domingo, 27 de março de 2011

FINALMENTE COMEÇOU



Depois de quase cinco meses de dolorosa abstinência, começou a temporada, e vamos às impressões:

Sebastian Vettel e a Red Bull são realmente uma combinação arrasadora. O alemão dominou como quis e tinha sobra para apertar mais se fosse necessário. Há tempos um piloto não começava uma temporada de forma tão contundente. Os outros terão de remar muito se quiserem batê-lo.

Se não houver uma mudança de rumo, o início de 2011 lembrará o início de 2009, com a Red Bull fazendo o papel de Brawn, Vettel fazendo o papel de Button, e Webber fazendo o papel de Barrichello. Por falar em Webber, ele foi o quinto.
Lewis Hamilton fez o que pôde e conseguiu um bom segundo lugar com seu melhorado McLaren, apesar do erro que quase comprometeu o resultado. Jenson Button bobeou ao não devolver a posição a Felipe Massa e pagou caro pelo erro com uma justa punição. E o time de Ron Dennis precisa melhorar para dar o bi à Hamilton ou a Button.

Vitaly Petrov foi de um brilhantismo tão inesperado quanto eloquente. Correu como gente grande, teve bom ritmo, não errou, segurou a pressão dos rivais e conseguiu seu primeiro pódio. Está de parabéns o primeiro russo a subir ao pódio. Imagino o que ocorreria se Kubica estivesse em condições. Enquanto isso, Heidfeld foi o 14º…

Fernando Alonso deu uma tremenda bobeada na largada, mas mesmo assim minimizou o prejuízo com uma boa recuperação e o quarto lugar. Mas a Ferrari ainda tem de melhorar muito o carro, como fez na segunda metade do ano passado, se quiser dar caça à Red Bull. Felipe Massa, apesar de ter feito a melhor volta no fim, teve um ritmo geral de corrida muito ruim. Em resumo: largou em oitavo, pulou para quinto e terminou em nono (ganhou uma posição com a desclassificação de Perez) , enquanto Alonso largou em quarto, caiu para nono e terminou em quarto. Fase difícil a do brasileiro.

Rubens Barrichello teve uma corrida tumultuada, marcada por um incidente na primeira volta, uma boa reação, mas por um erro na chegada em Nico Rosberg. Disse ele que não queria passá-lo e que a diferença de pneus proporcionou frenagens diferentes. Mesmo assim, Nico já estava contornando a curva quando Rubens o atingiu.
As novidades da asa móvel e do Kers não proporcionaram o que se esperava. Só mesmo a discrepância de pneus deu algum molho à corrida, que, entretanto, ficou abaixo do esperado.

A Sauber foi desclassificada, por conta do tamanho das asas. Peter Sauber ainda vai recorrer, mas não adianta brigar com a régua. Mas fica o registro do ótimo desempenho de Sergio Perez e de Kamui Kobayashi.