sábado, 17 de setembro de 2011

JOGOS SECRETOS



Os Jogos Pan-Americanos (no Rio) foram as Olimpíadas das Américas para quem transmitiu: supervalorizada pela mídia tupiniquim, que escondia o baixo nível técnico, e com o orçamento estrastoférico. As Olimpíadas “de verdade” em Pequim no ano seguinte demonstraram, ou melhor, desmascararam o Pan, transformando grandes estrelas de 2007 em coadjuvantes.


Quatro anos depois, a competição se repete em Guadalajara, com nível técnico parecido, só que agora como “Jogos Secretos”, só com a transmissão da Record e com o boicote da Globo e da Band, a sua filial. A Vênus Platinada e sua sócia-minoritária não citarão nada do que ocorrerá na terra da Turma do Chaves.

O que não dá diploma de santidade á turma do Bispo, é bom dizer.

Tiago Leifert tenta se justificar pelos lados da Família Marinho, alegando razões comerciais, confessando o que todos sabem, mas as empresas jornalísticas teimam em negar: o comercial está à frente da informação.

Imagina-se o que acontecerá em Londres, ano que vem, se é que é possível ignorar uma Olimpíada. A Record conseguiu bons números com os Jogos de Inverno ano passado, e podem impor à Globo uma derrota histórica, e o que é pior, por uma sequência de dias (duas semanas).

Poucas foram as derrotas históricas globais: me lembro quando a TV Manchete transmitiu sozinha o Carnaval do Rio nos anos oitenta, quando a Band exibiu a final do Mundial de Clubes da FIFA (2000), ou da final da Casa dos Artistas (2002).

Agora a Globo ainda pode torcer por um desastre na organização e na execução dos jogos.

Na briga entre Globo e Record, que se danem as duas.