quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

MUNDIAIS? CLARO QUE SIM!


Um dos argumentos usados por quem é contra a oficialização dos Intercontinentais como Mundiais de Clubes é a limitação geográfica do torneio, que se limitava ao confronto entre sul-americanos e europeus.

Entre 1960 e 1979, eram dois jogos, com a possibilidade de mais um desempate.

A partir de 1980, partida única no Japão.

A vitória do Mazembe sobre o Inter seria mais uma prova cabal que seria injustiça reconhecer como Mundial um torneio que se restringia a dois continentes.

Então, se fosse assim, os títulos do Uruguai não seriam válidos, já que os Mundiais de 30 e 50 não contavam com africanos e asiáticos.

Em 1934, somente duas seleções não-europeias ou americanas foram convidadas a participar das Eliminatórias. Seria o título italiano inválido?

E o que dizer da tardia filiação chinesa à FIFA, só em 1975?

Pode-se considerar um Mundial sendo como tal, sendo um em cada cinco terráqueos não podem ter o seu selecionado representado?

E o Mundial de 2000, realizado em terras brasileiras, reconhecido como tal pela primeira vez pela dona FIFA: alguém pode me explicar o que Vasco e Al-Ahli vencedores das suas competições continentais em 1998 faziam por lá, quando o restante dos continentes coerentemente indicaram os vencedores do ano imediatamente anterior?

E se o Mundial do Japão na valia nada, o que fazia o Real Madrid, vencedor do torneio em 1998, por lá?

Em tempo: não sou santista, gremista, flamenguista ou são-paulino.

O meu Palmeiras perdeu a final do Mundial em 99 para o Manchester Unidet.

E foi Mundial sim, queira ou reconheça a FIFA ou não.