segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

FÓRMULA 1 - BALANÇOS E PREVISÕES (PARTE 3)



RED BULL


Os Touros Vermelhos entraram na temporada como favoritos, mas sem experiência de disputar títulos. Talvez isso tenha feito falta, especialmente na hora de consertar divergências internas, problemas técnicos e principalmente, na orientação aos pilotos.

Vettel é um piloto de talento inegável, proporcional à sua capacidade de fazer bobagens, que teve o título caindo em seu colo. Webber é um piloto de uma constância incrível, mas que falhou na hora decisiva. O clima entre os dois azedou de vez após a batida de Istambul, e ganhou novos desdobramentos: a preferência dada a Vettel (clara no caso do aerofólio de Silverstone), e a demora do time em fazer Vettel ajudar Webber.

Isso pode causar problemas no ano que vem. Vettel já declarou que nunca foi amigo de Webber, e o australiano parece nem se importar com isso. E ainda não parece haver alguém dentro do time que ponha os dois no cantinho da disciplina.

RENAULT

A expectativa de um ano escatológico foi suavizada; a fábrica francesa transferiu o controle acionário para um tal “fundo de investimentos” sediado em Luxemburgo, mas manteve os ótimos motores e uma estrutura muito boa, bem aproveitada pelos sucessores.

Robert Kubica fez uma temporada tão boa, que seu nome entrou no mercado de sucessão, especialmente para a vaga de Felipe Massa, na Ferrari. Não raro, o polonês andava no meio das quatro grandes. Vitaly Petrov apenas pagou para sentar no banco e dar uma batidinhas mundo afora, mas foi decisivo para o resultado do campeonato ao segurar Fernando Alonso em Abu Dhabi.

Mal comprou a equipe, o tal fundo de investimentos a repassou para a Lotus Car, que rebatizou o time de Lotus-Renault, que não contará mais com a participação acionária da fábrica francesa, mas contará com seus valiosos motores. Boa temporada à vista, especialmente se os novos donos conseguirem um lastro financeiro suficiente para não precisar vender a vaga de novo para Petrov.

SAUBER

Peter Sauber resgatou o que sobrou da BMW, e fez uma equipe que não passou vergonha. Apesar de não ter quase nenhum patrocínio, a equipe, equipada com os motores Ferrari, conseguia andar tranquilamente no pelotão intermediário.

Kamui Kobayashi foi um dos show-man da categoria esse ano para o bem e para o mal, enquanto Pedro de la Rosa andou tão mal que foi demitido. No seu lugar, veio Nick Heidfeld, que seguiu a mesma toada.

Sem grana, Peter Sauber vendeu uma vaga para o mexicano Sergio Perez, e possivelmente venderá uma parte das ações para seu compatriota Carlos Slim, ou para quem mais aparecer com grana e capacidade. Com mais dinheiro e mais tranqüilidade, as expectativas são melhores do que as desse ano.