quinta-feira, 7 de abril de 2011

A MAIOR DERROTA



Ontem o Brasil sofreu uma das maiores derrotas de sua história de mais de 500 anos.


Que Maracanazo, que Sarriá, que nada!

Realengo é o nome da tragédia, tragédia de verdade.

O Brasil perdeu 12 crianças estupidamente.

Quem sabe se perdeu um Pelé, uma Maria Esther Bueno, ou uma outra Elis Regina, uma Dilma Rousseff.

Sabemos que perdemos uma Ana Carolina Pacheco da Silva, uma Bianca Rocha Tavares, uma Géssica Guedes Pereira, Karine Lorraine Chagas de Oliveira, uma Larissa dos Santos Atanázio, outra Laryssa, esta Silva Martins, uma Luiza Paula da Silveira, uma Mariana Rocha de Souza, uma Milena dos Santos Nascimento, uma Samira Pires Ribeiro, um Rafael Pereira da Silva e mais um menino cujo nome ainda não foi revelado.

Todos entre 12 e 15 anos.

Doze famílias choram hoje neste manhã que não tem bom dia a perda de seus filhos, de seus netos, de seus irmãos.

Dez garotinhas e dois garotinhos.

Uma desgraça que não permite falar de mais nada.

Agora, sobre outras tragédias futuras, é possível falar antes que elas aconteçam, basta verificar algumas questões:

Primeiro, a legislação criminal, coisa que se arrasta há décadas: provavelmente, nossos legisladores nunca terão interesse em alterá-la com consistência, já que se o fizesse, boa parte iria para a cadeia.

Segundo, a segurança nas escolas: o investimento é predominantemente na vigilância patrimonial, deixando de lado a segurança das pessoas que convivem no interior. Patrulhas escolares e congêneres são ineficientes em sua maioria. Por certo, o investimento na vida está atrás do investimento patrimonial na lista de prioridades.

Terceiro, como a questão vem sendo tratada: não importa qual a crença o sujeito dizia seguir, não importa o que esse sujeito diz ter motivado o fato. Não se pode tratar a religião como culpada, independente de qual fosse. Também há que se reprovar a imprensa babaco-sensacionalista que tem assunto para um bom tempo.

Que se faça alguma coisa antes que algo de grave volte a ocorrer