domingo, 21 de agosto de 2011

SÍLVIO SANTOS VEM AÍ. TEM OUTRO JEITO?



Em um desses Domingos à noite, na casa de parentes, onde não havia TV paga, me pus em uma aventura pela TV aberta. O resultado, como não poderia deixar de ser, foi decepcionante: a depressão começa com o final do jogo, às seis da tarde, com “emoções do Domingão do Faustão”.
Zappeando, me deparo com o programa do Gugu, uma bizarrice dos anos 80 e 90, que insiste em sobreviver à base de velha xaropada emotiva, brincadeiras de dar insônia à quem é acostumado a passar dias em claro.

Mais adiante, o Programa da Eliana sem a Eliana, comandado pelo Ratinho, hoje uma aberração domesticada, quase uma ironia na TV.

Na Bandeirantes, o mercadológico Milton Neves, que ainda sobrevive com seus jabás e polêmicas inúteis.

E assim segue o Domingo, sem grande coisa, a não ser que consideremos o bom e velho Sílvio Santos. Não se assuste! O bom e velho Senor Abravanel parece ter se reinventado e ganhado novo fôlego aos 80 anos. Irônico, desbocado, pervertido, e porque não dizer, pornográfico, ele é o destaque de um programa simples e despretensioso, mas que é muito melhor que os seus concorrentes.

O Pânico na TV já deu o que tinha que dar, e caminha para uma lenta agonia, assim como ocorreu com o Casseta e Planeta. Talvez seja melhor que a trupe de Emílio Surita se reinvente, o que não é fácil se continuar adotando a linha da baixaria. Não que não fosse esse o caminho de antes, mas até para ser de baixo nível é preciso ser engraçado. Há uma confusão entre humor e agressividade.

Sílvio Santos ganhou após décadas de trabalho, principalmente na televisão, o status de mito, e é nesse status que ele parece se acomodar, sem querer desbancar a Globo como líder, mas tentando retomar o posto que lhe foi tirado pela Record, que cada vez mais percebe que o sonho de destronar a Vênus Platinada da liderança é um devaneio.

E Sílvio Santos vem aí...