sexta-feira, 16 de setembro de 2011

É PRECISO SABER PARAR



Pelé quis parar no auge, e se não o fez, pelo menos soube se retirar com glórias.


Zidane teria o seu gran finale na final da Copa de 2006, mas a cabeçada em Matterazzi e a vitória italiana nos pênaltis ofuscaram sua despedida.

Romário estendeu sua carreira para avacalhar e chegar ao gol 1000.

Bebeto, seu parceiro de tetra, chegou ao ponto de se oferecer à diversos clubes no final de sua carreira. E ouviu não muitas vezes.

Li no blog do Bruno Volch (brunovoloch.blogosfera.uol.com.br) que Bernardinho deixaria o comando da Seleção de Vôlei após os jogos de Londres ano que vem. Está certo que a fonte não é das mais confiáveis (Voloch é crítico ácido do treinador, maximizando seus erros, quando não os inventa), mas a saída não seria de todo ruim.

Após a conquista de oito Ligas Mundiais, três Campeonatos Mundiais e uma Olimpíada, e de fazer do Brasil um daqueles times para entrar na História, o seu trabalho é mais que vitorioso, começando com remanescentes de Barcelona/92 (Giovane e Maurício) somados à quem ainda não “estourara” na Seleção (Giba e Dante, por exemplo), ele foi se renovando, aproveitando a base e jogadores que apareciam na Superliga, inseridos em um grupo onde titulares e reservas atuavam em nível semelhante.

Um jogo titulares x reservas poderia ser o duelo entre os dois melhores times do mundo.

Apesar de desgastes, claro que o maior foi episódio Ricardinho, no Pan-2007, preservou a sua autoridade (mesmo limando seu capitão), mas não a qualidade dos levantamentos (Marlon e seu filho Bruno não acompanharam o ritmo). A derrota diante dos americanos doeu demais no orgulho do grupo. Mesmo assim, o time ainda é o melhor do mundo.

Talvez seja a hora de sair mesmo. A inegável entregada para os búlgaros no Mundial do ano passado foi a maior mancha desses anos, arranhando a sua imagem ética e trabalhadora.

E a geração que vem na base não tem o mesmo brilho de seus antecessores, o que sinaliza dificuldades na renovação.

Disputar os Jogos de 201 seria motivador.

Só que mais interessante ainda seria se despedir no auge.