segunda-feira, 4 de julho de 2011

HORA DE FAZER A LIMPA



Enquanto dirigentes palmeirenses tentam jogar no conselheiro Gilto Avalone toda a culpa das crises existentes no Parque Antártica, fecham os olhos para coisas bem mais importantes, como as denúncias feitas pelo próprio, não apenas publicamente, como também em reunião do Conselho.

A prática de punir o acusador, sem averiguar as acusações, é típica daqueles que temem a verdade.
Pode-se discutir se um conselheiro tem ou não direito de expor publicamente o que ele considera mazelas do clube – em minha opinião tem obrigação de fazê-lo – mas, não levar em consideração o que diz, quase sempre documentado, é punir o clube por interesses nem sempre confessáveis.

Entre suas dezenas de acusações, selecionei algumas de fácil comprovação, entre elas:

- Dirigentes que apresentavam notas de gasolina, de seus carros particulares, a serem pagas pelo clube, mesmo exercendo cargo não remunerado;

- Dirigente que fez um “valinho” de 17 mil do caixa do clube, e que, para quitar o débito, está fornecendo mercadorias de seu próprio comércio, a preço de venda;

- Dois ex-funcionários do Palmeiras que teriam recebido comissão na transação de Valdivia;

- Gente que não pagava para ir aos festejos palmeirenses, e que, quando começaram a contar as entradas, não compareceram mais aos eventos;

- Dirigente ligado ao sumiço de R$ 290 mil do caixa do clube, até agora não explicados;

- Muitos dirigentes que tinham empresas prestando serviço ao clube;

- A contratação de Galeano quando este movia processo trabalhista contra o Palmeiras;

- Dirigentes que viajam de graça para jogos do Palmeiras, mas que, na verdade, praticam turismo;

- Dirigentes que organizavam os “vôos da alegria”, em que conselheiros e até famosos “torcedores” eram agraciados com pacotes;

- Empresários que fazem a festa no clube, algum deles constando na folha de pagamento;

- “Olheiros” remunerados;

- Dirigente que acobertou diversas irregularidades contábeis, que depois acabaram sendo expostas para a mídia;

Entre outras tantas irregularidades e falcatruas.

Punir o conselheiro que tem a coragem de expor publicamente todos estes problemas sem ao menos realizar um trabalho profundo de investigação das denúncias cheira a acobertamento por motivos políticos.

Situação a que o Palmeiras, pela grandeza que tem, não pode ser submetido.

Em tempo: Vale lembrar que discordo do conselheiro Gilto Avalone em diversas ações tomadas pelo seu grupo, formado por muitos dos quais tenho sérias divergências, como Mustafá Contursi, mas é inaceitável não observar que suas acusações, em boa parte, são graves e recheadas de documentos