sábado, 18 de dezembro de 2010

SOBRE DESPEDIDAS



Tenho um sentimento contraditório em relação às despedidas: por um lado gosto por ser um momento em que podemos nos fizar melhor nas pessoas e sabermos se sentiremos ou não falta delas; por outro, talvez pelo sentimento que nunca as veremos de novo.

Cheguei em Alfredo Chaves há quatorze meses como um forasteiro. Ou melhor, mais perdido que cachorro que caiu do caminhão de mudança, como diz a velha expressão.

Em São João do Crubixá enfrentei poeira e lama, mas encontrei um lugar aprazível e de gente para lá de hospitaleira.

Em Matilde conheci o frio como em poucos lugares por onde passei, mas conheci gente também hospitaleira e um lugar de paisagens paradisíacas.

Na Sede do Município enfrentei difculdades como se enfrenta emqualquer escola, mas conheci uma equiep que mais se parecia com uma família.

É hora de ir embora, ou melhor, de voltar para a minha velha Vila Velha.

De voltar para o Ormanda Gonçalves, o lugar para onde o destino teimou em me empurrar, mesmo quando a volta parecia improvável.

Que essa despedida de Alfredo Chaves não seja um adeus, que seja um até logo. Posso sair desse lugar, mas ele não sairá de mim.

No mais, eu só tenho a agradecer ao povo daqui.