domingo, 14 de agosto de 2011

E O MANO BALANÇA...



Mano fez mais experiências. Elas funcionaram relativamente bem na etapa inicial que não serviram para o Brasil se impôr, contudo melhoraram o trabalho defensivo. A Alemanha, mais bem preparada taticamente, foi superior na maior parte do confronto e mereceu ganhar, e caminho para Mano arrumar a seleção brasileira provavelmente será maior que a paciência dos torcedores. Os tropeços ao longo dele aumentam a pressão, vamos ver se a cartolagem da CBF realmente vai acreditar no planejamento.

Quando os treinadores estão pressionados por causa dos resultados e precisam visitar algum time grande, normalmente optam por reforçar o sistema defensivo. Mano seguiu o padrão, escalou Fernandinho no lugar de Ganso. O atleta do Shaktar Donetski atuou como terceiro volante pelo lado direito, formando com Ralf e Ramires o trio encarregado de proteger a defesa.

Os alemães, apesar de contarem com Lahm na lateral, não levaram perigo pelo lado dele e de Daniel Alves, o mais vulnerável na Copa América até Maicon virar titular. Na metade do primeiro tempo o Brasil adiantou a marcação e passou a manter a redonda na frente.

Mas Robinho, Pato e Neymar não se entenderam. Os lances individuais e as raras aparições de André Santos e e Daniel Alves pelos lados abriu espaços no sistema defensivo germânico. Ao cabo dos 45 minutos, a Alemanha tinha sido mais perigosa.

Mano precisava acertar o Brasil e do bom resultado, por isso não deu oportunidades aos outros convocados logo após o período de descanso. Mais bem preparada na parte coletiva e sem nenhuma pressão além da normal gerada pelo confronto entre grandes forças do futebol mundial, a Alemanha voltou com Shurrle e Klose nas vagas de Podolski e do centroavante Mário Gomes. O gol de Schweinsteiger, aos 15, em cobrança de pênalti, obrigou o Brasil a ir ao ataque e a dar espaços.

Aos 21, de novo o sistema defensivo brasileiro foi envolvido pela ótima trica de passes germânica. Kroos tabelou com Klose, deixou Goetze de frente com Júlio César, ele driblou o goleiro e fez 2×0. Dois minutos depois, Mano pôs Ganso no lugar de Fernandinho e retomou o esquema tático da Copa América.

O árbitro deu outro pênalti, Robinho converteu. O Brasil nunca ameaçou empatar e virar. Os donos da casa sempre estiveram melhores e mais perto do gol.

E aproveitaram o erro individual de André Santos (havia cometido outro igual no primeiro tempo, mas no meio-campo), que tentou sair jogando bonito ao invés de apelar para o tradicionalíssimo chutão e perdeu a bola para Schweinsteiger. O volante rolou para Schurrle, em ótima condição, fazer 3×1 aos 34.

Aos 46, Neymar driblou o adversário e chutou no canto esquerdo. Bonito gol do craque santista que definiu o resultado da justa vitória alemã.