sexta-feira, 19 de agosto de 2011

TIROTEIO NO PALMEIRAS



O Palmeiras vai para o clássico contra o São Paulo ainda sob os efeitos da crise entre Luiz Felipe Scolari e Roberto Frizzo. Além de não diminuir, a tensão entre técnico e vice de futebol fez estragos no elenco. Um grupo pendeu para o lado do treinador, enquanto outra turma ficou mais distante do técnico. Há o risco de um racha.

Marcos Assunção e Marcos são os líderes da ala que defende Felipão. O problema é que no meio da briga, uma bala perdida atingiu Pepe Dioguardi, empresário que tem bom trânsito com alguns jogadores. A patota de Felipão acredita que Frizzo quer dar mais espaço ao agente no clube. E se incomoda com isso. Além de contar com a fidelidade de Kléber, seu cliente, Pepe também tem a amizade de Valdivia. Os dois o apoiam.

Para botar mais lenha na fogueira, membros da comissão técnica não gostaram de Frizzo ir ao gramado no treino de sexta e se aproximar de Felipão no que pareceu uma tentativa de encenar o fim da guerra. O cartola não costuma ir ao campo.

Após o treinamento, outro episódio elevou a temperatura. Felipão tinha uma reunião agendada só com o presidente Arnaldo Tirone para discutir contratações. Cinco minutos após sua chegada, Frizzo bateu à porta da sala do treinador e pediu para entrar. Acabou participando do encontro.

A rapidez com que o vice chegou após o presidente reforçou a certeza de Felipão de que funcionários do CT foram orientados a contar para o gerente Sérgio do Prado sempre que alguém importante chega ao local. Ele, então, repassaria a informação para Frizzo.

Assim, é natural que Felipão se sinta espionado em sua própria casa. Membros da comissão técnica também não engoliram a declaração do vice sobre ratazanas tentarem tumultuar o clube. Afirmam longe dos microfones que, se elas existem, são empresários barrados pelo treinador.

E assim, o Palmeiras vai cambaleando, às vésperas de um clássico em que a derrota é um resultado inesperado.