terça-feira, 6 de setembro de 2011

VAI SERVIR?



Argentina x Brasil (ou Brasil x Argentina) é o maior clássico do futebol mundial.

Só acho que para reforçar a rivalidade, seria necessário que houvesse uma final de Copa entre eles. Se enfrentaram quatro vezes, entre 74 e 90, e depois disso, pareceu perder o encanto. Mais ainda quando as pelejas deixaram os gramados sul-americanos e foram para Londres e Dubai, e não se surpreendam se acontecer na Conchichina.

Talvez, o último jogo marcante tenha sido o baile brasileiro (4 a 1) na Copa das Confederações de 2005, ou se falarmos de jogos disputados, a final da Copa América de 2004. Esse ano, poderiam se enfrentar em uma final de Copa América, mas ficaram pelo meio do caminho.

Atualmente, temos duas Seleções em crise, que buscam algo de diferente para reavivar. Os argentinos buscam há tempos um técnico que lhes dê confiança (Maradona penou para ir à Copa, Batista era apenas uma aposta) e Sabella parece na tê-la, a se julgar pela vitória inexpressiva e cautelosa sobre a Venezuela (1 a 0) em sua estreia. A geração talentosa do meio para frente (Messi, Tevez, Aguero, Dí Maria, Higuaín) não tem correspondência na defesa (Zanetti é há uma década e meia a melhor opção para a lateral direita e Romero não isnpira grande confiança no gol). Sabella quer primeiro se garantir no cargo, e para isso, lançou mão de Verón e Riquelme (os dois pediram dispensa).

Mano Menezes apostou pesado na renovação, no "protagonismo" da camisa amarela perdida na Era Dunga, mas os "meninos" se perderam. Contra a Alemanha, tirou um atacante para colocar mais um volante, e mesmo assim, levou três gols dos germânicos. Ronaldinho ressurge como necessidade, apesar de apenas engatar um início de grande fase no Flamengo, e junto com ele, mais alguns veteranos vão se mantendo ou ressurgindo, como Lúcio, reguindado ao posto de capitão do time que disputará o Mundial em casa.

Nesse panorama, e fora da Data-Fifa, as duas seleções se nfrentam com times sem "estrangeiros" para ressucitar a Copa Rocca, rebatizada de Supercopa das Américas, com o trofeu pusilanimente denominado Nicolas Leoz. Talvez valha para que os convocados cheguem à antissala dos times principais.

Os albicelestes se preparam para as Eliminatórias (não será fácil) e os canarinhos para a Copa sem passar pela qualificação. É preciso um amálgama entre renovação e experiência, mas que os segundos pelo menos rendam. Sendo assim, os jogos podem ter alguma utilidade.

Mas precisa ter o Leoz no meio?

O paraguaio é o ponto de equilíbrio político entre AFA e CBF, embora essas ajam semelhantemente (Julio Grondona e Ricardo Teixeira têm cátedra em velhcaria), mas não precisavem fazer tanta média. Poderiam batizar de Taça Mercosul, Taça Pelé-Maradona, ou qualquer coisa que o valha.