segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O MELHOR CAMPEONATO DO MUNDO?


O título do post é provocativo sobre o Campeonato Brasileiro.


Tecnicamente, óbvio que não é, embora times menores até mesmo das principais ligas europeias passariam sufoco para se manter na Série A do Brasileirão: Malaga, Fulham, Hoffenheim, Genoa, times intermediários em seus países brigariam para não cair por aqui.

Falta aqui jogadores no mesmo nível que os gigantes europeus, a não ser refugos (Ronaldinho, Adriano, Roberto Carlos, Fred) que eventualmente atuem em alto nível.

Ou algumas novidades (Neymar, Lucas, Ganso) que já se programam para embarcar para a Europa, isso sem contar os que vão para Rússia e Ucrânia.

Mas, o grande problema por aqui é a desastrosa organização: calendário, estádios, gramados, horário de jogos; e a cartolagem, amadora em seus métodos, e mercenária na arrecadação pessoal.

A arbitragem brasileira segue a mesma qualidade do resto do mundo. Nem pior nem melhor, embora a profissionalização fosse bem-vinda.

O Marketing evoluiu muito, e a manutenção de uma fórmula de disputa desde 2003 (com vinte clubes desde 2006) ajuda muito na credibilidade, em que se pese o escândalo de arbitragem de 2005 e as entregadas de 2009 e 2010, coisas que sinceramente, a CBF não tem culpa. A adoção de clássicos na última rodada pode ser uma boa medida a ser testada nesse ano.

O que mais impressiona no Campeonato Brasileiro é o equilíbrio: em oito anos, seis campeões diferentes, e só São Paulo, Santos, Inter, Flamengo, Cruzeiro e Atlético Paranaense disputaram todas as edições dos pontos corridos, sendo que o último e o penúltimo estão com a corda no pescoço esse ano.

Pode-se alegar que o equilíbrio é por baixo, mas melhor assim que a monotonia do Campeonato Espanhol, onde se der cara, ganha o Barcelona, se der coroa, ganha o Real Madrid, e outro time só ganha se a moeda cair em pé.

Só para encerrar: em 2004, 2005, 2008, 2009 e 2010, o campeão só foi conhecido na última rodada; em 2010, três times chegaram ao fim com chances de título; e em 2009, cinco, sendo que o Palmeiras, que sonhava em erguer a taça, saiu de seu último jogo sem mesmo a vaga na Libertadores.