terça-feira, 24 de maio de 2011

ALIANÇA QUASE IMPOSSÍVEL



O PT parece ter detonado o processo sucessório em Vila Velha, após decisão de se retirar da administração municipal. Decisão ao que parece não ter chegado aos ouvidos do Secretário Henrique “Casamata” e da Subsecretária Linda Morais, além de uma série de comissionados, que não parecem dispostos a arredar o pé das proximidades do Prefeito.


Nessa semana, apareceu a notícia que os petistas estariam se reaproximando de Neucimar a ponto de fazer uma composição de chapa e um acordo de bastidores para o ano que vem: o atual prefeito se candidataria à reeleição, tendo com vice, o petista Guilherme Lacerda. Pelo acordo, Neucimar deixaria o cargo (claro, se fosse reeleito) em Abril de 2014, quando tentaria o retorno à Câmara Federal.

Sem chances de isso acontecer, pelos seguintes motivos:

1 – O clima entre os petistas e o prefeito é de distanciamento, Ao saber da possibilidade de afastamento da legenda, Neucimar teria dito que não precisou do PT para se eleger, e que pode governar sem ele. E os diretórios estaduais do PR é bem distante dos petistas, o que dificulta um a decisão vertical que uniria os brigões. E uma aliança forçada pelos diretórios estaduais diante disso tudo, é difícil, e Vila Velha não tem importância nacional para que os diretórios equivalentes interfiram.

2 - Quem conhece, mesmo à distância, a política Canela-Verde, sabe que com a popularidade da atual administração em baixa, a tendência é que seus aliados pulem do barco ao se aproximar o fim da gestão. Não é a toa, que uma penca de candidatos se apresentam ou são apresentados. Sendo assim, não é de se esperar que ex-aliados se reaproximem.

3 – A reeleição de Neucimar é difícil, e se tornará ainda mais com a possibilidade de ele completar apenas um terço do mandato, para tentar voltar à Brasília.

4 – Neucimar já fez o caminho inverso em 2008. Por lógica, deduz-se que a Prefeitura de Vila Velha está na frente da Câmara Federal na sua lista de prioridades. Por que isso mudaria agora?

5 – O PT não é exatamente o aliado que possa salvar a pele do prefeito. Primeiro, pelo motivo óbvio de que o partido está propenso a largá-lo, e segundo, porque desde que elegeu Magno Pires em 87, se passaram seis eleições sem que o partido obtivesse resultados expressivos no município, chegando diversas vezes a nem lançar nome ao Executivo. Cláudio Vereza tem eleitorado fiel, mas insuficiente para a empreitada, e Guilherme Lacerda é uma dúvida mais propensa à uma resposta negativa.

Depois disso, alguém ainda acredita?