segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O VELHO E EFICIENTE GENERAL



Alex Ferguson completou 25 anos de Manchester domingo. O pouco do que sei da vida, o escocês nascido em 1941 sabe de Manchester.


Ferguson foi um jogador sem destaque, mas com boa média de gols. Perambulou por clubes pequenos da Escócia sem qualquer feito notável. No fim de carreira, já manifestava sua vocação para ser treinador.

Aposentado como jogador em 1974, assumiu de vez sua nova função no modesto East Stirlingshire. Em seguida, passou pelo não mais importante St. Mirren, antes de chegar ao Aberdeen.

Foi nesse clube que Ferguson se destacou e fez seu primeiro grande trabalho. Ficou no clube de 1978 a 1985. Nesse período, levou o time a conquistas muito significativas, como 3 Campeonatos Escoceses, 4 Ligas da Escócia e os primeiros títulos internacionais do Aberdeen: Recopa Europeia e Supercopa da Europa, ambos em 1983.

Ferguson já mostrava na época a principal característica que carregaria por toda a carreira: a de disciplinador-agregador.

Em 1985, o técnico da seleção escocesa, Jock Stein, morre do coração em partida contra a seleção do País de Gales. Ferguson assume o posto para conduzir a Escócia à Copa de 1986. Depois do torneio, deixa a seleção e Aberdeen e recebe diversas propostas do futebol inglês, incluindo Tottenham e Arsenal, ambas rejeitadas.

No fim de 1986, Ferguson recebe o convite que mudaria sua vida. Na quinta-feira 6 de novembro de 1986, Ferguson aceita o convite e assume o time da metade vermelha de Manchester.

Nos primeiros anos, vacas magras, em campanha que quase ocasionou a demissão de Ferguson. Em 1989, quando o Manchester amargava 7 jogos sem vitória, jornalistas e torcedores já davam como certa a saída do treinador quando o Manchester enfrentou o Nottingham Forest e fez o placar magro (1x0). Aquela vitória mudou o destino dos Red Devils para sempre.

No ano de 1990, veio o primeiro título: a FA Cup. A partir daí, uma penca deles. São 12 títulos ingleses, 5 Copas da Inglaterra, 3 Copas da Liga Inglesa, 2 Champions e 2 Mundiais Interclubes, entre outros.

Na parte tática, o treinador é bastante decidido: seu time atua num imutável 4-4-2 de duas linhas. Ganhando ou perdendo, a tática não muda. Ao invés disso, muda a postura e a posição dos jogadores.

Vamos ao exemplo do veterano Ryan Giggs. Se o Manchester está ganhando, Giggs vai no ataque para coordenar o pessoal. De forma equilibrada, Giggs joga armando pelo lado. Se o Manchester precisa fazer gols, Giggs joga de volante para qualificar a saída de bola. Rooney idem. Vai do ataque para a meia, de acordo com as condições do jogo. Com Cristiano Ronaldo também era assim.

Essa a máxima de Alex Ferguson. Com sua tática estanque e estilo disciplinador, Ferguson levou o Manchester ao mais alto nível do futebol, ganhando títulos de forma recorrente.

Também, pudera. Com 25 anos de casa, Sir Alex Ferguson já deve saber a fórmula da vitória.