-20 de 2009, entre eles, Paulo Henrique Ganso.

Ou que tinham idade para jogar, como Alexandre Pato.

Neymar, Lucas, Casemiro e mais um outro podem continuar “no grupo”.

Os coringas podem ser um goleiro e um zagueiro, pontos não muito fortes na equipe Sub-20, que ainda terá um Mundial para jogar esse ano, e com ele, oportunidade de jogadores ganharem rodagem.

Além do mais, ainda falta um ano e meio para as Olimpíadas, e muitos jogadores podem evoluir ou involuir.

Mas, é bom Mano começar a pensar nas peças.