sexta-feira, 1 de outubro de 2010
A QUEDA DO ÍDOLO
A torcida do Flamengo pensou que o Salvador chegava para arrumar o clube, tirá-lo das manchetes policiais e pacificar a cartolagem selvagem que povoa a Gávea.
Zico pensou que sua imagem de ídolo lhe serviria como escudo para os abutres que rondam a torcida do Urubu.
Patrícia Amorim pensou que finalmente havia arranjado alguém que lhe fornecesse suporte para que governasse o clube em paz.
A cartolagem achou que precisaria apenas de um tempo para desmistificar e derrubar o ídolo.
E apenas ela acertou. Em meio a denúncias de favorecimento a si mesmo e a seus filhos, Zico deixou a Gávea.
Deveriam ser três anos, mas foram apenas quatro meses.
Contratou mal, é bom que se ressalte: Val Baiano, Borja, Leandro Amaral.
Não quis elevar um pouco mais a proposta, e perdeu Emerson para o Fluminense.
Contratou Deivid e Diogo, que ainda não decolaram.
Ao contrário dos tempos de jogador, seu inimigo mais cruel não vestia nem a camisa do Fluminense, nem a do Botafogo, nem a do Vasco: era o constante clima de armações nos bastidores.
Leonardo Ribeiro, vulgo Capitão Léo, chefe de torcida organizada, e cabo eleitoral de Patrícia nas últimas eleições, e presidente do Conselho Fiscal pediu uma sindicância sobre sua passagem no Departamento de Futebol, acusando-o de beneficiar seus filhos em
negociações.
Léo que é um notório barganhador de apoio político em troca de benesses, que fique claro.
Delair Dumbrosck, derrotado nas últimas eleições, também era seu ferrenho opositor, com as mesmas denúncias. E para jogar baixo, escolheu o lugar certo para denúncias: o rasteiro Blog de Milton Neves.
Mílton, cujos filhos são sócios dos filhos de Dumbrosck.
Para quem acusa os outros de fazer negócio com entrevistado, o rabo sujo fica exposto.
A passagem de Zico pode e deve ser investigada. Mas, lembremos que pela Gávea já passaram predadores como Kléber Leite, Marcos Braz, Luiz Augusto Velloso e Edmundo Santos Silva, o único a ser afastado de fatO.
Mas, só uma pergunta: esse Capitão Léo é Capitão de quê?