domingo, 4 de julho de 2010

ADIÓS, DIEGO...



E lá se foi a Argentina, o time dos meninos de Maradona...

Após comemorar a eliminação brasileira, a torcida argentina seguiu o mesmo caminho com um sacode histórico levado da Alemanha. Pelo menos restou o quinto lugar, uma posição a frente do Brasil.

Após uma campanha pífia nas Eliminatórias, com um direito a um vexaminoso 6 a 1 sofrido em La Paz, e derrotas e classificação somente garantida após um sofrido 1 a 0 em Montevideo. Depois de mandar os críticos para %#@*&%$, Maradona tinha alguns meses para fazer de um bando de bons jogadores que não formavam uma equipe se transformar em um grupo campeão. O mito no banco não era suficiente para fazer o time render em campo.

Assim como Dunga, montou um time de amigos, com critérios esquisitos, embora com mais qualidade: levou seis atacantes, entre eles o veterano (e seu amigo) Martín Palermo, enquanto o eficiente Lisandro Lopez ficava de fora.
Também deixou Zanetti e Cambiasso de fora, enquanto o volante Mascherano não tinha nenhum reserva da sua posição específica. Enquanto o discreto, porém eficiente Zanetti ficava de fora, Gutierrez e Ottamendi deixavam uma avenida pela lateral-direita, e para corrigir isso, restava trazer o maia Maxi Rodríguez para a lateral. Por ali, saíram três dos quatro gol alemães.

A zaga estava mal-posicionada. Di Michelis e Samuel são bons jogadores, e Burdisso até que não prejudica, mas evidentemente a defesa estava desprotegido e mal-posicionada. Romero não é goleiro para time que quer ser campeão, mas aí deve se admitir que há pelo menos uma década e meia, a albiceleste não consegue um goleiro confiável. De Andrújar e Carrizzo, seus reservas, não poderia se esperar nada melhor.

No ataque, a excessiva dependência de Messi. Todos sabiam que haveria uma marcação cerrada sobre ele, e que o peso de ser o melhor do mundo lhe atrairia mais atenção. Maradona deveria dividir a responsabilidade entre os atacantes, mas preferiu sobrecarregar ainda mais “La Pulga”. Tevez e Higuaín poderiam receber a incumbência.

Assim como Dunga, Maradona não entende muita coisa de tática. Assim como seu colega brasileiro, Diego foi mais um animador de grupo. Só que enquanto Dunga foi apenas um bom jogador bafejado pela sorte de ser capitão de um time campeão, Maradona é um mito para seus compatriotas.

As quatro vitórias iniciais deram a impressão que estava tudo bem. A Alemanha mostrou que não.