quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O PÓS GP DA BÉLGICA



Não sei se proposital. Mas quem definiu que o fim das férias da F-1 deveria ser em Spa foi genial.
Porque o circuito belga é, sempre, cenário perfeito para corridaças. Não falha. Não falhou hoje.

Após quase um mês de abstinência, a categoria assistiu a um belíssimo GP.

Vitória de Vettel. A 17ª da carreira, a 7ª em 12 corridas até agora nesta temporada. Com o resultado, o alemão supera Hamilton e se firma como o terceiro piloto em atividade com mais vitórias. Está atrás apenas de Schumacher (91) e Alonso (27).

Nem 8 nem 80. Bruno não é o salvador da pátria que muitos tentaram criar após o sétimo lugar no grid, mas também não é um barbeiro-pagante, acusação postada por torcedores indignados após o GP. É um piloto rápido, que assimila questões técnicas com muita facilidade, mas que ainda é verde em muitas situações de corrida. Esse pró e esse contra ficaram bem claros no fim de semana.

Ele corre em Monza e, na minha opinião, fica até o fim do ano. O abraço que recebeu de Boulier no sábado, após a classificação, para mim vale mais do que um comunicado oficial;


Massa saiu em quarto, terminou em oitavo. Alonso saiu em oitavo, terminou em quarto. "O que acontece com Massa?", perguntam. Não sei. Não sei mesmo. Será que o verdadeiro Massa é aquele de 2008 ou será que é o de 2011? Será que aquele vice-campeonato não foi circunstancial, fruto de uma série de eventualidades?

Ou será que é agora que ele está sofrendo uma pane, resultado do acidente de 2009 ou da paternidade ou da ordem na Alemanha ou da força de Alonso ou de alguns desse pontos ou mesmo de tudo isso somado? São perguntas que fazem e que, desculpem, não sei responder.

Até porque o próprio Massa não dá pistas. Ontem, colocou a culpa nos pneus macios. “Com pneu médio, o carro se comportou muito melhor e eu consegui pilotar nas últimas 12 voltas do jeito que o carro podia." Ah, ok. Então ele e a equipe jogaram as primeiras 32 voltas no lixo. Assim fica difícil...

Schumacher classificou de "maravilhosa" sua corrida em Spa. Eu não usaria o mesmo termo, mas, sim, foi seu melhor GP desde a volta da aposentadoria. O progresso da Mercedes é evidente, e acho que é essa a maior motivação do heptacampeão para 2012.

Continha rápida. Em 12 GPs, Vettel abriu 92 pontos sobre o vice-líder, Webber. Uma média de 7,6 pontos por GP. Arredondemos para baixo, para 7. Mantendo esta média, o alemão será campeão daqui a três corridas, no Japão. Se a gente der um desconto, pensando que a McLaren não está morta, a consagração do bicampeonato na corrida seguinte, na Coreia do Sul, parece uma aposta bem razoável.

A Fota definiu que haverá um teste coletivo durante a próxima temporada, em Mugello. Será em maio, na volta das equipes da Ásia, antes do GP da Espanha. Ótima notícia;

No Mundial de Pilotos, Vettel abriu mais sete pontos de vantagem para o vice-líder, Webber. Tem 259 pontos, contra 167 do australiano: 92 de folga. Alonso tem 157. Button é o quarto, com 149. Hamilton tem 146. Massa é o sexto da tabela, com 72.