terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

HORA DE PARAR?



Ronaldo anunciou hoje a sua aposentadoria, não sei se precoce.

Por um lado, parar aos 34 anos hoje para um jogador muito acima da média técnica do futebol brasileiro e com os avanços da medicina e da preparação física à sua disposição parece uma decisão adiantada.

Mas, por outro, para um atleta de alto rendimento com um longuíssimo histórico de contusões, e há muito tempo com um físico incompatível com o de atleta profisssional, parar agora parece ser uma decisão sensata.

A notícia do problema da tireoide precisa ser melhor verificada. Se for isso mesmo, por que não disse nada antes.

Ronaldo surgiu em 93 como um Golden Boy, um menino que prometia muito.

Foi para a Copa de 94 mais para ganhar experiência, embora estivesse em um excelente momento. Do banco, assitiu como um torcedor privilegiado, o Tetra.

Na Holanda, foi rebustecido, e se preparou para ganhar a Europa.

Do PSV, foi para o Barcelona, onde passou de Golden Boy para um jogador World Class.

Depois de uma excelente temporada, foi para Inter, onde se tornou o Fenômeno. O Ronaldinho ficava para o passado.

Chegou à Copa de 98 para conquistar o Mundo, mas fez apenas um bom mundial, marcando quatro vezes em sete jogos, e no dia da misteriosa convulsão, viu de dentro do ciampo Zidane conquistar o Planeta.

As lesões quase encerraram sua carreira, mas conseguiu uma redenção épica na Copa da Ásia.

No Galáctico Real Madrid começou seu lento declínio.

No Mundial da Alemanha, foi um dos líderes do acampamento de férias que se tornou a preparação para a Copa. Já visivelmente gordo, embora negasse isso, ganhou o apelido de Presidente.

Daí para frente, apenas esticou a carreira.

Transferência para o Milna, mais uma lesão gravíssima, chegada triunfal ao Corínthians, um semestre de lampejos de craque...

E teve o lamentável escândalo dos travestis, mancha indelével.

Depois do decepcionante centenário corinthiano e do desastroso fim da participação na Libertadores, era hora de parar.

A torcida já perdera a paciência com ele.

Sua gordura já está queimada. Gordura, lógico, a tolerância da imprensa e da torcida que lhe blindava de críticas.

Agora, Ronaldo é um ex-jogador.

A mente atendeu os pedidos do corpo, como ele afirmava.

Resta saber que Ronaldo passará para a História:

O menino matador do Cruzeiro?

O fenomenal atacante do Barcelona e da Inter?

O bom atacante do Real Madrid?

O paquidérmico jogador em fim de carreira?

O tempo dirá