quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ALTERANDO OS MAPAS




Do Estadão

Um livro de geografia usado nas escolas públicas do Estado de São Paulo traz dois Paraguais e exclui o Equador de um mapa da América do Sul. O erro aparece tanto nos livros distribuídos aos alunos quanto nos destinados aos professores. O livro é usado pelos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental. A Secretaria de Educação de São Paulo informou que a Fundação Vanzolini, responsável pela impressão dos Cadernos do Aluno, substituirá os 500 mil livros que têm o mapa errado.



A Secretaria de Educação de São Paulo atribui os erros à empresa contratada para fazer o material. A Fundação Vanzolini, responsável pela edição, alega que os livros foram elaborados por professores recomendados pela secretaria.


Segundo a Secretaria, a Fundação, responsável pela elaboração dos mapas e do projeto gráfico das apostilas, já está elaborando o novo material para corrigir todos os erros. A Fundação Vanzolini irá arcar com todos os gastos troca do material didático, incluindo impressão e distribuição. Ainda não há data prevista para a entrega do novo material.


A Fundação Vanzolini se defende e afirma que os erros foram causados involuntariamente pelo processo de diagramação e aplicação dos nomes de alguns países. Como prova, a Fundação afirma que a base cartográfica está correta e que o mesmo livro têm outro mapa semelhante com "os nomes dos países adequadamente aplicados." A Fundação também afirma que pretende reciclar os livros com mapas errados que forem recolhidos - a empresa afirma que a incorreção afetou apenas 1,55% dos Cadernos do Aluno enquanto a Secretaria afirma que foi a totalidade dos livros.


Enquanto isso, a Secretaria afirma que disponibilizou em seu site as correções, para que os professores alertem os alunos para os erros no material e possam seguir as aulas normalmente.


Governador


O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), garantiu que os livros de geografia com erros distribuídos pela Secretaria da Educação do Estado serão recolhidos e repostos. Para Serra, o fato de o material didático distribuído em escolas públicas de todo o Estado mostrar duas vezes o Paraguai em um mapa da América do Sul "não é um erro grave, mas é um erro". Serra atribuiu a informação equivocada a um possível "erro de impressão". "Ninguém acha que existam dois Paraguais. Não é um erro que alguém possa ignorar", explica.


O governador admitiu responsabilidade da Secretaria da Educação na falha, porém repartiu a culpa com a Fundação Vanzolini, contratada para fazer a publicação. "Houve duas falhas: da empresa contratada e da secretaria, que deveria ter revisado o material", afirmou o governador. Segundo Serra, o recolhimento e a reposição dos livros didáticos serão pagos pela Fundação Vanzolini, sem custos para o Estado. "Os livros vão ser todos recolhidos e repostos. A fundação vai cobrir esse erro", disse Serra, sem especificar quando a substituição do material deve começar.