quinta-feira, 21 de outubro de 2010

NOTÍCIAS DA COREIA




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A construção do circuito consumiu US$ 275 milhões em três anos, mas ainda não acabou a um dia do início das atividades no circuito de Yeongam. A chuva prejudicou o andamento das obras e fez com que o asfalto só fosse finalizado na semana passada. Devido ao pouco tempo de cura e secagem, há risco de rachaduras que podem comprometer a superfície.

“O principal ponto de interrogação para o GP ser realizado é quanto o asfalto vai aguentar, porque, pelo que sei, ele foi colocado há pouco tempo e o carro de F-1 gera uma quantidade de tração muito grande no traçado”, observou o brasileiro Lucas di Grassi, lembrando que isso aconteceu recentemente no GP do Canadá de 2008.

Arquiteto da pista e idealizador do traçado, o alemão Hermann Tilke descartou qualquer possibilidade de rachaduras na pista. Mas admitiu que a superfície estará bem escorregadia, o que poderá fazer da corrida um festival de rodadas e batidas. “Falta de aderência não deverá ser um problema porque temos os melhores pilotos do mundo aqui”, avaliou.

O inacabado circuito de Yeongam não é o único fator surpresa no GP da Coreia, que estreia na Fórmula 1 neste fim de semana. Em poucos dias no país, os jornalistas que viajaram para cobrir a etapa já perceberam que os improvisos da organização não se limitaram à construção da pista

Como as reservas para os repórteres que trabalham durante toda a temporada são feitas pela Formula One Management (FOM), muitos foram pegos de surpresa quando chegaram ao hotel e viram que, na realidade, ficariam em um motel.

Trata-se de algo comum em Mokpo, cidade portuária repleta de motéis e que agora abriga o pessoal envolvido no GP da Coreia. Fica próxima ao circuito de Yeongam, mas a cerca de 400 quilômetros da capital Seul, distância percorrida por trem de alta velocidade.

Em Mokpo e em toda a Coreia do Sul, os motéis com quartos pagos por hora são conhecidos por serem uma opção mais em conta do que os hotéis convencionais. Com o bônus de encontrar camisinhas e lubrificantes no lugar da bíblia na gaveta.

O jornalista suíço Roger Benoit tentou descrever essa situação em sua coluna no jornal Blick. “Aqui tem todos os utensílios para deixar uma mulher feliz. Não é brincadeira”, escreveu ele, lembrando que a Williams preferiu encarar uma viagem de três horas para ficar em um hotel melhor.

O QUE DIZEM OS ENVIADOS

Acabei de entrar no nosso hotel em Mokpo e descobri que há camisinhas e óleos para massagem nos quartos. Ainda bem que eu trouxe meus próprios lençóis!


Craig Hiscoe, da Kangaroo TV


Tem todos os utensílios para deixar uma mulher feliz. Não é brincadeira


Roger Benoit, do jornal suíço Blick


Foram 27 horas de viagem e meu ‘quarto de hotel’ passa a ser um estúdio de dança com cama dupla


Byron Young, do The Mirror


Editor da Globo mal conseguiu dormir nesta noite. Sua vizinha de quarto passou as primeiras horas do dia gritando: “Oh my God, Oh my God. Yes, yes, yes…


Felipe Motta, da Jovem Pan