quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O MÍNIMO, O SUMIÇO DA OPOSIÇÃO, DILMA E LULA



Votação na Câmara que definiria o reajuste do Salário-Mínimo, e coisas surreais aparecem.


Primeiro, o combativo PT e seus aliados, falando em responsabilidade orçamentária, equilíbrio nas contas previdenciárias e crescimento com os pés no chão.

Do outro, os neo-proletários da oposição (PSDB, DEMO e PPS) falando em ganho real dos salários, aumento do poder de compra dos trabalhadores e distribuição de renda.

O governo queria R$ 545, a oposição queria R$ 600, e no meio, surgiam propostas de R$ 560.

A equipe econômica esperneou, o Palácio do Planalto comprou a briga, a bancada aliada do governo passou o rolo compressor sobre a frágil oposição.

O PT é realmente um caso curioso: dois infiéis votaram contra a proposta enviada pela turma da Dilma.

O PMDB, como esposa interesseira, apoiou unanimemente o recomendado pelo Planalto.

Como ficou claro pela política do Banco Central, que elevou os juros, o governo Dilma começa mais austero do que se imagina.

No campo político, teve menos problemas do que imaginava para acomodar os aliados, o que não significa que não houve trabalho.

Falta ainda a batalha do Senado, onde algumas bestas-fera da oposição não estão mais. Heráclito Fortes, Artur Virgílio e Marco Maciel não estão mais na Câmara Alta do Parlamento Brasileiro.

Dilma ainda não conseguiu adotar o estilo palanqueiro de Lula, e parece nem querer isso: como presidente (ou presidenta) técnica não tem a preocupação de transformar cada ato em um acontecimento épico, como fazia seu antecessor.

Lula também tem colaborado: afora a bobagem dos passaportes Diplomáticos e a desnecessária hospedagem em uma instalação militar, ele tem se mantido no sereno papel de ex-presidente. Talvez (talvez, é bom deixar claro) se conforme em ter parado no auge.

Lula e Dilma também têm evitado as comparações, coisa que quase sempre causa conflitos.

Mas, é apenas o começo da era Dilma...